Introdução a Teologia

19/11/2013 18:07

“Formando Obreiros Aprovados"

INTRODUÇÃO A TEOLOGIA

Estamos vivendo tempos de fome espiritual, onde heresias têm procurado se instalar no seio da Igreja; Deus levantou o projeto para um grande avivamento espiritual. Não basta apenas termos talentos naturais ou compreensão das consequências das crises que o mundo atravessa. Precisamos exercer influências com nosso testemunho perante os que dispomos a ensinar a Palavra de Deus. É muito importante porque nos dará ampla visão da teologia Divina, atrairá futuros líderes ao aprendizado e criará um ambiente mais espiritual na nossa Igreja (Koinonia). Aprendizados errados geram desastres e resistência à Obra de Deus. Somente o correto de forma correta leva ao sucesso, na consciência e submissão ao Espírito Santo que rege a igreja. Temos que combinar estratégias de ensino com o nosso caráter revelado em nossas vidas; devemos incentivar a confiança dos alunos na Escritura, com coerência e potencial. Temos capacidade, em Deus, de mudarmos o mundo, começando do mundo interior das consciências humanas dos alunos, que se tornarão futuros evangelizadores capacitados na Bíblia. Tome esta certa decisão: Estude, antes, o material, reúna seus alunos, apresente os planos de aula, dê um tempo para refletirem, divulgue a doutrina, em conjunto, como facilitador do processo educacional, tranquilize e encoraje os outros a fazerem parte de novas turmas. Não preguemos a verdade para ferirmos os outros ou para destruir, mas para ajudar e corrigir as almas, com amor, esperando que Deus lhes conceda o entendimento do Reino dos Céus.

 

 

Como facilitador da visão de ensino, conheça os quatro pilares da Educação:

 

 

1) Aprender a Conhecer: - Tenha a humildade de saber que não sabes tudo; Seja competente, compreensivo, útil, atento, memorizador e informe o assunto de forma contextualizada com a realidade atual.

2)   Aprender a fazer: - Seja Preparado para ministrar as aulas, conhecendo a matéria previamente, estimulando a criatividade dos alunos, preparando-os para a tarefa determinada de Jesus de serem discípulos.

 

3)   Aprender a Viver juntos: - Estimule a descoberta mútua entre os alunos da Palavra de Deus, em forma de solidariedade, cooperativismo, promovendo autoconhecimento e autoestima entre os alunos, na solidariedade da compreensão mútua; o objetivo do curso não é apenas ter conhecimento, mas “ser cristão”.

 

4) Aprender a Ser: -Resgate a visão holística (completa) e integral dos alunos, preparando-os para integrarem corpo, alma e espírito com sensibilidade, ética, responsabilidade social e espiritualidade, formando juízo de valores, levando-os a aprenderem a decidir por si mesmos, com a ajuda do Espírito Santo. Lembrem-se de que a primeira impressão é a que fica marcada na consciência. Temos que ser perceptivos hábeis para lidar com as dúvidas, sem agressões, procurando soluções com base bíblicas sem fundamentalismo de usar textos sem contextos por pretextos de posicionamentos individuais. Estimule os alunos, com liberdade de pensamento para terem respostas. Tome comum a mensagem, filtrando os resultados no bom-senso. Seja amável, compreensivo, sincero, sem ter uma visão exclusivista do seu ponto de vista, em detrimento da Palavra de Deus, que sempre é o referencial.

 

 

 

1º INTRODUÇÃO A TEOLOGIA

 (Doutrina de Deus) INTRODUÇÃO

 

As obras de dogmática ou de Teologia Sistemática geralmente começam com a Doutrina de Deus. Há boas razões para começar com a Doutrina de Deus, se partir da admissão de que a Teologia é o conhecimento sistematizado de Deus de quem, por meio de quem, e para quem são todas as coisas. Em vez de surpreender-nos de que a dogmática começa a Doutrina de Deus, bem poderíamos esperar que fosse completamente um estudo de Deus, em todas as suas ramificações do começo ao fim.

Iniciamos o estudo de Teologia com duas pressuposições, a saber:

 

 

(1) Que Deus existe;

(2) Que Ele se revelou em Sua Palavra Divina.· Prova BÍBLICA da existência de Deus. Para nós a existência de Deus é a grande pressuposição da teologia, não há sentido em falar-se do conhecimento de Deus, se não se admite que Deus exista. Embora a verdade da existência de Deus seja aceita pela fé, esta fé se baseia numa informação confiável. O Cristão aceita a verdade da existência de Deus pela fé. Mas esta fé não é uma fé cega, mas fé baseada em provas, e as provas se acham, primariamente, na Escritura como a Palavra de Deus inspirada, e, secundariamente, na revelação de Deus na natureza. Nesse sentido a BÍBLIA não prova a existência de Deus. O que mais se aproxima de uma declaração talvez seja o que lemos em Hebreus 11:6: A BÍBLIA pressupõe a existência de Deus em sua declaração inicial, No principio criou Deus os céus e a Terra. Vê-se Deus em quase todas as páginas da Escritura Sagrada em que Ele se revela em palavras e atos. Esta revelação de Deus constitui a base da nossa fé na existência de Deus, e a torna uma fé inteiramente razoável. Deve-se, notar, que é somente pela fé que aceitamos a revelação de Deus e que obtemos uma real compreensão do seu conteúdo. Disse Jesus, Se alguém quiser fazer a vontade dele conhecer· a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo (Jô 7:17). É estes conhecimentos intensivos, resultantes da intima comunhão com Deus, que Oséias tem em mente quando diz, Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor, (Oséias 6:3). O incrédulo não tem nenhuma real compreensão da Palavra de Deus. As Palavras de Paulo são muito pertinentes nesta conexão: Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem, pela loucura da pregação (1 Co 1:20,21).

 

I. Relação do Ser e dos Atributos de Deus. O Ser de Deus. É evidente que o Ser de Deus não admite nenhuma definição científica. Uma definição Genético-sintética assim, não se pode dar de Deus, visto que Deus não é um dentre várias espécies de deuses, que pudesse ser classificado sob um gênero único. No máximo, só é possível uma definição analítico-descritiva. Esta simplesmente menciona as características de uma pessoa ou coisa, mas deixa sem explicação o ser essencial. E mesmo uma definição dessas não pode ser completa, mas apenas parcial, porque é impossível dar uma descrição de Deus positiva exaustiva. (Como oposta a uma negativa). A BÍBLIA nunca opera com um conceito abstrato de Deus, mas sempre O descreve como o Deus vivente, que entra em várias relações com as suas criaturas, relações que indicam vários atributos diferentes. Sua essência em (Pv 8:14), a natureza de Deus em (2 Pe 1:4). Outra passagem repetidamente citada como contendo uma indicação da essência de Deus, e como a que mais se aproxima de uma definição na BÍBLIA È (Jo 4:2) Deus È espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. O ser de Deus é caracterizado por profundidade, plenitude, variedade, e uma glória que excede nossa compreensão e a BÍBLIA apresentam isto como um todo glorioso e harmonioso, sem nenhuma contradição inerente. E esta plenitude de Deus acha expressão nas perfeições de Deus, e não doutra maneira. Da simplicidade de Deus segue-se que Deus e Seus atributos são um. Comumente se dizem Teologias que os atributos de Deus são o próprio Deus, como Ele se revelou a nós. Os escolásticos acentuavam o fato de que Deus È tudo quanto Ele tem. Ele tem vida, luz, sabedoria, amor, justiça, e se pode dizer com base na Escritura que Ele È vida, luz, sabedoria, amor, justiça. Os escolásticos afirmavam ademais, que toda a essência de Deus É idêntica a cada um dos atributos, de modo que o conhecimento de Deus, È Deus, a vontade de Deus, È Deus, e assim por diante alguns deles chegaram mesmo a dizer que cada atributo È idêntico a cada um dos demais atributos, e que não existem distinções lógicas em Deus.

 

II. Atributos de Deus

 

 

1. Atributos Incomunicáveis.

 

Salientam o Ser absoluto de Deus. Considerando absoluto como aquilo que é livre de todas as condições (ou Incondicionado ou Auto-existente), de todas as relações (o Irrelacionado), de todas as imperfeições (o Perfeito), ou livre de todas as diferenças ou distinções fenomenológicas, como matéria e espírito, ser e atributos, sujeito e objeto, aparência e realidade (O real, a realidade última). A. A existência Autônoma de Deus como o Ser auto-existente e independente que Deus pode dar a certeza de que permanecer· eternamente o mesmo, com relação ao seu povo.

 

 

 

 

 

Encontram- se indicações adicionais disso na afirmação presente em (Jo 5:26). Na declaração de que ele é independente de todas as coisas e que todas as coisas só existem por meio dele (Sl 94:8s.; Is 40:18 s.; At 7:25) e nas afirmações que implicam que Ele é independente em seu pensamento (Rm 11:33,34) em sua vontade (Dn 4:35 ; Rm 9:19; Ef 1:5 ; Ap 4:11) em seu poder (Sl 115:3, e em seu conselho (Sl 33:11).

 

B. A Imutabilidade de Deus.

 

 

Em virtude deste atributo, Ele È exaltado acima de tudo quanto há, e é imune de todo acréscimo ou diminuição e de todo desenvolvimento ou diminuição e de todo desenvolvimento ou decadência em seu ser e em suas perfeições. A imutabilidade de Deus é claramente ensinada em passagens da Escritura com (Ex 3:14 ; Sl 102:26-28 ; Is 41:4)); (48:12; Ml 3:6 ; Rm 1:23, Hb 1:11,12 ; Tg 1:17).

 

C.A infinidade de Deus.

 

1) Sua perfeição absoluta - O poder infinito não é um quantum absoluto, mas, sim, um potencial inexaurível de energia, e a santidade infinita não é um quantum ilimitado de santidade, mas, sim, uma santidade qualitativamente livre de toda limitação ou defeito. A prova bíblica disto acha-se em (Jó 11:7 - 10 ; Sl 145 : 3 ; Mt 5:48). 2) Sua eternidade- A infinidade de Deus em relação ao tempo é denominada eternidade- Sua eternidade. A forma em que a BÍBLIA apresenta a eternidade de Deus está nas passagens bíblicas de (Sl 90:2; 102:12; Ef 3:21).3) Sua imensidade - A infinidade de Deus também pode ser vista com referência ao espaço, sendo, então, denominada imensidade. Em certo sentido, os termos imensidade e onipresença, como são aplicados a Deus, denotam a mesma coisa e, portanto, podem ser considerados sinônimos. A onipresença de Deus é revelada claramente na Escritura (1 Rs 8:27 ; Is 66:1 ; At 7:48,49 ; Sl 139:7-10 ; Jr 3:23,24 ; At 17:27,28).

 

 

D. A unidade De Deus.

 

 

1) Unitas Singularitatis - este atributo salienta a unidade e a unicidade de Deus, o fato de que Ele é numericamente um e que, como tal, Ele é único. Provas BÍBLICAS comprovam com passagens de texto em (1 Rs 8:60 ; 1 Co 8:6 ;1 Tm 2:5). Outras passagens salientam não a unidade, mas a sua unicidade (Dt 6:4, Zc 14:9, x 15:11). 2) Unitas Simplicitatis - quando falamos da simplicidade de Deus, empregamos o termo para descrever o estado ou qualidade que consiste em ser simples, a condição de estar livre de divisão em partes e, portanto, de composição. A perfeição agora em foco expressa a unidade interior e qualitativa do ser divino. A escritura não a afirma explicitamente, mas ela está implícita onde a BÍBLIA fala de Deus como justiça, verdade, sabedoria, luz, vida, amor, etc. E, assim, indica que cada uma destas propriedades, devido a sua perfeição absoluta, é idêntica ao seu ser.

 

 

2. Atributos Comunicáveis.

 

 

nos atributos comunicáveis que Deus se posiciona como Ser morais, conscientes, inteligentes e livres, como Ser pessoal normal elevado sentido da palavra.

 

A.    A Espiritualidade De Deus –

 

 

A BÍBLIA não nos dá uma definição de Deus. O que mais se aproxima disso é a palavra dita por Jesus á mulher samaritana: Deus È espírito, (Jo 4:24). Trata-se, ao menos, de uma declaração que visa dizer-nos numa única palavra o que Deus é. A idéia de espiritualidade exclui necessariamente a atribuição de qualquer coisa semelhante à corporalidade a Deus e, assim condena as fantasias de alguns dos antigos gnósticos e dos místicos medievais, e de todos os sectários dos nossos dias que atribuem o corpo a Deus. Atribuindo espiritualidade a Deus, podemos afirmar que Ele não tem nenhuma das propriedades pertencentes á matéria, e que os sentidos corporais não O podem discernir. Paulo fala dele como o Rei eterno, imortal, invisível (1 Tm 1:17), e como o Rei dos reis e Senhor dos senhores ; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A Ele honra e poder eterno. Amém. (1 Tm 6:15,16).

 

 

3. Atributos Intelectuais.

 

 

1)      O conhecimento de Deus.

 

 

Podem-se definir o conhecimento de Deus como a perfeição de Deus pela qual Ele, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. A BÍBLIA atesta abundantemente o conhecimento, como por exemplo, em (1 Sm 2:3 ; Jó 12:13 ; Sl 94:9 ; 147:4 ; Is 29:15 ; 40:27,28).

 

 

A)    Sua Natureza.

 

 

Conhecimento caracterizado por perfeição absoluta. … inato e imediato, e não resulta de observação ou de um processo de raciocínio. O conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de Sua onipotência. … chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina. Também é conhecido como conhecimento de simples inteligência, em vista do fato de que é pura e simplesmente um ato do intelecto divino, sem nenhuma ação concomitante da vontade divina. O livre conhecimento de Deus, È aquele que ele

 

 

 

 

 

tem de todas as coisas reais, isto È, das coisas que existiram no passado, que existem no presente ou que existirão no futuro. Fundamenta-se no conhecimento infinito que Deus tem do seu propósito eterno, totalmente abrangente e imutável e é chamado livre conhecimento porque é determinado por um ato concomitante da vontade.

 

B)    Sua Extensão.

 

 

O conhecimento de Deus não é perfeito somente em sua natureza, mas também em sua abrangência. É chamada onisciência, porque é absolutamente compreensivo. Diversas passagens da Escritura ensinam claramente a onisciência de Deus. Ele é perfeito em conhecimento, (Jó 37:16), não olha para a aparência exterior, mas para o coração,(1 Sm 16:7 ; 1 Cr 28:9,17 ; Sl 139:1-4; Jr 17:10),observa os caminhos dos homens, (Dt 2:7 ; Jô 23:10; 24:23; 31:4 ; Sl 1:6; 119 :168), conhece o lugar da sua habitação (Sl 33:13), e os dias da sua vida (Sl 37:18). A escritura ensina a presciência divina de eventos contingentes (1 Sm 23:10-13 ; 2Rs 13:19 ; Sl 81:14,15; Is 42:9; 48:18; Jr 2:2,3;38:17-20: Ez 3:6 ; Mt 11:21).

 

 

 

(3)   A Sabedoria de Deus.

Pode-se considerar a sabedoria de Deus como um aspecto do Seu conhecimento. O conhecimento é adquirido pelo estudo, mas a sabedoria resulta de uma compreensão intuitiva das coisas. A Escritura refere-se à sabedoria de Deus em muitas passagens, e até a apresenta como personificada em Provérbios 8. Vê-se esta sabedoria particularmente na criação (Sl 19: 1-7 ; 104 : 1-34), na providência (Sl 33:10,11; Rm 8:28) e na redenção (Rm 11:33; 1 Co 2:7 ; Ef 3:10). 3) A veracidade de Deus - Quando se diz que Deus é a verdade, esta deve ser entendida, em seu sentido mais abrangente. Primeiramente ele é a verdade num sentido metafísico, isto È, nele a ideia da Divindade se concretiza perfeitamente; Ele é tudo que como Deus deveria ser e, como tal, distingui-se de todos os deuses, assim chamados, os quais são chamados Ídolos, nulidades e mentiras (Sl 96:5 ;97:7; 115: 4-8 ; Is 44: 9,10). Ele È também a verdade num sentido Ético e, com tal, revela-se como realmente é, de modo que a sua revelação é absolutamente confiável (Nm 23:19 ; Rm 3:4 ; Hb6:18). Finalmente, Ele é também a verdade num sentido lógico e, em virtude disto, conhece as coisas como realmente são, e constitui de tal modo à mente do homem que este pode conhecer, não apenas a aparência, mas também a realidade das coisas. A escritura È muito enfática em suas referências a Deus como a verdade (Ex 34:6 ; Nm 23:19 ; Dt 32:4 ; Sl 25:10; 31:6 ; Is 65:16 ; Jr 10:8,10,11 ;Jo 14:6 ; 17:3 ; Tt 1:2 ; Hb 6:18 ; 1 Jo 5:20,21).

 

 

4. Atributos Morais.

 

1- a) A Bondade de Deus.

 

(Mc10:18 ; Lc 18:18,19; Sl 36:9 ; Sl 145:9,15,16; Sl). (36:6 ; 104:21 ; Mt 5:45; 6:26; Lc 6:35; At 14:17). b) O Amor de Deus

(Jo 3:16 ; Mt 5:44; 45 ; Jó 16:27 ; Rm 5:8 ; 1 Jo 3:1). c) A graça de Deus.

Segundo a Escritura, é manifestada não só por Deus, mas também pelos homens, caso em que denota o favor de um homem a outro (Gn 33:8,10,18 ; 39:4;47:25 ; Rt 2:2; 1 Sm 1:18; 16:22). (Lemos em Ef1:6,7; 2:7-9 ; Tt 2:11 ; 3:4-7 ; Is 26:10 ; Jr 16:13 ;Rm 3:24; 2 Co 8:9 ; At 14:3; At 18:27; Ef 2:8 ; Rm3:24 ; 4:16; Tt 3:7 ; Jo 1:16 ; 2 Co 8:9 ; 2 Ts 2:16 ;Ef 2:8 ; e Tt 2:11).

d) A misericórdia de Deus.

 

Pode se definir a misericórdia divina como a bondade ou amor de Deus e mostrado para com os que se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos. (DT 5:10 ; Sl 57:10; 86:5; 1 Cr 16:34; 2 Cr 7:6 ; Sl 136 ; Ed 3:11; 1 Tm 1:2 ;2 Tm 1;1 ; Tt 1;4 ; x 20:2 ; Dt 7:9 ; Sl 86:5 ; Lc1:50 ; Sl 145;9 ; Ez 18:23,32; 33:11; Lc 6:35,36).

 

2- A Santidade de Deus.

 

Sua ideia fundamental é a de uma posição ou relação existente entre Deus e uma pessoa ou coisa.(EX 15:11 ; 1 Sm 2:2 ; Is 57:15 ; Os 11:9 ; JÛ 34:10 ; At 3:14 ; Jo 17:11 ; 1Pe 1:16 ; Ap 4:8 ; 6:10).

3 - A Justiça de Deus.

 

A ideia fundamental de Justiça é a de estrito apego à lei. Geralmente se faz distinção entre a justiça absoluta de Deus e a relativa. Aquela È a retidão da natureza divina, em virtude da qual Deus È infinitamente reto em Si mesmo, enquanto que esta é a perfeição de Deus pela qual Ele se mantém contra toda violação da Sua Santidade e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é o Santo. (Ed 9:15; Sl 119:137 ; 145:137; 145:17; Jr 12:1 ; Dn 9:14; Jô 17:25 ; 2 Tm 4:8 ; 1 Jo 2:29 ; 3:7 ; Ap 16:5 ; Dt4:8 ; Is 3:10,11; Rm 2:6; 1 Pe 1:17 ; Dt 7:9,12,13 ;2 Cr 6:15 ; Sl 58:11 ; Mq 7:20 ; Mt 25;21,34 ; Rm 2:7 ; Hb 11:26 ; Lc 17:10 ; 1 Co 4:7; Rm 1:32 ; 2:9; 12:19 ; 2 Ts 1:8 ; Lc 17:10,1 ; 1 Co 4:7 ; Jó 41:11).

 

5. Atributos de Soberania.

 

A soberania de Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. (As provas bíblicas da soberania de

Deus

 

 

 

São abundantes, mas aqui nos limitaremos a referirmos a algumas das passagens mais significativas Cr 20:6 ; Ne 9:6 ; Sl 22:28 ; 47: 2,3,7,8 ; Sl 50:10-12 ; 95:3-5 ; 115 :3 ; 135 : 5,6 ; 145:11 -13 ; Jr 27:5 ; Lc 1:53 ; At 17:24-26; Ap 19:6).

 

 

III. A Trindade Santa.

 

A palavra Trindade não é tão expressiva como a palavra holandesa Drieenheid, pois pode simplesmente denotar o estado tríplice (ser três), sem qualquer implicação quanto à unidade dos três. Geralmente se entende, porém, que, como, termo técnico na teologia, inclua essa ideia. Mesmo porque, quando falamos da Trindade de Deus, nos referimos a uma trindade em unidade, e a uma unidade que È trina.

 

1) As três pessoas consideradas separadamente a) O Pai, ou a Primeira Pessoa da Trindade.

 

O Nome Pai em sua aplicação a Deus. ( 1 Co 8:6 ; Ef 3:15; Hb 12:9 ; Tg 1:17 ; Dt32:6 ; Is 63:16 ; 64:8 ; Jr 3:4 ; Ml 1:6 ; 2:10; Mt 5:45 ; 6:6-15;Rm 8:16 ; 1 Jo 3:1 ; Jo 1:14,18; 5:17-26; 8:54 ; 14:12,13).

A primeira pessoa é o Pai da Segunda num sentido metafísico. Esta é a paternidade originária de Deus, da qual toda paternidade terrena é apenas um pálido reflexo.

 

b) O Filho, ou a Segunda Pessoa da Trindade.

 

O Nome Filho em sua aplicação a Segunda pessoa. Á Segunda pessoa da trindade é chamado Filho ou Filho de Deus em mais de um sentido do termo. (Jó 1:14,18 ; 3; 16,18 ; Gl 4:4 ; 2 Sm 7:14 ; ; Sm 2:7 ; Lc 3:38; Jo 1:12 ; Jo 5:18 - 25 ; Hb 1. ; Mt 6:9 ;7:21; Jo 20:17 ; Mt 11:27 ; MT 26:63 ; Jo 10:36 ; Mt 8:29 ;26:63 ; 27:40 ; Jo 1:49 ; 11:27 ; 2 Co 11:31 ; Ef 1:3 ; Jo 17:3 ;1 Co 8:6 ; Ef 4: 5,6 ; Lc 1:32,35 ; Jo 1:13; Cl 1:15 ; Hb 1:6 ; Jô 1:1-14 ; 1 Jo 1;1-3 ; 2 Co 4:4 ; Hb 1:3 ; Jo 1:14,18 ; 3:16,18;1 Jo 4:9 ; Mq 5:2 ; Jo 1: 14,18 ; 3:16 ; 5:17,18,30,36; At 13:33; Jo 17:5 ; Cl 1:16 ; Hb 1:3 ; At 13:33 ; Hb 1:5 ; 2 Sm 7:14 ; Jô 5:26 ; Jo 1: 3,10 ; Hb 1: 2,3 ; Jo 1:9 ; Sl 40 :7,8 ; Ef 1:3 - 14.

 

c) O Espírito Santo, ou a Terceira Pessoa da Trindade.

 

O nome aplicado a terceira pessoa da trindade. (Jo : 4:24 ; Gn 2:7 ;6:17 ; Ez 37:5,6 ; Gn 8:1 ; 1 Rs 19:11 ; Jo 3:8 ; Sl 51:11 ; Is 63:10,11 ; Sl 71:22 ; 89:18 ; Is 10:20 ; 41:14 ; 43:3 ; 48:17 ;Jo 14:26 ; 16: 7 - 11; Rm 8:26 ; Jo 16:14 ; Ef 1:14 ; Jo 15:26 ;16:7 ; 1 Jo 1:1 ; Jo 14; 16-18 ; Rm 8:16 ; At 16:7 ; 1 Co 12:11; Is 63:10 ; Ef 4:30 ; Gn 1: 2 ; 6:3 ; Lc 12:12 ; Jo 15:26 ; 16:8; At 8:29 ; 13:2 ; Rm 8;11 ; 1 Co 2 : 10,11 ; Lc 1:35 ; 4:14 ; At 10:38 ; Rm 15:13 ; 1 Co 2:4.

 

A relação do Espírito Santo com as outras pessoas da trindade, são controvérsias trinitárias que levaram a conclusão de que o Espírito Santo, como o Filho, é da mesma essência do Pai e, portanto, é consubstancial com Ele. E a longa discussão acerca da questão, se o Espírito Santo procedeu somente do Pai ou também do Filho, foi firmada finalmente pelo SÍNODO de Toledo em 589, pelo acréscimo da palavra Filioque (e do Filho) à versão latina do Credo de Constantinopla: Credimus in Spiritum Sanctum que a PatreFilio que procedidit. (Cremos no Espírito Santo)), que procede do Pai e do Filho.

 

 

2º INTRODUÇÃO A HISTÓRIA ECLESIÁSTICA

 (História da Igreja)

NOMES BÍBLICOS DA IGREJA

 

1. No velho testamento.

 

O velho testamento emprega duas palavras para designar a igreja, a saber, qahal (ou kahal), derivada de uma raiz, qal (oukal) obsoleta, significando “chamar”, edhah, de ya’dah, indicar ou encontrar-se ou reunir-se num lugar indicado. Conseqüentemente, vemos ocasionalmente a expressão qehal edhah, isto é, à assembléia da congregação, (E x.: 12:6; Nm 14:5; Jr 26:17). Vê-se que, às vezes, a reunião realizada era uma reunião de representantes do povo (Dt 4:10;18:6 comp. 5:22,23; 1 Rs 8:1,2,3,5 ; 2 Cr 5, 2-6). Synagoge é a versão usual, quase universal, de edhah na Setuaginta, e é também a versão usual de, qahal no Pentateuco. Nos últimos livros da BÍBLIA (Velho testamento), porém, qahal È geralmente traduzida por ekklesia. Schuerer afirma que o judaísmo mais recente já indicava a distinção entre synagoge como designativo da congregação de Israel como uma realidade empírica, e ekklesia como o nome da mesma congregação considerada idealmente.

 

 

2. No novo testamento.

 

O novo testamento também tem duas palavras, derivadas da Setuaginta, quais sejam, ekklesia, de ek e Kaleo, chamar para fora, convocar, e synagoge, de syn e ago, significando reunir-se ou reunir. Synagoge é pregada exclusivamente para denotar, quer as reuniões religiosas dos judeus, quer os edifícios em que eles se reuniam para o culto público, (Mt 4:23 ; At 13:43;Ap 2:9 ; 3:9). O termo Ekklesia, porém, geralmente designa a igreja neotestamentária, embora nuns poucos lugares denote assembléias civis comuns, (At 19:32,39,4l).No novo testamento, Jesus foi o primeiro a fazer uso da palavra, e Ele a aplicou ao grupo dos que se reuniram em torno dele, (Mt 16:18), reconheceram-no publicamente como seu Senhor e aceitaram os princípios do reino de Deus. Mais tarde, como resultado da expansão da igreja, a palavra adquiriu várias significações. Igrejas foram estabelecidas em toda parte; e eram também chamadas Ekklesiai, desde que

 

 

 

 eram manifestações da Igreja Universal de Cristo. A) Com muita frequência a palavra ekklesia designa um circulo de crentes de alguma localidade definida, uma igreja local, independentemente da questão se esses crentes estão reunidos para o culto ou não. Algumas passagens apresentam a idéia de que se acham reunidos, (At 5:11 ;11:26 ; 1 Co 11:18 ; 14:19,28,35); enquanto que outras não (Rm 16:4 ; 1Co 16:1 ; Gl 1:2 ; 1 Ts 2:14, etc.B) Nalguns casos, a palavra denota o que se pode denominar ekklesia doméstica, igreja na casa de alguma pessoa. Ao que parece nos tempos apostólicos, pessoas importantes por sua riqueza ou por outras razões separavam em seus lares um amplo cômodo para o serviço divino. Acham-se exemplos deste uso da palavra em (Rm 6:23; 1Co 16:19; Cl 4:15 ; Fm 2). Finalmente, em seu sentido mais compreensivo, a palavra se refere a todo o corpo de fiéis, quer no céu, quer na terra, que se uniram ou se unirão a Cristo como seu Salvador. Este uso da palavra acha-se principalmente nas cartas de Paulo aos Ef e aos Cl, mais frequentemente na primeira destas (Ef 1:22;3:10,21 ; 5:23-25,27,32 ; Cl 1:18,24).

 

 

A DOUTRINA DA IGREJA NA HISTÓRIA. 1

 

A Doutrina da Igreja Antes da Reforma.

 

(a) No período patrístico - Pelos chamados pais apostólicos e pelos apologetas a igreja é geralmente apresentada como a Communio Sanctorum, o povo de Deus que Ele escolheu por possessão. Não se viu logo a necessidade de fazer distinções. Mas já na Segunda parte do século segundo houve uma mudança perceptível. O surgimento de heresias tornou imperativa a enumeração de algumas características pelas quais se conhecesse a verdadeira igreja católica. Isso teve a tendência de fixar a atenção na manifestação externa da igreja. Começou- se a conceber a igreja como uma instituição externa governada por um bispo como sucessor direto dos apóstolos e possuidor da tradição verdadeira. A catolicidade da igreja recebeu forte Ênfase. As Igrejas locais não eram consideradas como unidades separadas, mas simplesmente como parte componente da igreja universal una e única. O mundanismo e a corrupção crescentes nas Igrejas foram levando aos poucos a uma reação e deram surgimento à tendência em várias seitas, como o Montanismo em meados do segundo século, o novacianismo nos meados do terceiro e o donatismo no início do quarto, de fazer da santidade dos seus membros a marca da igreja verdadeira. Os pais primitivos da igreja, assim chamados, ao combaterem esses sectários, davam ênfase cada vez maior à instituição episcopal da igreja. Cabe a Cipriano a distinção de ser o primeiro a desenvolver plenamente a doutrina da igreja em sua estrutura episcopal. Ele considerava os bispos como reais sucessores dos apóstolos e lhes atribuía caráter sacerdotal em virtude da sua obra sacrificial. Juntos os bispos formavam um colégio, chamado episcopado, que, como tal, constituía a unidade da igreja. Assim, a unidade da Igreja estava baseada na unidade dos bispos. Os que não se sujeitavam ao bispo perdiam o direito à comunhão da igreja e também à salvação, desde que não há salvação fora da igreja. Agostinho não foi totalmente coerente em sua concepção da igreja. Foi sua luta com os donatistas que o compeliu a refletir mais profundamente sobre a natureza da igreja. De um lado, ele se mostra o predestinacionista que concebe a igreja como a companhia dos eleitos, a communio sanctorum, que têm o Espírito de Deus e, portanto, são caracterizados pelo amor verdadeiro. O importante é ser membro vivo da igreja assim concebida, e não apenas pertencer a ela num sentido meramente externo. Mas, de outro lado, ele é o homem de igreja, que adere à idéia da igreja defendida por Cipriano ao menos em seus aspectos gerais. A igreja verdadeira é a igreja católica, na qual a autoridade apostólica tem continuidade mediante a sucessão episcopal. É depositária da graça divina, que ela distribui por meio dos sacramentos. Esta igreja é, de fato, um corpo misto, no qual têm lugar membros bons e maus. Em seu debate com os donatistas, porem, Agostinho admitia que aqueles e estes não estavam na igreja no mesmo sentido. Ele preparou também o caminho para a identificação católica romana da igreja com o reino de Deus.

 

(b)Na Idade Média - Os Escolásticos não tinham muito que dizer acerca da igreja. O sistema de doutrina desenvolvido por Cipriano e Agostinho estava completo, e precisava apenas de uns pequenos re-toques de acabamento para chegar ao seu desenvolvimento final. Hugo de S. Victor fala da igreja e do estado como os dois poderes instituídos por Deus para governarem o povo. Ambos são de constituição monárquica, mas a igreja é o poder superior, porque ministra a salvação dos homens, ao passo que o Estado só providencia o seu bem-estar temporal. O rei ou imperador é o chefe do estado, mas o papa é o chefe da igreja. Há duas classes de pessoas na igreja, com direitos e deveres bem definidos: os clérigos dedicados ao serviço de Deus, que constituem uma unidade; e os leigos, que consistem de pessoas de todas as esferas da vida e que constituem uma classe totalmente separada. Passo a passo a doutrina do papado foi-se desenvolvendo, até que, por fim, o papa se tornou virtualmente um monarca absoluto. O crescimento desta doutrina foi auxiliado, em não pequena medida, pelo desenvolvimento da ideia de que a igreja católica era o reino de Deus na terra, e, portanto, o bispado romano era um reino terreno. Esta identificação da igreja visível e organizada com o reino de Deus teve consequência de longo alcance: 1- Exigia que tudo fosse colocado debaixo do poder da igreja: o lar e a escola, as ciências e as artes, o comércio e a indústria, e tudo mais. 2 - Envolvia a ideia de que todas as bênçãos da salvação chegam ao homem unicamente por meio das ordenanças da igreja, em particular, mediante os sacramentos. 3 - Levou á

 

 

 

 

Gradual secularização da Igreja, visto que esta começou a dar mais atenção à política do que à salvação dos pecados e, finalmente, os papas reivindicaram domínio sobre os governantes seculares também.

 

3) A Doutrina da Igreja durante e após a Reforma.

 

(a) Durante o período da Reforma.

 

Os reformadores romperam com a concepção católica romana da igreja, mas tiveram diferenças entre si nalgumas particularidades. A ideia de uma igreja infalível e hierárquica, e de um sacerdócio especial que dispensa a salvação por intermédio dos sacramentos, não teve o apoio de Lutero. Ele considerava a igreja como a comunhão espiritual daqueles que creem em Cristo, e restabeleceram a ideia escriturística do sacerdócio de todos os crentes. Ele defendia a unidade da igreja, mas distinguia dois aspectos dela, um visível e outro invisível. Ele teve o cuidado de assinalar que não existem duas igrejas, mas simplesmente dois aspectos da mesma igreja. A igreja invisível torna-se visível não pelo governo de bispos e cardeais, nem na chefia do papa, mas pela pura administração da Palavra e dos sacramentos. Lutero admitia que a Igreja visível sempre conterá uma mistura de membros fiéis e Ímpios. Contudo, em sua reação contra a ideia católica romana do domínio da Igreja sobre o estado, ele foi ao outro extremo e virtualmente sujeitou a igreja ao estado em tudo, menos na pregação da Palavra. Os Ana batistas não ficaram satisfeitos com a posição de Lutero e insistiam numa igreja só de crentes. Em muitos casos, eles zombavam da igreja visível e dos meios de graça. Além disso, exigiam completa separação de igreja e estado. Calvino e os Teólogos reformados estavam de acordo com Lutero quanto á confissão de que a Igreja é essencialmente uma Communio Sanctorum, uma comunhão de santos. Todavia, eles não procuravam, como os luteranos, a unidade e a santidade da Igreja primariamente nas ordenanças objetivas da igreja, tais como os ofícios, a Palavra e os sacramentos, mas, sobretudo na comunhão subjetiva dos crentes. Ademais, encontravam as verdadeiras marcas da igreja, não somente na correta administração da Palavra e dos Sacramentos, mas também na fiel administração da disciplina na igreja. Mas, até mesmo Calvino e os Teólogos reformados do século dezessete fomentaram, em certa medida, a ideia da sujeição da igreja do estado. Contudo estabeleceram uma forma de governo da igreja que propiciava maior grau de independência e poder eclesiásticos que o que se conhecia na Igreja Luterana. Mas, enquanto que tanto os teólogos luteranos como os reformados(calvinistas) procuravam manter a relação apropriada entre a igreja visível e a invisível, outros perderam isto de vista. Os socinianos e os arminianos do século dezessete, embora na verdade falassem de uma igreja invisível, esqueceram tudo que diz respeito à vida real. Os primeiros concebiam a religião Cristã simplesmente como uma doutrina aceitável e os últimos faziam da igreja primariamente uma sociedade visível e seguiam a igreja luterana no sentido de entregarem ao estado o direito de ministrar a disciplina, e de reterem para a igreja somente o direito de pregar o Evangelho e admoestar os membros da igreja. Por outro lado, os abadistas e os pietistas manifestaram a tendência de desconsiderar a igreja visível, procurando uma igreja só de crentes, mostrando-se indiferentes para com a igreja institucional com sua mescla de bons e maus e buscando santificação nos conventículos.

 

 

(b) Durante e Após o SÉCULO Dezoito.

 

Durante o século dezoito o racionalismo também fez sentir sua influência sobre a doutrina da igreja. Era indiferente em matéria de fé e não tinha entusiasmo pela igreja, que ele colocou a par com outras sociedades humanas. Até negava que Cristo tivesse a intenção de fundar uma igreja no sentido geralmente aceito da palavra. Houve uma reação pietista ao racionalismo no metodismo, mas o metodismo em nada contribuiu para o desenvolvimento da doutrina da igreja. Nalguns casos, ele procurou força na repreensão lançada às igrejas existentes, e noutros, adaptou-se à vida destas igrejas. Para Schleiermacher, a igreja era essencialmente a comunidade cristã, o corpo dos crentes animados pelo mesmo espírito. Ele via pouca utilidade na distinção entre a igreja visível e a invisível, e via a essência da igreja no espírito de companheirismo cristão. Quanto mais o Espírito de Deus penetrar a totalidade dos crentes cristãos, menos divisões haverá, e mais perderão elas a sua importância. Ritschl substituiu a distinção entre a igreja invisível e a visível pela distinção entre o reino e a igreja. Ele considerava o reino como a comunidade do povo de Deus que age motivado pelo amor, e a igreja como aquela mesma comunidade reunida para o culto. O nome igreja restringe-se, pois, a uma organização externa com a função única de cultuar e esta função apenas capacita os crentes a familiarizarem-se melhor uns com os outros. Isto certamente está longe do ensino do Novo testamento. Leva diretamente à concepção liberal moderna da igreja como um mero centro social, uma instituição humana, e não uma lavoura de Deus.

 

 

O GOVERNO DA IGREJA.

 

Os Oficiais da Igreja

Podem distinguir diferentes classes de oficiais na igreja. Uma distinção muito geral é a de oficiais ordinários e extraordinários.

1. Oficiais Extraordinários (a ) Apóstolos :

 

Estritamente falando, este nome só é aplicável aos doze escolhidos por Jesus e a Paulo; mas também se aplica a certos homens apostólicos que assessoraram a Paulo em seu trabalho e que foram dotados de dons e graças apostólicas, (At 14:4,14 ; e Co 9:5 ; 6; 2 Co 8:23 ; Gl 1:19). Os apóstolos tinham a incumbência especial de lançar os alicerces da igreja de todos os séculos. Somente através da sua palavra È que os crentes de todas as eras subsequentes tem comunhão com Jesus Cristo. Daí, eles são os apóstolos da Igreja dos dias atuais, como também o foram da Igreja Primitiva.

 

 

Eles tinham certas qualificações especiais.

 

(a) Foram comissionados diretamente por Deus ou por Jesus Cristo (Mc 3:14 ; Lc 6:13 ; Gl 1:1 ;

(b)eram testemunhas da vida de Cristo e, principalmente, de Sua ressurreição, (Jo 15:27 ; At 1:21,22 ; 1 Co 9:1);

 

(c) estavam cônscios de serem inspirados pelo Espírito de Deus em todo o seu ensino, oral e escrito,(At 15:28 ; 1Co 2:13 ; 1 Ts 4:8 ; 1 Jo 5: 9-12 ;

(d)tinham o poder de realizar milagres e o usaram em diversas ocasiões para ratificar a sua mensagem, (2 Co 12:12 ; Hb 2:4),e

(e)foram ricamente abençoados em sua obra, como sinal de que Deus provavam os seus labores (1 Co 9; 1,2 ; 2 Co 3:2,3 ; Gl2:8).

b) Profetas :

 

ONovo Testamento fala também de profetas (At 11:28 ; 13:1,2 ; 15:32; 1Co 12:10;13:2 ; 14:3 ; Ef 2:20 ; 3:5 ; 4:11; 1

 

Tm 1:18 ; 4:14; Ap 11:6).

 

C) Evangelistas :

 

Em acréscimo a apóstolos e profetas, são mencionados evangelistas da BÍBLIA (At 21:8 ; Ef 4:11 ; 2 Tm 4:5). Felipe, Marcos,Timóteo e Tito pertenciam a esta classe. Seu trabalho era pregar e batizar, mas incluía também a ordenação de presbíteros (Tt 1:5 ; 1 Tm 5:22),e o exercício da disciplina ( Tt 3:10).

 

 

2. Oficiais Ordinários.

 

a) Presbíteros

Dentre os oficiais comuns da igreja, os presbyteroi (presbíteros) ou episkopoi (bispos) são os primeiros na ordem de importância. Os primeiros nomes significam simplesmente anciãos, ou mais velhos e o último, supervisores ou superintendentes. O termo presbyteroi é empregado na Escritura para denotar homens idosos, e para designar uma classe de oficiais um tanto parecidos com a que exercia certas funções na sinagoga. Como designativo de oficio, aos poucos o nome foi eclipsado e até sobrepujado pelo nome episkopoi. Os dois termos são frequentemente empregados um pelo outro (At 20:17,28 ; 1 Tm 3:1 ; 4:14 ; 5:17,19 ; Tt 1:5,7 ; 1Pe 5:1,2. Os presbyteroi são mencionados pela 1 vez em At 11:30. Freqüente menção é feita a eles no livro de (Atos 14:23 ; 15:6,22; 16:4 ; 20:17,28;21:18 ; Tg 5:14 ; Hb 13:7,17, Rm 12:8 ; 1 Ts 5:12 ;1 Co 12:28; Hb 13:7,17,24 ; Ef 4:11).

 

 

b) Mestres.

 

O ensino, a docência ligou-se mais e mais estreitamente ao oficio episcopal; mas, mesmo então, os mestres não constituíram uma classe separada de oficiais. A declaração de Paulo em Ef 4:11, de que o Cristo assunto também dera à igreja pastores e mestres; mencionados como uma única classe, (1 Tm 5:17 ; Hb 13:7 ; 2 Tm 2:2 ; Tt 1:9 ; Ap2:1,8,12,18 ; 3: 1,7,14).c - Diáconos - alem dos presbyteroi, são mencionados os diakonoi no novo testamento,(Fp 1:1 ; 1 Tm 3:8,10,12 ; At 6:1-6 ;At 11:30 ; At 11:29 ; Rm 12:7 ; 2 Co 8:4 ;9:1,12,13; Ap 2:19 ; 1 Tm 3:8 - 10,12).

 

 

O PODER DA IGREJA.

 

 

1. A Fonte do Poder da Igreja.

 

Jesus Cristo não somente fundou a Igreja, mas também a revestiu do necessário poder ou autoridade. Ele mesmo falou da igreja como fundada tão solidamente sobre uma rocha que as portas do inferno não prevaleceria contra ela, (Mt 16:18), e na mesma ocasião exatamente a primeira em que ele fez menção da igreja... também prometeu dotá-la de poder,quando disse a Pedro : Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus (Mt 16:19).A igreja de todos os séculos é ligada pela palavra deles, (Jo 17:20 ;1 Jo 1:3). Que Cristo deu poder á Igreja em geral,È muito bem evidenciado por várias passagens do Novo Testamento, quais sejam : (At 15:23-29;16:4 ; 1 Co 5:7,13; 6:2-4 ; 12:28 ; Ef 4:11-16).2. A Natureza deste Poder - 1 - Poder Espiritual - … um poder espiritual porque é dado pelo Espírito de Deus (At 20:28), só pode ser exercido em nome de Cristo e pelo poder do Espírito Santo (Jo 20:22,23 ;1 Co 5:4) pertence exclusivamente aos crentes (1Co 5;12), È e só pode ser exercido de maneira moral e espiritual ( 2 Co 10:4).

 

 

2 - Poder Ministerial.

 

È copiosamente evidente na Escritura que o poder da Igreja não é um poder independente e soberano (Mt 20:25,26 ; 23:8,10; 2 Co 10: 4,5; 1 Pe 5;3),mas, sim, uma diakonia leitourgia, um poder ministerial (de serviço), (At 4:29,30;

 

 

20:24 ; Rm 1:1),derivado de Cristo e subordinado à sua autoridade soberana sobre a igreja (Mt 28:18). Deve ser exercido em harmonia com a Palavra de Deus e sob a direção do Espírito Santo, por meio de ambos Santos os quais Cristo governa a sua Igreja, e em nome do próprio Cristo como o Rei da Igreja (Rm 10:14,15 ; Ef 5:23 ; 1 Co 5:4). Todavia, È um poder muito real e abrangente, que consiste na administração da Palavra e dos sacramentos, (Mt 28:19), na determinação do que é e do que não é permitido no reino de Deus, (Mt 16:19), no perdão e na retenção do pecado ( Jo 20:23), e no exercício da disciplina na igreja ( Mt 16:18; 18:17 ; 1 Co 5:4 ; Tt 3;10 ; Hb 12:15-17).

 

 

3. Diferentes espécies do Poder Eclesiástico.

 

Em conexão com os três ofícios de Cristo, há também um poder tríplice na igreja, a saber, o poder dogmático ou docente ( potestas dogmática ou docendi), o poder de governo ou de ordem ( Potestas gubernans ou ordinans), do qual o poder de julgamento ou de disciplina ( potestas iudicans ou disciplinae), È uma subdivisão, e o poder ou ministério da misericórdia( potestas ou ministerium misericordiae).

 

a) Potestas Ordinans.: Deus não é de confusão; e,sim, de paz.(1 Co 14:33).

 

b) Potestas iudicans.:

A Potestas Iudicans È o poder exercido para proteger a santidade da igreja, admitindo os aprovados após exame, e excluindo os que se desviam da verdade ou levam vidas desonradas. Este poder é exercido especialmente em questões de disciplina.

 

OS SACRAMENTOS EM GERAL.

1. Origem e Sentido da Palavra Sacramento.

 

A Palavra Sacramento não se encontra na Escritura.… derivada do termo latino sacramentum, que originariamente denotava uma soma de dinheiro depositada por duas partes em litígio. Após a decisão da corte, o dinheiro da parte vencedora era devolvido, enquanto que a perdedora era confiscada. Ao que parece isto era chamado sacramentum porque objetivava ser uma espécie de oferenda propiciatória aos deuses.

 

A transição para o uso cristão do termo deve ser procurada:

 

a) No uso militar do termo, em que e notava o juramento pelo qual um soldado prometia solenemente obediência ao seu comandante, visto que no batismo o cristão promete obediência ao seu Senhor, e,

No sentido especificamente religioso o termo adquiriu quando a Vulgata o empregou para traduzir o grego mysterion. É possível que este vocábulo, grego fosse aplicado aos sacramentos por terem eles uma tênue semelhança com alguns dos mistérios das religiões gregas. Na Igreja Primitiva a palavra sacramento era empregada primeiramente para denotar todas as espécies de doutrinas e ordenanças. Por esta mesma razão, alguns se opuseram ao nome e preferiam falar em sinais, selos ou mistério. Mesmo durante e imediatamente após a Reforma muitos não gostavam do nome sacramento. Melanchton empregava signi, e tanto Lutero como Calvino achavam necessário chamar a atenção para o fato de que a palavra sacramento não é empregada em seu sentido original na teologia. Mas o fato de que a palavra não se encontra na Escritura e de que não é utilizada em seu sentido original quando aplicada às ordenanças instituídas por Jesus, não tem por que dissuadir-nos, pois muitas vezes o uso determina o sentido de uma palavra. Pode-se dar a seguinte definição de sacramento, Sacramento é uma santa ordenança instituída por Cristo, na qual, mediante sinais perceptíveis, a graça de Deus em Cristo e os benefícios da aliança da graça são representados, selados e aplicados aos crentes, e estes por sua vez, expressam sua fé e sua fidelidade a Deus.

 

 

2. Partes Componentes do Sacramento.

 

(a) O Sinal Externo ou Visível.

 

O objeto externo do sacramento inclui, não somente os elementos que se usam, a saber, água, pão e vinho, mas também o rito sagrado, aquilo que se faz com estes elementos. Segundo este ponto de vista externo, a BÍBLIA denomina os sacramentos sinais e selos (Gn 9:12,13;17:11; Rm 4:11).

(b) A Graça Espiritual Interna, Significada e Selada.

 

Esta é variadamente indicada na Escritura como aliança da graça (Gn:9:12,13; 17:11), justiça da fé (Rm 4:11), perdão dos pecados (Mc 1:4),Mt 26:28), fé e conversão (Mc 1:4;16:16), comunhão com Cristo em Sua morte e ressurreição (Rm 6:3), e assim por diante.

 

Os católicos romanos a veem na graça santificante acrescentada à natureza humana. Capacitando o homem a praticar boas obras e a subir às alturas da Visio Dei (Visão de Deus). Os sacramentos não significam meramente uma verdade geral, mas uma promessa dada a nós e por nós aceita, e servem para fortalecer a nossa fé com respeito, á realização dessa promessa, (Gn 17:1-14 ; x 12:13 ; Rm 4:11-13). Eles representam visivelmente e aprofundam a nossa consciência das bênçãos espirituais da aliança, da purificação dos nossos pecados e da nossa participação na vida que há em Cristo (Mt 3:11; Mc 1:4,5; 1Co 10:2,3,16,17; Rm 2:28,29;6:3,4; Gl 3:27. Como sinais e selos, eles são meios de graça, isto é, meios

 

 

 

 

 

Pelos quais se fortalece a graça interna produzido no coração pelo Espírito Santo.

c) União Sacramental Entre o Sinal e Aquilo que é Significado - Geralmente se lhe chama formas sacramenti, forma dos sacramentos (forma significando aqui essência). Conforme este conceito, o sinal externo torna-se um meio empregado pelo Espírito Santo na comunicação da graça divina. A estreita relação existente entre o sinal e a coisa significada explica o emprego daquilo que geralmente se chama linguagem sacramental, na qual o sinal é mencionado em lugar da coisa significada, ou vice-versa, (Gn 17:10; At 22:16 ; 1 Co 5:7).3. Necessidades dos Sacramentos - Os Católicos Romanos afirmam que o batismo é absolutamente necessário para todos, para a salvação, e que o sacramento da penitência é igualmente necessário para aqueles que cometeram pecado mortal depois do batismo; mas que a confirmação, a eucaristia e a extrema unção são necessárias somente no sentido de que foram ordenadas e são eminentemente úteis. Por outro lado, os protestantes ensinam que os sacramentos não são absolutamente necessários para a salvação, mas são obrigatórios em vista do preceito divino. A negligência voluntária do seu uso redunda no empobrecimento espiritual e tem tendência destrutiva, precisamente como acontece em toda desobediência persistente a Deus.

 

 

Que não são absolutamente necessários para a salvação, segue-se:

 

(a)  do caráter espiritual e livre da dispensação do Evangelho, na qual Deus não prende a Sua graça ao uso de certas formas externas (Jo 4:21,23 ; Lc 18:14; 9 ),

(b)do fato de que a Escritura menciona unicamente a fé como condição instrumental da salvação ( Jo 5:24 ; 6:29 ; 3:36; At 16:31),

(c) do fato de que os sacramentos não originam a fé, mas a pressupõem, e são ministrados onde se supõe a existência da fé (At 2:41;16:14,15,30,33 ; 1Co 11:23-32 ; e

(d)do fato de que muitos foram realmente salvos sem o uso dos sacramentos.

 

Pensemos nos crentes anteriores ao tempo de Abraão e no ladrão penitente na cruz. Os sacramentos do Velho e do Novo testamento são a circuncisão e a páscoa são atribuídas à igreja do Novo Testamento, ( 1 Co 5:7 ; Cl 2:11 ), e o batismo e a Ceia do Senhor à igreja do Velho Testamento,(1 Co 10:1-4).No Novo testamento Ele procura base bíblica para a confirmação em (At 8;17 ;14:22; 19:6; Hb 6:2); para a penitencia em (Tg 5:16) ; para a ordenação em (1 Tm 4:14, 2Tm 1:6 )para o matrimonio em (Ef 5:32) ; e para extrema unção em ( Mc 6:13; Tg 5:14).

 

 

O BATISMO CRISTÃO. 1.

 

a) No mundo Gentílico

O batismo não era uma coisa inteiramente nova nos dias de Jesus. Os egípcios, os persas e os hindus tinham todas as suas purificações religiosas. Estas eram mais proeminentes ainda nas religiões gregas e romanas. Às vezes elas tomavam a forma de banhos no mar, e as, vezes eram efetuadas por aspersão. O batismo de João, como o batismo cristão - * foi instituído pelo próprio Deus (Mt 21:25; Jo 1:33 ; * Estava relacionado com uma radical mudança de vida ( Lc 1:1-7 ; Jo 1:20-30); * estava numa relação sacramental com o perdão dos pecados ( Mt 3: 7,8 ; Mc 1:4 ;Lc 3:3) (Comp. At 2:28) e * empregava o mesmo elemento material, qual seja, água.

 

Ao mesmo tempo havia diversos pontos de diferença:

 

(1) O batismo de João ainda pertencia à antiga dispensação e, como tal, apontava para Cristo, no futuro;

(2) em harmonia com a dispensação da lei em geral, acentuava a necessidade de arrependimento, embora sem excluir inteiramente a fé ;

(3)  foi planejado somente para os judeus e, puritanos, representava mais o particularismo do Velho Testamento que o universalismo do Novo ; e

visto que o Espírito Santo ainda não fora derramado a plenitude do Pentecostes, o batismo de João ainda não era acompanhado por tão grande porção de dons espirituais como o ulterior batismo cristão.

4. Foi instituído com Autoridade Divina - A grande comissão foi colocada nas seguintes palavras: Ide, portanto (isto é, porque todas as nações estão sujeitas a Mim), fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo ; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado (Mt 28:19,20). A forma complementar de (Mc 16:15,16) tem esta redação : ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. (At 19:3 ; 1 Co 1:13 ; 10:2 ; 12:13 ; At 2:48 ; 8:16; 10:48 ; 19:5), e também (Rm 6:3 e Gl 3:27 ; At2:38).

 

 

A DOUTRINA DO BATISMO NA HISTÓRIA.

 

 

1. Antes da Reforma. Os chamados pais primitivos consideravam como estreitamente ligado ao perdão de pecados e à comunicação da nova vida. Algumas das suas expressões parecem indicar que eles criam na regeneração batismal. A opinião geral era que o batismo nunca devia ser repetido, mas não havia unanimidade quanto à validade do batismo ministrado por hereges. No transcorrer do tempo, porém, veio a ser um princípio estabelecido não rebatizar os que foram

 

 

 

 

 

 

Batizados em nome do Deus Triúno. O modo do batismo não estava em discussão. Do segundo século em diante, aos poucos ganhou terreno a ideia de que o batismo age mais ou menos magicamente. Até mesmo Agostinho parece Ter considerado o batismo como eficiente ex opere operato, no caso das crianças. Ele considerava absolutamente necessário o batismo e afirmava que as crianças não batizadas estão perdidas. Segundo ele, o batismo elimina a culpa original, mas não remove totalmente a corrupção da natureza. Os escolásticos a princípios partilhavam o conceito de Agostinho, que, no caso do batismo de adultos, pressupõe fé, mas gradualmente outra ideia ganhou predominância, a saber, que o batismo é sempre eficaz ex opere operato. A importância das condições subjetivas foi menosprezada. Assim, a característica concepção católica romana do sacramento, de acordo com a qual o batismo é o sacramento da regeneração e da iniciação na igreja; aos poucos ganhou proeminência.

 

 

2. Desde a Reforma. A Reforma Luterana não se desfez inteiramente da concepção católica romana dos sacramentos. Para Lutero, a água do batismo não é água comum, mas uma água que, mediante a Palavra com seu poder divino inerente, veio a ser uma água da vida, cheia de graça, um lavamento de regeneração por esta eficácia divina da Palavra, o sacramento efetua a regeneração. No caso dos adultos, Lutero colocava o efeito do batismo na dependência da fé presente no participante. Teólogos luteranos mais recentes que retiveram a ideia de uma fé infantil como pré-condição para o batismo, ao passo que outros entendiam que o batismo produz essa fé imediatamente. Os Ana batistas cortaramo nó Górdio de Lutero negando a legitimidade do batismo de crianças. Eles insistiam em batizar todos os candidatos à admissão no seu circulo que tinham recebido o sacramento na infância, e não considerava isto um rebatismo, mas, sim, o primeiro batismo verdadeiro. Para eles, as crianças não têm lugar nenhum na igreja. Calvino e a Teologia reformada partiam da pressuposição de que o batismo foi instituído para os crentes e não produz, mas fortalece a nova vida. Naturalmente, eles se defrontaram com a questão sobre como as crianças poderiam ser consideradas crentes, e sobre como poderiam ser fortalecidas espiritualmente, visto não poderem exercer fé. Alguns simplesmente assinalavam que as crianças nascidas de pais crentes são filhos da aliança e, como tais, herdeiros das promessas de Deus, incluindo-se também a promessa de regeneração; e que a eficácia espiritual do batismo não se limita à hora da sua ministração, mas continua durante a vida toda.

3. O Modo Próprio do Batismo. Os Batistas baseiam sua opinião em (Mc 10:38,39 ; Lc 12:50 ; Rm 6:3,4 ; Cl 2:12). O catecismo de Heidelberg indaga, na pergunta 69: Como é que está simbolizado e selado em seu favor no santo batismo que você participa do sacrifício de Cristo na Cruz ? E responde: Assim: que Cristo determinou o lavamento externo com água e acrescentou a promessa de que eu sou lavado com o seu sangue que me purifica da corrupção da minha alma, isto é, de todos os meus pecados, tão certamente como a água me lava exteriormente, pela qual a sujeira do corpo comumente é removida. Esta ideia de purificação era a coisa pertinente em todas as abluções do Velho Testamento, e também no batismo de João (Sl 51:7 ; Ez 36:25 ; Jo 3:25,26). Além disso, a Escritura deixa muitíssimo claro que o batismo simboliza a limpeza ou purificação espiritual, (At 2;38 ; 22:16 ;Rm 6:4,5 ; 1 Co 6;11; Tt 3:5 ; Hb 10;22; 1 Pe 3:21; Ap 1:5). … este exatamente o ponto no qual a BÍBLIA coloca toda a ênfase, ao passo que ela nunca descreve o ir ao fundo e subir como algo essencial. O Batismo pode ser igualmente ministrado pôr imersão, derramamento, afusão ou aspersão.

 

 

3º INTRODUÇÃO A CRISTOLOGIA

(Doutrina de Cristo)

 INTRODUÇÃO

 

A Doutrina de Cristo na História.

(a) Relação entre antropologia e Cristologia.

 

Há uma relação muito estreita entre a doutrina do homem e a de Cristo. A primeira trata do homem, criado à imagem de Deus e dotado de verdadeiro conhecimento, justiça e santidade, masque, pela voluntária transgressão da lei de Deus, despojou-se da sua verdadeira humanidade e se transformou em pecador. Salienta à distância Ética que há entre Deus e o homem, distância resultante da queda do homem e que, nem o homem nem os anjos podem cobrir, e,como tal, é virtualmente um grito pelo socorro divino. A Cristologia é em parte a resposta a esse grito. Ela nos põe a par da obra objetiva de Deus em Cristo construindo uma ponte sobre o abismo e eliminando à distância. A doutrina nos mostra Deus vindo ao homem para afastar as barreiras entre Deus e o homem pela satisfação das condições da lei em Cristo,e para restabelecer o homem em sua bendita comunhão. A antropologia já dirige a atenção à provisão da graça de Deus para uma aliança de companheirismo com o homem que prove uma vida de bem aventurada comunhão com Deus ; mas a aliança só é eficiente em Cristo e por meio de Cristo. E, portanto a doutrina de Cristo como Mediador da aliança deve vir necessariamente em seguida. Cristo, tipificado e prenunciado no Velho testamento como o Redentor do homem, veio na plenitude do tempo, para tabernacular entre os homens e levar a efeito uma reconciliação eterna.

 

(b) A Doutrina de Cristo antes da Reforma

 

 

 

 

Até o Concílio de Calcedônia: na literatura cristã primitiva, Cristo sobressai como humano e divino, como Filho do homem, mas também como o Filho de Deus. Seu caráter sem pecado é defendido, e ele é considerado como legitimo objeto de culto.

 

 

(c) Após o Concílio de Calcedônia

 

A Idade Média acrescentou muito pouca coisa à doutrina da pessoa de Cristo. Devido a várias influências, como as da Ênfase à imitação de Cristo, das teorias sobre a expiação e do desenvolvimento da doutrina da missa, a igreja se apegou fortemente à plena humanidade de Cristo. Há divindade de Cristo, diz Mackintosh. passou a ser vista mais como o coeficiente infinito elevando a ação e a paixão humanas a um valor infinito. E,contudo, alguns dos escolásticos expressaram em sua Cristologia um conceito docético de Cristo. Pedro Lombardo não hesitava em dizer que, com relação à sua humanidade, Cristo não era absolutamente nada. Mas este niilismo foi condenado pela igreja.Alguns novos pontos foram salientados por Tomaz de Aquino.Segundo ele a pessoa do Logos tornou-se composta na encarnação, e sua união com a natureza humana impediu esta última de chegar a Ter uma personalidade independente. A natureza humana de Cristo recebeu dupla graça em virtude de sua união com o Logos,

 

 

(1) a gratia unionis (graça da união), que lhe comunicou uma dignidade especial, de modo que até se tornou objeto de culto, e

(2) a gratia habitualis (graça habitual),que a mantinha em sua relação com Deus. O conhecimento humano de Cristo era duplo a saber, um conhecimento infuso e um conhecimento adquirido. Há duas vontades em Cristo, mas a causalidade última pertence à vontade divina, à qual a vontade humana está sempre sujeita.

(d) A doutrina de Cristo depois da Reforma.

 

Até o século dezenove : A reforma não trouxe grandes mudanças à doutrina da pessoa de Cristo. Tanto a Igreja Romana como as igrejas da Reforma subscreveram a doutrina de Cristo nos termos de sua formulação pelo Concílio de Calcedônia. Os teólogos reformados (Calvinistas) viam nessa doutrina luterana uma espécie de eutiquianismo ou de fusão das duas naturezas de Cristo. A teologia reformada também ensina uma comunicação de atributos, mas a concebe de maneira diferente. Ela crê que, depois da encarnação, as propriedades de ambas as naturezas podem ser atribuídas à pessoa única de Cristo. Pode-se dizer que a pessoa de Cristo È onisciente, mas também limitada, em qualquer tempo particular, a um único lugar. Daí, lemos na Segunda Confissão Helvética : Reconhecemos, pois, que há no único e mesmo Jesus, nosso Senhor, duas naturezas ó a natureza divina e a humana, e dizemos que estas são ligadas ou unidas de modo tal,que não são absorvidas, confundidas ou misturadas, mas, antes,são unidas ou conjugadas numa pessoa ( sendo que as propriedades de cada uma delas permanecem a salvo e intactas), de modo que podemos cultuar a um Cristo, nosso Senhor, e não a dois. Portanto, não pensamos, nem ensinamos que a natureza divina em Cristo sofreu, ou que Cristo, de

 

acordo com a sua natureza humana, ainda está no mundo e, assim, em todo lugar.

 

 

(e) No século dezenove. Assim foi introduzido o segundo período cristológico, assim chamado.O novo ponto de vista era antropológico, e o resultado foi antropocêntrico. Isto evidenciou -se destrutivo para a FÉ Cristã.Uma distinção de maior alcance e perniciosa foi feita entre o Jesus histórico, delineado pelos escritores de evangelhos, e o Cristo Teológico, fruto de fértil imaginação dos pensadores teológicos, e cuja imagem reflete-se agora nos credos da igreja. O Cristo sobrenatural abriu alas para um Jesus humano, e a doutrinadas duas naturezas abriu alas para a doutrina de um homem divino. O verbo se fez carne significa que Deus se encarnou na humanidade, de modo que a encarnação expressa realmente a unidade de Deus e o homem. Ao que parece, a encarnação foi meramente o auge de um processo racial. Enquanto a humanidade em geral considera Jesus unicamente como um mestre humano,a fé o reconhece como divino e vê que, por sua vinda ao mundo, a transcendência de Deus torna-se imanência. Encontramos aqui uma identificação panteísta do humano e do divino na Doutrina de Cristo.

 

 

II. Nomes de Cristo.

 

a)  O Nome JESUS -· Nome Jesus é a forma grega do hebraico Jehoshua,Joshua, ( Js 1:1, Zc 3:1, ou Jeshua - forma normalmente usada nos livros históricos pós-exílicos), ( Ed 2:2). A derivação deste nome tão comum do Salvador se oculta na obscuridade. Quanto a uma outra derivação, de Jeho ( Jehovah) e Shua, socorro (Gotthilf) cf.Kuyper, Dict. Dogm. O nome foi dado a dois bem conhecidos tipos de Jesus do Velho testamento.

 

b) O nome Cristo· Se Jesus é o nome pessoal, Cristo é o nome oficial do Messias.o equivalente de Mashiach do velho testamento, (de Maschach, ungir) e, assim, significa o ungido. Normalmente os reis e os sacerdotes eram ungidos, durante a antiga dispensação, ( x 29:7, Lv 4:3, Jz 9:8, 1 Sm 9:16, 10:1, 2 Sm 19:10. O rei era chamado o ungido de Jeová, ( 1 Sm 24:10).Somente um exemplo de unção de profeta está registrado, (1 Rs 19:16), mas provavelmente há referencias a isto em (Sl 105:15 eIs 61:1).O óleo usado na unção desses oficiais simbolizava o Espírito de Deus ( Is 61:1, Zc 4: 1-6), e a unção representava a transferência do Espírito para a pessoa consagrada, (1 Sm 10:1,6,10 ; 16:13,14 ).

 

 

A unção era sinal visível de

 

(1) designação para um oficio,

 

(2) estabelecimento de uma relação sagrada e o resultante caráter sacrossanto da pessoa ungida, (1 Sm 24:6 ; 26:9; 2Sm 1:14 ) e

(3) comunicação do Espírito ao ungido, ( 1 Sm 16:13) cf: também (2 Co 1:21,22). O velho testamento se refere à unção do Senhor em ( Sl 2:2 ; 45:7), e o novo testamento em ( At 4:27 : 10:38). Cristo foi instalado em seus ofícios, ou designado para estes, desde a eternidade, mas historicamente a sua unção se efetuou quando ele foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1:35), e quando recebeu o Espírito Santo,especialmente por ocasião do seu batismo, (Mt 3:16) ; (Mc 1:10) ; (Lc 3:22; Jo 1:32 ; 3:34). Serviu para qualificá-lo para a sua grande tarefa. Primeiro, o nome Cristo foi aplicado ao Senhor como um substantivo comum, com o artigo, mas gradativamente se desenvolveu e se tornou um nome

 

próprio,sendo então usado sem o artigo. c) O nome Filho do Homem.·

 

No velho testamento este nome se acha em (Sl 8:4, Dn 7:13) e muitas vezes na profecia de Ezequiel. Na obra sobre A Auto revelação de Jesus.

divide as passagens em que ocorre o nome em quatro classes :

 

(1) Passagens que se referem claramente à vinda escatológica do filho do homem, como, por exemplo (Mt 16:27,28; Mc 8:38, 13:26) etc. E paralelas;

(2) passagens que falam particularmente do sofrimento, morte e (às vezes) ressurreição de Jesus, como por exemplo (Mt 17:22 ; 20:18, 19,28 ;12:40, etc. E paralelas.

(3) Passagens do quarto evangelho em que o lado super-humano, celestial, e a pré- existência de Jesus são salientados, como, por ex.: (1:51,3:13,14; 6:27,53,62; 8:28e outras).

(4) Um pequeno grupo de passagens nas quais Jesus considera a sua natureza humana (Mc 2:27,28; Jo 5:27;6:27,51,62). Chamando-se a Si próprio Filho do homem Jesus infundiu a messianidade o seu espírito centralizado nas realidades celestiais. E as alturas a que assim ele elevou a sua pessoa e a sua obra, bem pode ter tido algo que ver com a hesitação

dos seus primeiros seguidores,quanto a chamá-lo pelo). mais celestial de todos os títulos. d) O nome Filho de Deus.·

O nome Filho de Deus foi variadamente aplicado no velho testamento.

 

(1) ao povo de Israel ( x 4:22 ; Jr 31:9, Os 11:1 ),

 

(2) a oficiais de Israel, especialmente ao prometido rei da casa de Davi ( 2 Sm 7: 14, Sl 89:27),

(3) a anjos ( JÛ 1:6; 2:1;38:7,Sl 29:1,89:6 ); e

 

(4) as pessoas piedosas em geral (Gn 6:2, Sl 73:15, Pv 14:26). No novo testamento vemos Jesus apropriando-se do nome e outros também os atribuindo a Ele. O nome é aplicado a Jesus em quatro sentidos diferentes, nem sempre mantidos em distinção na Escritura, mas às vezes combinados.

 

(1). No sentido oficial ou Messiânico - (Mt 3:17; 17:5, Mc 1:11;9:7, Lc 3:22; 9:35).

 

(2).No sentido Trinitário - às vezes o nome é utilizado para indicara divindade essencial de Cristo (Mt 11:27; 14:28-33; 16:16, e paralelas, 21:33-46, e paralelas, 22:41-46; 26:63, e paralelas.Vemos a filiação ontológica e a filiação messiânica entrelaçadas também em várias passagens joaninas, nas quais Jesus dá a entender claramente que Ele é o Filho de Deus, conquanto n„o useo nome, como (6:69 ; 8:16,18,23; 10:15,30; 14:20,etc.). Nas epistolas, Cristo é designado muitas vezes como o Filho de Deus no sentido metafísico (Rm 1:3; 8:3, Gl 4:4, Hb 1:1), e muitas outras passagens.

 

(3). No sentido Natalício - Cristo é também chamado Filho de Deus em virtude do seu nascimento sobrenatural. O nome é assim aplicado a Ele na bem conhecida passagem do Evangelho segundo Lucas, na qual a). origem). da sua natureza humana é atribuída à direta e sobrenatural paternidade de Deus, a saber (Lc 1:35).Indicações do nome, também em (Mt 1:18-24, Jo 1:13). Naturalmente,este significado do nome também é negado pela teologia modernista, que não crê nem no nascimento virginal, nem na concepção sobrenatural de Cristo.

 

(4). No sentido Ètico-religioso - … neste sentido que o nome Filhos de Deus é aplicado aos crentes no novo testamento. … possível que tenhamos um exemplo da aplicação do nome Filho de Deus a Jesus nesse sentido Ètico-religioso em Mt 17:24-27. A teologia modernista entende que a filiação de Jesus é unicamente uma filiação Ètico-religiosa, uma tanto elevada, é certo, mas não essencialmente diferente da dos seus discípulos.

 

(5). O nome Senhor (Kyrios) - O nome Senhor é aplicado a Deus na Setuaginta,

(a) como equivalente de Jeová,

 

(b) como tradução de Adonai ; e

 

(a) como uma forma polida e respeitosa de tratamento (Mt 8:2 ; 20:33),

 

(b)como expressão de posse e autoridade, sem nada implicar quanto ao caráter e autoridade divinas de Cristo (Mt 21:3; 24:42);

(c)  com a máxima conotação de autoridade, expressando um caráter exaltado e, de fato, praticamente equivalendo ao

 

nome Deus (Mc 12:36,37 ; Lc 2:11;3:4 ; At 2:36 ; 1 Co 12:3; Fp 2:11). Mas há exemplos do seu uso mesmo antes da ressurreição, onde evidentemente já se alcançara o valor especificamente divino do título como em (Mt 7:22 ; Lc 5:8 ; Jo 20:28).

 

III. Os Ofícios de Cristo.

 

A idéia dos Ofícios na História… costume falar de três ofícios com relação à obra de Cristo, a saber, os ofícios proféticos, sacerdotais e reais. Houve quem lhes aplicasse a idéia de sucessão cronológica, entendendo que Cristo agiu como profeta durante o seu Ministério Público na terra,como Sacerdote em seus sofrimentos finais e em sua morte na cruz, e como Rei age agora, que está assentado à mão direita de Deus.· A importância da Distinção Como Cristo foi criado por Deus, ele foi profeta,sacerdote e rei e, nestas qualidades, foi dotado de conhecimento e entendimento, de justiça e santidade, e de domínio sobre a criação inferior.O pecado afetou a vida toda do homem e se manifestou,não somente como ignorância e cegueira, erro e falsidade, mas também como injustiça, culpa e corrupção moral ; e, em acréscimo,como enfermidade, morte e destruição. Daí, foi necessário que Cristo, como o nosso Mediador, fosse profeta, sacerdote e rei. Como Profeta, ele representa Deus para como o homem,como Sacerdote, ele representa o homem na presença de Deus ;e como Rei, ele exerce domínio e restabelece o domínio original do homem. O racionalismo só reconhece o seu oficio profético, o misticismo, somente o seu oficio sacerdotal, e a doutrina do milênio da ênfase unilateral ao seu oficio real futuro.A. Oficio profético: As passagens clássicas de (Ex 7:1 e Dt 18:18), indicam a presença de dois elementos na função profética, um passivo e o outro ativo, um receptivo e, o outro produtivo. O profeta recebe relações divinas em sonhos, visões ou comunicações verbais,e as transmite ao povo, quer oralmente, quer visivelmente, nas ações proféticas, (Nm 12:6-8; Is 6, Jr 1:4-10, Ez 3: 1-4,17).Destes dois elementos, o passivo é o mais importante, porquanto ele governa o elemento ativo. Sem receber, o profeta não pode dar, e ele não pode dar mais do que recebe. Mas o elemento ativo também é parte integrante. O que faz de alguém um profeta é a vocação divina, a ordem para comunicar a outros a revelação divina.

 

Provas BÍBLICAS do ofício Profético de Cristo.

(A). A Escritura atesta de várias maneiras o oficio profético de Cristo.Ele é prenunciado como profeta em (Dt 18:15), passagem aplicada a Cristo em (At 3:22,23). Ele fala de si como profeta em (Lc 13:33). alem disso, alega que traz uma mensagem do Pai, (Jo 8:26-28 ; 12:49,50 ; 14:10,24 ; 15:15; 17:8,20), prediz coisas futuras, (Mt 24:3-35, Lc 19:41-44) e fala com singular autoridade(Mt 7:29). Suas poderosas obras serviam para autenticara sua mensagem. Em vista disso tudo, não admira que o povo o tenha reconhecido como profeta (Mt 21:11,46; Lc 7:16;24:19, Jo 3:2; 4:19; 6:14 ; 7:40 ; 9:17).

(B). O oficio sacerdotal Sacerdote era representante do homem junto a Deus. Tinha o especial privilégio de aproximar-se de Deus, e de falar e agir em favor do povo. … verdade que, na antiga dispensação, os sacerdotes também eram mestres, mas o seu ensino diferia do ensino dos profetas. Ao passo que estes acentuavam os deveres responsabilidades e privilégios morais e espirituais, aqueles salientavam as observâncias rituais envolvidas num adequado acesso a Deus. A passagem clássica na qual são dadas as verdadeiras características do sacerdote e na qual sua obra é em parte designada,é (Hb 5:1).

Estão indicados ali os seguintes elementos :

 

(1) O sacerdote é tomado dentre os homens para ser o seu representante,

(2) È constituído por Deus, cf o versículo 4,

 

(3) age no interesse dos homens nas coisas pertencentes a Deus,isto é, nas coisas religiosas, (5) sua obra especial consiste em oferecer dádivas e sacrifícios pelos pecados. Mas a obra do sacerdote incluía ainda mais que isso. Ele também fazia

intercessão pelo povo (Hb 7:25) e os abençoava em nome de Deus, (Lv 9:22).

Provas BÍBLICAS do oficio Sacerdotal de Cristo.

 

O Velho Testamento prediz e prefigura o sacerdócio do redentor vindouro. H· claras referencias a isto em (Sl 110:4 e Zc 6:13). Alem disso, o sacerdócio do Velho Testamento, e particularmente o sumo sacerdote, claramente prefiguravam um Messias sacerdotal.No Novo Testamento há somente um único livro em que ele é chamado sacerdote, qual seja, a epistola aos Hebreus,mas ali o nome é repetidamente aplicado a Ele (3:1 ; 4:14; 5:5;6:20;7:26; 8:1). Ao mesmo tempo, muitos outros livros do Novo Testamento se referem à obra sacerdotal de Cristo.C. O oficio Real. Na qualidade de Segunda Pessoa da Trindade Santa, o Filho Eterno, Cristo, naturalmente, comparte o domínio de Deus sobre todas as

 

 

 

 

suas criaturas. Seu trono está estabelecido nos céus e o seu reino domina sobre tudo (Sl 103:19).Em geral podemos definir a realeza de Cristo como o Seu poder oficial de governar todas as coisas do céu e da terra, para a glória de Deus e para a execução do seu propósito de salvação. Todavia, podemos distinguir entre um regnum gratiae e um regnum potentiae (entre um reino de graça e um reino de poder).

O Reinado Espiritual de Cristo 1. Natureza deste Reinado -

O reinado espiritual de Cristo é o Seu governo real sobre o regnum gratiae, isto é, sobre o seu povo ou sua igreja. … um reinado espiritual porque se relaciona com uma esfera espiritual. … o governo mediatário estabelecido nos corações e nas vidas dos crentes. Ademais, é espiritual porque leva direta e imediatamente a um fim espiritual porque administrado, não pela força ou por meios externos, mas pela Palavra e pelo Espírito, que é o Espírito de verdade, de sabedoria,de justiça e santidade, de graça e misericórdia. Este reinado revela-se na reunião da igreja e em seu governo, proteção e perfeição. A BÍBLIA fala a seu respeito em muitos lugares, tais como (Sl 2:6 ; 45:6,7; cf. Hb 1:8,9 ; 132:11; Is 9:6,7; Jr 23:5,6, Mq 5:2, Zc 6:13, Lc 1:33; 19:27,38; 22:29 ; Jo 18:36,37; At2:30-36); e outros. A natureza espiritual deste reinado é indicada pelo fato, entre outros, de que Cristo é repetidamente chamado Cabeça da Igreja, (Ef 1:22; 4:15; 5:23; Cl 1:18 ;2:19). Este vocábulo, no sentido em que é aplicado a Cristo, é,nalguns casos, praticamente equivalente, a Rei (Cabeça num sentido figurado, alguém revestido de autoridade), como em (1Co 11:3 ; Ef 1:22 ; 5:23), noutros casos, porém é empregado no sentido literal e orgânico (Ef 4:15; Cl 1:18 ; 2:19) e, em parte, também em (Ef 1:22).

 

IV. O Estado de Cristo

 

(O Estado de Humilhação) Com base na referida passagem de Fp, pode-se dizer que o elemento essencial e central do estado de humilhação acha-se no fato de que Ele, que era o Senhor de toda a terra, o supremo Legislador, colocou-se debaixo da lei para desincumbir-se das suas obrigações federais e penais a favor do seu povo. Ao fazê-lo,Ele tornou legalmente responsável por nossos pecados e sujeitos à maldição da lei. Este estado do Salvador, concisamente expresso nas palavras de (Gl 4:4) nascido sob a lei, reflete-se na condição que lhe é correspondente e que é descrita nos vários estágios da humilhação. Enquanto a Teologia luterana fala em nada menos que oito estágios da humilhação de Cristo,

 

A Teologia Reformada geralmente enumera cinco, a saber.

(1) encarnação,

 

(2) sofrimento,

(3) morte,

 

(4) sepultamento, e

(5) descida ao hades.

 

(1) A encarnação e o nascimento de Cristo a. O sujeito da encarnação : Não foi o trino Deus, mas a Segunda pessoa da trindade que assumiu a natureza humana. Por essa razão ; È melhor dizer que o Verbo se fez Carne, do que dizer que Deus se fez homem. Ao mesmo tempo, devemos lembrar que cada uma das pessoas divinas agiu na encarnação, (Mt 1:20, Lc 1:35, Jo 1:14, At 2:30, Rm 8:3, Gl 4:4, Fp 2:7). Não é possível falar da encarnação de alguém que não teve existência prévia. Esta preexistência é claramente ensinada na Escritura: No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (Jo 1:1). Eu desci do CÉU, (Jo 6:38) Pois conheceis a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de Vós, para que pela sua pobreza vos tornassem ricos. (2 Co 8:9). Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens (Fp 2: 6,7). Vindo pois,plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho (Gl 4:4). O preexistente Filho de Deus assume a natureza humana e se reveste de carne e sangue humanos, um milagre que ultrapassa o nosso limitado entendimento. Isto mostra claramente que o infinito,pode entrar em relações finitas, e de fato entra, e que, de algum modo, o sobrenatural pode entrar na vida histórica do mundo. A nossa confissão afirma que a natureza de Cristo foi concebida no ventre da bendita Virgem Maria pelo poder do Espírito Santo, sem o concurso do homem. Isto salienta o fato de que o nascimento de Cristo absolutamente não foi um nascimento comum, mas, sim, um nascimento sobrenatural em Virtude do qual Ele foi chamado Filho de Deus. O elemento mais importante,com relação ao nascimento de Jesus, foi a operação sobrenatural do Espírito Santo, pois só por este meio foi possível o nascimento virginal. A BÍBLIA se refere a esta característica em (Mt 1:18-20 ; Lc 1:34,35 ; Hb 10:5).

 

(2) Os Sofrimentos Do Salvador (Is 53: 6,10)

 

(a) Ele sofreu durante toda a sua vida - Seu sofrimento foi um sofrimento consagrado, e cada vez mais atroz conforme o fim se aproximava O sofrimento iniciado na encarnação, chegou finalmente ao clímax no passio magna (grande paixão) no fim da sua vida. Foi quando pesou sobre Ele toda a ira de Deus contra o pecado.

 

 

 

 

(b)Sofreu no corpo e na alma - Não foi a simples dor física, como tal, que constituiu a essência do seu sofrimento,mas essa dor acompanhada de angústia de alma e da consciência meditaria do pecado da humanidade, que pesava sobre ele.alem disso, a BÍBLIA ensina claramente que Cristo sofreu em ambos. Ele agonizou no jardim, onde a sua alma esteve profundamente triste até à morte, e também ele foi esbofeteado, açoitado e crucificado.

 

(c) Seus sofrimentos nas tentações - As tentações de Cristo são parte integrante dos seus sofrimentos. Essas tentações se acham na vereda do sofrimento (Mt 4:1-11,e paralelas ; Lc 22:28 ; Jo 12:27; Hb 4:15 ; 5:7,8). Seu ministério público iniciou-se com um período de tentação, e mesmo após esse período as tentações se repetiam, a intervalos, culminando no trevoso GetsÍmani. Só penetrando em praticamente nas provações dos homens em suas tentações, Jesus poderia ser o Sumo Sacerdote compassivo que foi e atingir as culminâncias da perfeição provada e triunfante (Hb 4:15, 5:7 -9).(3) - A Morte do Salvador -Deus impôs judicialmente a sentença da morte do Mediador, desde que este se incumbiu voluntariamente de cumprir a pena do pecado da raça humana. Estes sofrimentos foram seguidos por sua morte na cruz. Ele esteve sujeito, não somente à morte física mas também à morte eterna, se bem que sofreu esta intensiva,e não extensivamente, quando agonizou no jardim e quando bradou na cruz, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?. Num curto período de tempo, Ele suportou a ira infinita contra o pecado até o fim, e saiu vitorioso. O caráter judicial de sua morte. Era deveras essencial que Cristo não sofresse morte natural, nem acidental, e não morresse pelas mãos de um assassino, mas sob sentença judicial. Alem disso, Deus dispôs providencialmente que o Mediador fosse julgado e sentenciado por um juiz romano. Os romanos tinham talento para a lei e a Justiça,representavam o poder judicial mais alto do mundo. A sentença de Pilatos foi também Sentença de Deus, embora sobre bases inteiramente diferentes. A

 

crucificação não era uma forma judaica de castigo, mas,sim, romana. Era considerada tão infame e ignominiosa, que não podia ser aplicada a cidadãos romanos,mas somente à escória da humanidade, aos escravos e criminosos mais indignos. Ao mesmo tempo, padeceu morte amaldiçoada,e assim provou que se fez maldição por nós (Dt 21:23 ;Gl 3:13).

 

(4) - O Sepultamento do Salvador…

 

evidente que o seu sepultamento também fez parte de sua humilhação.

 

Note-se especialmente o seguinte:

 

(a) Voltar o homem ao pó, do qual fora tomado, È descrito na Escritura como parte da punição do pecado (Gn 3:19) ;

 

(b) Diversas declarações da Escritura implicam que a permanência do Salvador na sepultura foi uma humilhação (Sl 16:10, At 2:27,31; 13:34,35). Foi uma descida ao Hades, em si mesmo sombrio e lugubre, lugar de corrupção, se bem que ele foi guardado da corrupção ;

 

(c) Ser sepultado é ir para baixo e, portanto, uma humilhação. O sepultamento dos cadáveres foi ordenado por Deus para simbolizar a humilhação do pecador.

(5) - A Descida do Salvador ao Hades.

 

Esta doutrina na Confissão Apostólica (Credo).Depois de mencionar os sofrimentos, a morte e o sepultamento do Senhor, a confissão prossegue com estas palavras : Desceu ao inferno (hades). Mais tarde, porém, a forma romana do Credo acrescentou o artigo em questão após sua menção do sepultamento.Base bíblica para a expressão -a - (Ef 4:9),-b-(1 Pe 3: 18,19), -c-(1 Pe 4: 4 - 6), -d- (Sl 16: 8 - 10) - (comp. At 2: 25-7,30,31).

 

4º INTRODUÇÃO A HAMARTIOLOGIA (Doutrina do Pecado) INTRODUÇÃO

I - A origem do pecado

 

O problema do mal que há no mundo sempre foi considerado um dos mais profundos problemas da filosofia e da Teologia.… um problema que se impõe naturalmente à atenção do homem,visto que o poder do mal é forte e universal, é uma doença sempre presente na vida em todas as manifestações desta, e é matéria da experiência diária na vida de todos os homens. Outros, porém estão convictos, de que o mal teve uma origem voluntária isto é, que se originou na livre escolha do homem, quer na existência atual, quer numa existência anterior. Estes acham se bem mais perto da verdade revelada na Palavra de Deus.·

 

Dados bíblicos a respeito da origem do pecado.

 

Na escritura, o mal moral existente no mundo, transparece claramente no pecado isto é, como transgressão da lei de Deus.1 - Não se pode considerar Deus como o seu Autor.O decreto eterno de Deus evidentemente deu a certeza da entrada do pecado no mundo, mas não se pode interpretar isso de modo que faça de Deus a causa do pecado no sentido de ser Ele o seu autor responsável. Esta idéia é claramente excluída pela Escritura. Longe de Deus o praticar ele a perversidade e do Todo- poderoso o cometer injustiça.(Jó 34:10). Ele é o Santo Deus.(Is 6:3), e absolutamente não há retidão nele. (Dt 32:4);(Sl 92:16).Ele não pode ser tentado pelo mal e ele próprio não tenta a ninguém, (Tg 1:13). Quando criou o homem, criou-o bom e à sua imagem. Ele positivamente odeia o pecado, (Dt 25:16, Sl 5:4, 11:5, Zc

 

 

 

 

8:17, Lc 16:15) e em Cristo fez provisão para libertar do pecado do homem.2- O Pecado se originou no Mundo Angélico.A BÍBLIA nos ensina que na tentativa de investigar a origem do pecado devemos retornar à queda do homem, na descrição de Gn 3 e fixar a atenção em algo que sucedeu no mundo angélico.Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das m„os do seu Criador,(Gn 1:31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico, queda na qual legiões de anjos se apartaram de Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em (Jo 8:44). Jesus fala do diabo como assassino desde o principio e em (1 Jo 3:8) diz João que o Diabo peca desde o principio.3 - A origem do pecado na raça humana.Com respeito à origem do pecado na história da humanidade a BÍBLIA ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e portanto com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí,pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que dada a solidariedade da raça humana, teria efeito não somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus descendentes. Como resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza depravada aos pósteros.Dessa fonte não Santa o pecado flui numa corrente impura passando para todas as gerações de homens corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó Quem da imundície poderá tirar cousa pura ? Ninguém, (Jó 14:4). Mas ainda isso não é tudo : Adão pecou somente com o pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus descendentes, e, portanto, a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são possíveis de punição e morte. … primariamente nesse sentido que o Pecado de Adão é o pecado de todos. … o que Paulo ensina em (Rm 5:12) Portanto,assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens,porque todos pecaram.Deus adjudica a todos os homens a condição de pecadores, culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo.… o que Paulo quer dizer, quando afirma : Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só,muitos se tornarão justos, ( Rm 5:18,19).II –

 

A Natureza do Primeiro pecado ou da Queda do Homem.

1 - Seu caráter Formal : Pode-se dizer que numa perspectiva puramente formal, o primeiro pecado do homem consistiu em comer ele dá arvore do conhecimento do bem e do mal. Quer dizer que não seria pecaminoso, se Deus não tivesse dito : Da arvore do conhecimento do bem e do mal não comerás. A ordem dada por Deus para não se comer do fruto da arvore serviu simplesmente ao propósito de por à prova a obediência do homem. Foi um teste de pura obediência desde que Deus de modo nenhum procurou justificar ou explicar a proibição.

 

2- Seu caráter essencial e material : O primeiro pecado do homem foi um pecado típico, isto é, um pecado no qual a essência real do pedaço se revela claramente. A essência desse pecado está no fato de que Adão se colocou em oposição a Deus, recusou-se a sujeitar a sua vontade à vontade de Deus de modo que Deus determinasse o curso da sua vida, e tentou ativamente tomar a coisa toda das m„os de Deus e determinar ele próprio o futuro. Naturalmente pode distinguir-se diferentes elementos do seu primeiro pecado. No intelecto, revelou-se como incredulidade e orgulho na vontade como o desejo de ser como Deus, e nos sentimentos como uma Ímpia satisfação ao comer do fruto proibido. O primeiro pecado ou a queda como ocasionada pela tentação.A escritura d· a entender claramente que a serpente foi apenas um instrumento de Satanás, e que Satanás foi o real tentador que agiu na serpente e por meio dela, como posteriormente agiu em homens e em porcos (Jo 8:44, Rm 16:20, 2 Co 11:3, Ap 12:9). A serpente foi um instrumento próprio para Satanás pois ele é a personificação do pecado.

 

E a serpente simboliza o pecado

 

(a) em sua natureza astuta e enganosa e

 

(b)em sua picada venenosa com a qual mata o homem.

II - A idéia BÍBLICA do pecado.

 

O pecado é o resultado de uma escolha livre porém má, do homem.Este é o ensino claro da Palavra de Deus, (Gn 3:1 - 6),(Is 48:8), (Rm 1:18-32), (1 Jo 3:4).O homem está do lado certo ou do lado errado (Mt 10: 32,33, 12:30, Lc 11:23, Tg 2;10).A escritura vê o pecado em relação a Deus e sua lei, quer como lei escrita nas tábuas do coração, quer como dada por meio de Moisés, (Rm 1:32, 2:12-14, 4:15, Tg 2:9, 1 Jo 3:4).Embora muitos neguem que o pecado inclui culpa, essa negação não se harmoniza com o fato de que o pecado é ameaçado com castigo e de fato o recebe, e evidentemente contradiz claras afirmações da Escritura, (Mt 6:12, Rm 3:19, 5:18, Ef 2:3).Por corrupção entendemos a corrosiva

 

 

 

 

contaminação inerente, a que todo pecador está sujeito. É uma realidade na vida de todos os indivíduos. É inconcebível sem a culpa, embora a culpa,como incluída numa relação penal seja concebível sem a corrupção imediata. Mas é sempre seguida pela corrupção. Todo aquele que é culpado em Adão, também nasce com uma natureza corrupta, em conseqüência. Ensina-se claramente a doutrina da corrupção do pecado em passagens como, (Jó 14:4, Jr 17:9,Mt 7: 15-20, Rm 8:5-8, Ef 4:17-19). O pecado não reside nalguma faculdade da alma, mas no coração que na psicologia da Escritura é o Órgão central da alma, onde estão as saídas da vida. (Pv 4:23, Jr 17:9, Mt 15:19,20, Lc 6:45, Hb 3:12).A questão sobre se os pensamentos e os sentimentos do homem natural, chamado carne na Escritura, devam ser considerado como constituindo pecado, poder-se- ia responder indicando passagens como as seguintes : (Mt 5:22,28 ; Rm 7:7 ; Gl 5:17,24 e outras. Em conclusão pode-se dizer que se pode definir o pecado como falta de conformidade com a lei moral de Deus, em ato, disposição ou estado. Há inequívocas declarações da Escritura que indicam a pecaminosidade universal do homem como nas seguintes passagens : (1 Rs 8:46, Sl 14 3:2, Pv 20:9, Ec 7:20, Rm 3: 1-12,19,20,23, Gl 3:22, Tg 3:2, 1 Jo1:8,10). Várias passagens da Escritura ensinam que o pecado é herança do homem desde a hora do seu nascimento e, portanto,está presente na natureza humana tão cedo que não há possibilidade de ser considerado como resultado de imitação (Sl 51:5,Jó 14 : 4, Jo 3:6). Em (Ef 2:3) diz o Apóstolo Paulo que os efésios eram por natureza indica uma coisa inata e original em distinção daquilo que é adquirido. Então, o pecado é uma coisa original, daquela, participam todos os homens e que as faz culpados diante de Deus. alem disso de acordo com a Escritura, a morte sobrevém mesmo aos que nunca exerceram uma escolha pessoal e consciente ( Rm 5:12-14). Finalmente a escritura ensina também que todos os homens se acham sob condenação e portanto necessitam da redenção que há em Cristo Jesus, nunca se declarava que as crianças constituem exceção a essa regra,conforme as passagens recém-citadas e também (Jo 3:35, 1 Jo 5:12), não contradizem isto as passagens que atribuem certa justiça ao homem como (Mt 9:12,13, At 10:35, Rm 2:14,.Fp 3:6, 1 Co 1:30), pois esta pode ser a justiça civil, cerimonial ou pactual, a justiça da lei ou a justiça que há em Cristo Jesus.

 

IV - O Pecado na Vida da Raça Humana. A - Pecado Original.

O estado e condição de pecado em que os homens nascem é designado na Teologia pelo nome de peccatum originale, literalmente traduzido por pecado original.

Chama-se Pecado Original

 

(1) porque é derivado da raiz original da raça humana

 

(2) porque está presente na vida de todo e qualquer individuo, desde a hora do seu nascimento e, portanto, não pode ser considerado como resultado de imitação e

(3) porque é a raiz interna de todos os pecados concretizados que corrompem a vida do homem.

B -Os dois elementos do Pecado Original

 

1 - A culpa original: A palavra culpa expressa a relação que há entre o pecado e a justiça, ou, como o colocam os teólogos mais antigos, e a penalidade da lei. Quem é culpado está numa relação penal com a lei. Podemos falar da culpa em dois sentidos, a saber, como reatus culpae (réu convicto) e como reatus poenae (réu passível de condenação).O sentido habitual,porém, em que falamos de culpa na teologia, é o de reatus poenae.Com isto se quer dizer merecimento de punição, ou obrigação de prestar satisfação à justiça de Deus pela violação da lei, feita por determinação pessoal. Isso é evidenciado pelo fato de que, como a BÍBLIA ensina, a morte, como castigo do pecado, passou de Adão a todos os seus descendentes : (Rm 5:12 - 19, Ef 2:3, 1 Co 15:22).

 

C - Depravação Total

 

Em vista do seu caráter impregnaste, a corrupção herdada toma o nome de depravação total; muitas vezes esta frase é mal compreendida, e portanto requer cuidados de discriminação. Esta depravação total é negada pelos pelagianos, pelos socinianos e pelos arminianos do século dezessete, mas é ensinada claramente na Escritura. (Jo 5:42, Rm 7:18,23, 8:7, Ef 4:18, 2 Tm 3: 2-4,Tt 1:15, Hb 3:12).

V - O Pecado Fatual

 

Os católicos Romanos e os arminianos menosprezaram a idéia do pecado original e, depois, desenvolveram doutrinas como a da purificação do pecado original (se bem que não só desse) pelo batismo e pela graça suficiente, pelo que fica muito obscurecida a sua gravidade. A ênfase é dada clara e completamente aos pecados atuais. Os pelagianos, os socinianos, os teólogos modernistas- e, por estranho que pareça - também a Teologia da Crise, só reconhecem os pecados atuais. Deve-se dizer, porém,que esta teologia fala do pecado igualmente no singular e no plural, isto é, ela reconhece a solidariedade no pecado, não reconhecida por alguns dos outros. A teologia reformada (calvinista) sempre reconheceu devidamente o pecado

 

actuale, empregamos a palavra fatual ou actuale num sentido compreensivo. A expressão pecados faltais não indica apenas as ações externas praticadas por meio do corpo, mas também todos os pensamentos e volições conscientes que decorrem do pecado original.São os pecados individuais expressos em atos diversamente da natureza e inclinação herdada. O pecado original È somente um, o pecado fatual é múltiplo. Os pecados fatuais podem ser interiores, como no caso de uma dúvida consciente e particular, ou de um mau desígnio,sediado na mente ou de uma cobiça consciente e particular, ou de uma cobiça consciente e particular do coração, mas também podem ser exteriores,como a fraude, o furto, o adultério, o assassínio etc. Enquanto que a existência do pecado original tem -se defrontado com a sua negação amplamente generalizada a presença do pecado fatual na vida do homem geralmente é admitida. Contudo,isso não quer dizer que as pessoas sempre tiveram consciência igualmente profunda de pecado. Afirmações como de Paulo em (Gl 5:21) e de passagens de texto comprovam os pecados fatais. (Nm 15:29-31, Gl 6:1, Ef 4:18, 1 Tm 1:13, 5:24, Mt 10;15, Lc 12:47, 48 ; 23:34, Jo 19:11, At 17:30, Rm 1:32 ;2:12, 1 Tm 1:13,15,16).

 

VI - O Pecado Imperdoável. Diversas passagens da escritura falam de um pecado que não pode ser perdoado, após o qual é impossível a mudança do coração e pelo qual não é necessário orar. É geralmente conhecido como pecado ou blasfêmia contra o Espírito Santo. O Salvador fala explicitamente dele em (Mt 12:31,32) e passagens paralelas, e em geral se pensa que (Hb 6:4-6, 10:26,27 e 1 Jo 5:16),também se referem a esse pecado.

 

VII - A Punição do Pecado O pecado é coisa muito séria,e é levado a sério por Deus, embora os homens muitas vezes o tratem ligeiramente. Não é somente uma transgressão da lei de Deus, é também um ataque ao grande Legislador, uma revolta contra Deus. A uma infração da inviolável justiça de Deus, que È o fundamento do seu trono (Sl 97:2), e uma afronta à imaculada santidade de Deus, que requer que sejamos santos em toda a nossa maneira de punição numa palavra de fundamental significação, diz Ele: Eu sou o Senhor teu Deus, Deus Zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira, à Quarta geração daqueles que me aborrecem.(Ex 20:5). A BÍBLIA atesta abundantemente o fato de que Deus pune o pecado, nesta vida e na vida por virá A BÍBLIA fala de penalidades que em nenhum sentido são resultados ou conseqüências naturais do pecado, por exemplo em(E x. 32:33, Lv 26:21, Nm 15;31, 1 Cr 10:13, Sl 11:6, 75:8, Is 1:24,28, Mt 3:10, 24:51).Todas estas passagens falam de uma punição do pecado por um ato Direto de Deus.A palavra punição vem do termo latino poena, significando punição, expiação ou pena.A BÍBLIA nos ensina, por um lado, que Deus ama e castiga o seu povo (Jô 5:17, Sl 6:1, 94:12, 118:18, Pv 3:11, Is 26:16, Hb 2:5-8, Ap 3:19, e, por outro lado, que ele aborrece e pune os que praticam o mal ( Sl 5:5, 7:11, Na 1:2, Rm 1:18 ; 2:5,6, 2Ts 1:6, Hb 10:26,27.)

 

VIII - Morte Espiritual

 

O pecado separa de Deus o homem, e isso quer dizer morte, pois é só na comunhão com o Deus vivo que o homem pode viver de verdade.A morte entrou no mundo por meio do pecado ( Rm 5:120, e que o salário do pecado é a morte ( Rm 6:23). A penalidade do pecado certamente inclui a morte física, mas inclui muito mais que isso.

 

IX - Considerações BÍBLICAS sobre o Pecado.

A teologia BÍBLICA nos apresenta as seguintes definições para o Pecado: 1- Transgressão da Lei : ( I Jo 3:4);

2- desobediência ( Jr 3:25);

 

3- Rebeldia ( 1 Sm 15:23);

4- Dúvida e tudo o que não provém da fé (Rm 14:23); 5- Acepção de Pessoas (Tg 2:9);

6- Blasfêmia contra o Espírito Santo ( Mc :29).

 

5º INTRODUÇÃO A ANGELOLOGIA (Doutrina dos Anjos) INTRODUÇÃO

A existência dos Anjos A nossa terra representa um pequeno ponto no meio dos inúmeros corpos celestes de todo grau de resplendor. Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos e a lua e as estrelas que estabeleceste que é o homem, que deles te lembres ? (Sl 8 :3,4). De fato, nós criaturas humanas, somos nada no meio deste vastíssimo espaço.Em Gn 24: 7 - O Senhor Deus do CÉU, que me tirou da casa de meu pai e de minha terra natal e que me falou, e jurou, dizendo: A tua descendência darei esta terra, ele enviará o seu anjo que te há de preceder, e tomarás de lá esposa para meu filho.Em Mt 1: 20 - Enquanto ponderava nestas cousas eis, que lhe apareceu em sonho um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.Em ( 2 Rs 19: 35) - Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil, e, quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres.Por volta da metade da década de 90 irrompeu uma onda doutrinária a respeito dos anjos.Angelologia - É o estudo referente aos anjos. É uma palavra vinda do encontro de outras duas palavras:angelos e logia, palavras gregas que significam anjo e estudo,

 

 

 

 

respectivamente.Devemos estudar angelologia unicamente por uma perspectiva bíblica.Os anjos são mencionados em toda a BÍBLIA: 108 vezes no AT e 175 vezes no NT, 72 dos quais encontram-se no Apocalipse.

 

A Prova da existência dos Anjos I. Anjos no Antigo Testamento:

 

(1o ) Nos livros da Lei Gn - 3: 24:

a) E, expulso o homem colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia para guardar o caminho da arvore da vida.Gn - 16: 7 -Tendo-a achado o Anjo do Senhor junto a uma fonte de água no deserto,junto à fonte no Caminho do Sur. Gn - 22: 11 - Mas do céu lhe bradou o Anjo do Senhor : Abraão! Abraão! Abraão! Ele respondeu : Eis me aqui !.Gn - 19: 1 - Ao anoitecer, vieram os dois anjos a Sodoma, a cuja entrada estava Ló assentado; este, quando os viu, levantou-se e, indo ao seu encontro, prostrou-se, rosto em terra. Exemplos de capítulos e versículos que comprovam a existência de Anjos :a)Gn - 28: 12 Gn - 32: 24 b) Ex. - 23: 20 Ex. - 32: 34 c) Nm - 20:16 Nm - 22: 31-(35 2o)

 

Nos livros históricos:

a) Jz - 2: 1Jz - 5: 23Jz - 6:11Jz - 13: 3 b)1 Rs 19: 72 Rs 1:32 Rs 19:35 3o)

 

Nos livros poéticos:

a) Jó - 4: 18 Jó - 33: 23,24 Jó - 1: 6 Jó - 2: 1 Jó - 38: 7 b)Sl - 29:1 Sl - 91:11,12 Sl - 103: 20 4o )

 

 

Nos profetas:

a) Is - 6: 2 b)Dn - 6:22 Dn - 3:25.

 

II. O novo Testamento:

reafirma a doutrina dos anjos exposta no Antigo testamento:

 

Nos Evangelhos Mt - 1: 20,24 Mt - 2: 13,19 Lc - 1: 26 Lc - 1: 11,13 Mc- 1: 13 Mt - 28: 2 Mt - 13: 39,49 Mt - 18: 10 Mt - 22 : 30 Mc - 12: 25 Lc - 15 : 10 Lc - 16:22. 2. Nos apóstolos - At - 1: 10,11 At - 8: 26 At - 10: 3 At - 11: 3 At - 27: 233 o ) Nas Cartas Paulinas - Rm - 8: 38 Gl - 3: 19 Cl - 1: 16 Fp - 2: 101 Tm - 3: 161 Ts - 4: 16 Gl - 3: 19 Gl - 1: 18 Cl - 2: 18. Na carta aos Hebreus Hb - 1 : 4,5,13,14 Hb - 2: 2,5,7,9 Hb - 12: 22 2 Pe - 2: 4,10 1 Pe - 3: 22. No apocalipse Ap - 5: 11 Ap - 8: 2 Ap - 14: 15 Ap - 15: 1

 

A Crença Universal sobre Anjos 1o

 

As sutilezas Escolásticas. No período da Idade Média, muitos assuntos eram tratados com profundidade, mas às vezes eles desciam a considerações banais.Foi assim que o Escolasticismo tratou a doutrina dos anjos levantando questões sem nenhuma relevância para a sua compreensão:

 

Como por exemplo:

 

a) Quantos anjos poderiam permanecer na ponta de uma agulha?

b) Um anjo poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo?

 

c) Os anjos da guarda vigiam as crianças desde o nascimento?Depois de batizadas? Ou j· desde o embrião?

(2o) O Cristocentrismo Embora ser Cristocêntrico seja uma exigência para o Cristão e para o Cristianismo. A mensagem da Cruz. (1 - Co - :18,21,22,23,25.) Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem,mas para nós, que somos salvos,poder de Deus. Visto como, na sabedoria de Deus o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria. Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios. Porque a Loucura de Deus é mais sábia do que os homens ; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Estudando sua mensagem Cristocêntrica, corremos o risco de,procedendo assim por de lado outras doutrinas. A doutrina dos Anjos é uma questão de revelação de Deus, desde o Gênesis ao Apocalipse. (3 o) As mistificações. Estas mistificações causam repulsa e levam a considerar o assunto dos anjos uma questão de crendice popular ou de superstição que não merece uma reflexão séria. Esta é, provavelmente,mais uma razão porque a doutrina dos anjos é esquecida.Entretanto, ao invés de esquecê-la, apenas deveríamos nos livrar do misticismo em torno dos Anjos. Foi isto que Paulo condenou quando escreveu aos crentes de Colossos, que influenciados por práticas pagãs, corriam também o risco de estar em adoração a anjos, e não a Deus.Em Cl - 2 : 18 - Ninguém se faça arbitro contra vós outros,pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões,enfatuado, sem motivo algum na sua mente carnal ·

 

A Doutrina dos Anjos e a Teologia Sistemática.

 

A BÍBLIA fala de Assembléia de anjos (note em Sl 89: 5-8 - consta à palavra Santos, mas o contexto dá a entender que são anjos), de sua organização para a batalha (Ap - 12: 7) e de um anjo que é rei sobre os terríveis seres apocalípticos que

 

 

 

 

haverão de assolar a terra (Ap - 9 : 11).- Os anjos também possuem uma classificação governamental que indica organização e hierarquia Ef - 3: 10 (dos anjos Bons) e Ef - 6: 12 (dos anjos Maus). Sem dúvida, Deus determinou a organização dos anjos bons e Satanás a dos anjos maus.- Do mesmo modo que nos governos terrenos há graduações e posições, também as há nas regiões celestiais.- Os anjos estão em hierarquia ordenadamente. Aparecem em uma escala de graduação ou de autoridade. Esta graduação está de acordo com a atividade que exercem.

 

(1º) ARCANJO É uma palavra grega - ARCHANGELOS. Na BÍBLIA aparece a menção de apenas um Arcanjo Miguel (só pode haver mesmo um arcanjo, pois a palavra significa o principal entre os anjos. Seu nome significa quem é como Deus ou semelhante a Deus. O prefixo arc, de Arcanjo, leva a supor ser este anjo um chefe principal e poderoso. E o significado do seu nome Miguel pode representar uma resposta a Lúcifer, cujo coração se elevou,dizendo Serei semelhante ao Altíssimo. (Is - 14:14)

 

(2º) Anjos Governadores nos escritos Paulinos aparecem várias expressões que indicam ordens de anjos uma ordem de anjos bons ou maus, envolvido no Governo do universo (Rm - 8: 38 Ef - 1: 21, 3:10, 6:12, Cl - 1:16,2:10,15). Podem ser considerados como generais de exércitos angelicais.

 

São anjos que têm poderes de príncipes.

 

a) Potestades - Devem ser anjos que exercem uma supremacia;possuem autoridade para governar. Sua principal atividade deve ser, remover os obstáculos que podem impedir o cumprimento da vontade de Deus, e para isso são investidos de especial autoridade (Rm - 8: 38, Ef - 1: 21, 3: 10, 6: 12, Cl - 1: 16,2:10). Ef - 3: 10 - pode dar a entender que potestades são anjos que aprendem algo da vontade de Deus ao contemplarem o que ele está realizando no seio da Igreja.

 

b) Poderes - Esta palavra ressalta o fato de que anjos e demônios têm maior poder que os homens. Pode referir-se de modo especial, aos anjos,que exercem poder sobre os fenômenos da natureza. (2 Pe - 2: 11, Ef - 1:21, 1 Pe - 3,22).d) Domínio - Deve ser uma classe de anjos que executam as ordens de Deus com relação as coisas criadas. (Cl - 1: 16, Ef - 1:21)

c) Tronos - Esta designação enfatiza a dignidade e autoridade com a qual Deus investiu os anjos que Ele usa para governar. (Ef - 1: 21, Cl - 1:16, 2 Pe - 2: 10,11).Observe-se que em Cl - 1:16 principados e potestades e tronos parecem referir-se a anjos bons. Ef - 1: 21, entretanto parece ser uma referencia a anjos bons e maus. J· em Rm - 8: 38, Ef -6: 12 e Cl - 2: 15 parece que a referencia é apenas a anjos maus. ì Embora haja uma aparente semelhança entre estas denominações,temos de presumir que estes títulos representam uma dignidade incompreensível e os diversos graus de categoria.As esferas celestiais de governo excedem os impérios humanos como o universo excede a terra.

 

(3º) Querubins derivam de querub (hebraico) cujo significado é guardar e cobrir. Com está função, os querubins aparecem mencionados em vários textos. Eles agiram como guardiões da Santidade de Deus, tendo guardado o caminho para a arvore da vida no jardim do Éden ( Gn - 3: 24).Querubins são portanto, anjos que defendem o caráter Santo de Deus. Assim os encontramos em ação.Exemplos de textos:Ex - 26: 1 Ex - 36: 81 Rs 6: 23 - 29x - 25: 10 -22.

 

(4º) Serafins O nome Serafim tem origem na raiz hebraica Saraph, que significa ardente. Estes seres angelicais são mencionados apenas em Is - 6: 1-3. Eles aparecem ao redor do trono de Deus, a postos para cumprirem suas ordens.Os Serafins são considerados os mais nobres entre os anjos. Enquanto os querubins se ocupam em demonstrar a santidade de Deus, os serafins trabalham para promover a reconciliação, preparando os homens para uma adequada aproximação dele. (5º) Outros Anjos um deles, mencionado pelo nome, È Gabriel (Dn - 8: 15 - 27, 9: 20 - 27, Lc - 1 : 19,26). Foi incumbida demissão extraordinária, para revelar os mistérios que se encontravam acima da compreensão humana.Gabriel significa Deus é forte. Aparece como mensageiro da misericórdia e promessas divinas. Alem do anjo Gabriel, aparecem outros anjos nas Escrituras,designados por Deus para tarefas específicas:a) Mensageiros do juízo (Gn - 19: 13, 2 Rs - 19: 35)b) Com poder sobre o fogo (Ap - 14: 18)

 

a) Com poder sobre as águas (Ap - 16: 5)

d) Os sete anjos anunciadores de juízos (Ap - 8: 2)

 

c) Anunciadores de nascimento das Crianças (Gn - 18: 1,10, Jz -13: 3)· A Criação dos Anjos. A palavra anjo deriva da língua latina - Angelus, que é correspondente à palavra grega angelos. No hebraico a palavra para anjo é Malíako. O significado comum é mensageiro, enviado.Anjos, com o sentido de mensageiros, não diz respeito à natureza espiritual desses seres, mas determina sua missão. Comesse mesmo sentido de mensageiro ou enviado, pessoas humanas são chamadas anjos: O sacerdote (Ml - 2: 7), o rei (2 Sm 14: 17,20), os pastores líderes das sete igrejas do Apocalipse (Ap -2: 1,8,12,18, 3: 1,7,14).Contudo, não é difícil perceber quando o termo se refere aos seres celestiais, porque vem associado à pessoa de Deus como,por ex: (Gn - 16:7, 28: 12 e Sl - 34: 7). Deus criou tudo o que existe, as coisas visíveis

 

 

 

 

e as invisíveis. Entre elas criou os anjos (Cl - 1: 16). Examinando a BÍBLIA, concluímos que foram criados todos de uma só vez - Deus criou uma companhia de anjos e não uma raça.

A natureza dos Anjos

 

Originalmente as criaturas angelicais eram Santas. Todas as outras coisas criadas por Deus eram boas (Gn - 1: 31) e os anjos foram criados neste estado de justiça, bondade e santidade. Havia uma condição original de igualdade em todos os anjos (2 Pe- 2: 4). Os anjos que assim perseveraram, continuaram a serviço do Senhor e foram chamados eleitos.(Mt - 18: 10, 1 Tm - 5:21).Os anjos maus são os que não persevera no estado original.Rebelaram-se e tornaram-se inimigo de Deus dos outros anjos e dos homens, e estão condenados a tormentos e castigo eterno.(Jd 6, Mt - 8: 29, 25:41, 1 Jo - 5: 19, Jo - 16: 11).Os anjos são seres pessoais, Deus atribui a esses seres que criou, características pessoais. A crendice popular tem os anjos com espíritos impessoais ou influencia sobre os homens. São seres inteligentes, tem vontade própria e prerrogativas específicas.Os anjos de Deus não tomam outros corpos para se manifestarem, mas tomam formas de pessoas humanas visíveis para se fazerem manifestos.Sendo espirituais são também invisíveis.Os anjos podem influenciar a mente humana do mesmo modo como outro ser humano pode influenciar. A influencia dos anjos maus, porém, pode ser impedida pelo poder de Deus (Ef - 6:10-12 ; 1 Jo 4: 4 - 18).(Exemplos de textos e natureza dos Anjos:Hb - 1: 13-14 Mt - 26: 53 Mt - 22 : 30 Hb - 12 : 221 Rs - 22: 19 Dt - 33: 2 Lc - 1: 26 Jd – 9 Ap - 9: 11 Lc - 20: 361 Tm - 6; 16 Lc - 20: 35,36Mt - 8: 16 Ef - 6: 12 Hb - 1: 14 Lc - 24: 39Mt - 22: 30Gn - 18: 2, 19:2Gn - 18: 8, 19 : 3At - 10: 4,22 Ap - 14: 10 Is - 14: 12 Ez - 28: 15 Jo - 8: 442 Pe - 2: 4 Lc - 9: 26 Ap - 10 : 1-3 Hb - 1: 5-132 Pe - 2: 11 Sl - 103: 20Ap - 14 : 18, 16: 52 Sm - 14 : 17,20Mt - 24 : 361 Pe - 1: 12 Lc - 20: 35 -36

 

 

 

6º INTRODUÇÃO SOTERIOLOGIA (Doutrina da Salvação) INTRODUÇÃO

A soteriologia trata da comunicação das bênçãos da salvação ao pecador e seu restabelecimento ao favor divino e à vida de Íntima comunhão com Deus. Esta doutrina pressupõe conhecimento de Deus como a fonte da vida, do poder e da felicidade da humanidade,e da completa obediência em que o homem está de Deus, para o presente e para o futuro. Desde que ela trata de restauração, redenção e renovação, só pode ser apropriadamente compreendida à luz da condição originária do homem, criado à imagem de Deus, e da subseqüente perturbação da adequada relação entre o homem e o seu Deus, perturbação causada pela entrada do pecado no mundo.A Ordem da Salvação (A Ordo Salutis) A ordo salutis descreve o processo pelo qual a obra de salvação, realizada em Cristo, É concretizada objetivamente nos corações e vida dos pecadores. Visa a descrever, em sua ordem lógica e também em sua interrelação, os vários movimentos do Espírito Santo na aplicação da obra de redenção. A ênfase não recai no que o homem faz, ao apropriar- se da graça de Deus,mas no que Deus faz, ao aplicá-lo.Pode-se levantar a questão sobre se a BÍBLIA alguma vez indica uma ordo salutis definida. A resposta é que, embora ela não nos dê explicitamente uma ordem da salvação completa, oferece-nos base suficiente para a referida ordem. A melhor aproximação a algo como uma ordo salutis na Escritura é a declaração e Paulo em (Rm 8:29,30). Alguns teólogos luteranos baseavam artificialmente a enumeração dos vários movimentos na aplicação da redenção em (At 26:17,18). Mas, conquanto a BÍBLIA não nos dê uma nítida ordo salutis ela faz duas coisas que nos ajudam a elaborar uma ordem.

 

(1) Dá-nos uma completa e rica e numeração das operações do Espírito Santo na aplicação da obra realizada por Cristo a pecadores individuais, e das bênçãos da salvação comunicadas a eles.

(2) Ela indica, em muitas passagens e de muitas maneiras, a relação que os diferentes movimentos satuantes na obra de redenção os mantêm uns com os outros.

Ela ensina que somos justificados pela fé, e não pelas obras (Rm3:30 ; 5:1 ; Gl 2:16-20), que, sendo justificados, temos paz com Deus e acesso a ele, (Rm 5: 1,2) ; que ficamos livres do pecado para tornar-nos servos da justiça e para colhermos o fruto da santificação (Rm 6:18,22) ; que quando somos adotados como filhos, recebemos o Espírito, que nos dá segurança e também nos tornamos co-herdeiros com Cristo (Rm 8:15-17 ; Gl 4:4-6), que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus(Rm 10:17), que a morte para a lei redunda em vida para Deus(Gl 2:19,20), que, quando cremos, somos selados com o Espírito de Deus (Ef 1:13,14), que È necessário andar de modo digno da vocação com que somos chamados (Ef 4:1,2) que, tendo obtido a justiça de Deus pela fé, participamos dos sofrimentos de Cristo, também do poder da ressurreição (Fp 3:9,10), e que somos gerados de novo mediante a Palavra de Deus, ( 1 Pe 1:23).Estas passagens e outras semelhantes indicam a relação dos vários movimentos da obra redentora, uns com os outros, e, assim,dão base para a elaboração de uma ordo salutis.Operações do Espírito Santo em Geral. A escritura nos ensina a

 

 

 

 

reconhecer certa economia na obra de criação e redenção e autoriza o que falamos do Pai e da nossa criação, do Filho e da nossa redenção, e do Espírito Santo e da nossa santificação. O Espírito Santo não somente tem uma personalidade que lhe é própria, mas também tem um método peculiar de trabalho, e, portanto, devemos distinguir entre a obra de Cristo merecendo a salvação e a obra do Espírito Santo aplicando-a. Cristo Satisfez as exigências da justiça divina e mereceu todas as bênçãos da salvação. Mas sua obra ainda não está terminada. Ele a continua no céu, a fim de dar àqueles por quem Ele entregou Sua vida, a posse de tudo quanto mereceu por eles. Cristo mesmo indica a Íntima conexão quando diz :quando vier, porém o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade ; porque não falará por si mesmo, mas dir· tudo o que tiver ouvido, e vos anunciar· as cousas que hão de vir.Ele me glorificar· porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar, ( Jo 16:13,14). O Espírito que permanece nas criaturas e do qual a sua própria existência depende, provém de Deus e as liga a Deus, (Jó 32:8 ; 33:4 ; 34:14,15 ; Sl 104:29 ;Ts 42:5 ). Deus é chamado Deus (ou Pai) dos espíritos de toda carne (Nm 16:22, 27:16 ; Hb 12:9). O Espírito de Deus gera vida e leva a completar-se a obra criadora de Deus, (Jó 33:4,34:14,15 ; Sl 104 : 29,30, Is 42:5). A Escritura diz repetidamente que o Espírito do Senhor veio (poderosamente) sobre elesî,( Jz 3:10; 6:34; 11:29; 13:25; 14:6,19; 15:14). Na verdade,há um espírito no homem, e o sopro do Todo - poderoso o faz entendido, (Jó 32:8). O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua, (2 Sm 23:2).A Doutrina da Graça. Os ensinos da Escritura acerca da graça de Deus ressaltam o fato de que Deus distribui suas bênçãos aos homens de maneira livre e soberana, e não em consideração a algum mérito dos homens, que os homens devem todas as bênçãos da vida a um Deus benigno, perdoador e longânimo ; e especialmente que todas as bênçãos da obra da salvação são dadas gratuitamente por Deus, e de maneira nenhuma são determinada pelos supostos méritos dos homens e expressa claramente com as seguintes palavras. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé ; e isto não vem de nós é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie, (Ef 2:8,(). Ele deu forte ênfase ao fato de que a salvação não é pelas obras. (Rm 3:20-28; 4:16 ; Gl 2:16).A Graça de Deus na obra de redenção. Em primeiro lugar a graça é um atributo de Deus uma das perfeições divinas. É o livre, soberano e imerecido favor ou amor de Deus ao homem, no estado de pecado e culpa em que este se encontra, favor que se manifesta no perdão do pecado e no livramento de sua pena. A graça está relacionada com a misericórdia, de Deus, em distinção da Sua Justiça. Esta é a graça redentora no sentido mais fundamental da expressão. É a causa última do propósito eletivo de Deus, da justificação do pecador e da sua renovação espiritual; e È a prolífica fonte de todas as bênçãos espirituais e eternas. Em segundo lugar, o termo Graça é empregado como um designativo da provisão objetiva que Deus fez em Cristo para a salvação do homem. Cristo, como o mediador, È a encarnação viva da graça de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós cheio de graça e de verdade, (Jo 1:14). Paulo tem em mente a manifestação de Cristo, quando diz: Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (Tt 2:11). Diz João : A lei foi dada por intermédio de Moisés ; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo, (Jo 1:17). Em terceiro lugar, a palavra graça é empregada para designar o favor de Deus como é demonstrado na aplicação da obra de redenção pelo Espírito Santo. É aplicada ao perdão que recebemos na justificação, um perdão dado gratuitamente por Deus, (Rm 3:24 ; 5:2,21; Tt 3;15). mas, em acréscimo a isso, também é um nome compreensivo, abrangendo todos os dons da graça de Deus, as bênçãos da salvação e as graças espirituais que são acionadas nos corações e vidas dos crentes pela operação do Espírito Santo, (At 11:23; 18:27 ; Rm 5:17 ; 1 Co 15:10 ; 2 Co 9:14 ; Ef 4:7 ; Tg 4: 5,6 ; 1 pe 3:7).O espírito é chamado Espírito da graça, (Hb 10:29).Processo da Ordem da Salvação Regeneração. A regeneração consiste na implantação do principio da nova vida espiritual no homem, numa radical mudança da disposição dominante da alma, que, sob, a influencia do Espírito Santo, dá nascimento a uma vida que se move em direção a Deus. Em principio, esta mudança afeta o homem completo, o intelecto ( 1 Co 2:14; 2 Co 4:6 ; Ef 1:18;Cl 3:10 ), a vontade (Sl 110:3 ; Fp 2:13 ;2Ts 3:5; Hb 13:21), e os sentimentos ou emoções ( Sl 42:1,2; Mt 5:4 ; 1 Pe 1:8).No sentido mais restrito da palavra podemos dizer: Regeneração é o ato de Deus pelo qual o principio da nova vida é implantado no homem, e a disposição dominante da alma é tornada santa. Mas, a fim de incluir a idéia do novo nascimento, como também a da nova geração,será necessário complementar a definição com as seguintes palavras:È o primeiro exercício santo desta nova disposição é assegurado.Causa Eficiente da Regeneração

 

1º - A vontade Humana (Jo 5:42 ; Rm 3:9- 18; 7:18,23; 8:7; 2 Tm 3:4), e da verdade bíblica de que é Deus que inclina a vontade do homem (Rm 9:16 ; Fp 2:13).2 - A verdade (Rm 1: 18,25)3 - O Espírito Santo (Ez 11:19 ; Jo 1;13 ; At 16:14 ; Rm 9:16 ;Fp 2:13).Conversão À doutrina da conversão, naturalmente, como todas as outras doutrinas Cristãs, baseia-se na Escritura, e sobre esta base deve ser aceita. Desde que a conversão é uma experiência consciente ocorrida nas vidas de muitos, o testemunho da experiência pode ser acrescentado ao da Palavra de Deus, mas esse testemunho, por mais valioso que seja, nada acrescenta à segura veracidade da doutrina ensinada na Palavra de Deus. Podemos ser gratos ao fato de que nos últimos anos a psicologia da religião deu considerável atenção ao fato da conversão, mas sempre se deve

 

 

 

 

ter em mente que, embora tenha trazido à nossa atenção alguns fatos interessantes, pouco ou nada fez para explicara conversão como um fenômeno religioso. A doutrina escrituristica da conversão baseia-se, não somente nas passagens que contém um ou mais dos termos mencionados na serão anterior, mas também em muitas outras nas quais o fenômeno da conversão é descrito ou apresentado concretamente com exemplos vivos. Exs.: Com a pregação de Jonas, os ninivitas se arrependeram dos seus pecados e foram poupados pelo Senhor, (Jn 3:10).Conversão verdadeira (Conversio Actualis Prima), a verdadeira conversão nasce da tristeza segundo Deus ; e redunda numa vida de devoção a Deus (2 Co 7:10). É uma mudança que tem suas raízes na obra de regeneração, e que é efetuada na vida consciente do pecador pelo Espírito de Deus; mudança de pensamentos e opiniões, de desejos e volições, que envolve a convicção de que a direção anterior da vida era insensata e errônea, e altera todo o curso da vida. Há dois lados nesta conversão, um ativo e o outro passivo ; o primeiro sendo o ato de Deus pelo qual Ele muda o curso consciente da vida do homem,e o último, o resultado desta ação como se vê na mudança que o homem faz no curso da sua vida e em seu voltar-se para Deus conseqüentemente. pode-se dar uma dupla definição de conversão :

 

(a) A conversão ativa é o ato de Deus pelo qual Ele faz com que o pecador regenerado, em sua vida consciente se volte para Ele com arrependimento e fé.

(b) A conversão passiva é o resultante ato consciente do pecador pelo qual ele, pela graça de Deus, volta-se para Deus com arrependimento e fé. Esta conversão é a conversão que nos interessa primordialmente na teologia.

 

A palavra de Deus contém vários exemplares notáveis dela,como, por exemplo: 1º as conversões de Naamã (2 Rs 5:15).

Manassés ( 2 Cr 33:12,13 .Zaqueu ( Lc 19:8,9 ).

 

Cego de nascença ( Jó 9:38 ).

Mulher Samaritana ( Jó 4:29,39).Eunuco ( At 8:30) e segtes.

 

Cornélio ( At 10:44). Segtes.Paulo (At 9:50 e segtes.

 

de LÍDIA ( At 16:14) e outras.

 

FÉ Como fenômeno psicológico, a fé, no sentido religioso, não deferida fé em geral. Se a fé em geral é uma persuasão da verdade fundada no testemunho de alguém em quem temos confiança e em quem descansamos, e, portanto, apóia- se numa autoridade,a fé Cristã no sentido mais abrangente, é a persuasão do homem, quanto à veracidade da Escritura, com base na autoridade de Deus. Nem sempre a BÍBLIA fala da fé religiosa no mesmo sentido.

 

e isto deu surgimento as seguintes distinções, na Teologia. a. FÉ Histórica - (Jo 3:2 ; Mt 7:26 ; At 26:27,28 ; Tg 2:19).

 

b. FÉ Miraculosa - ( Mt 17:20, Mc 16:17,18 ; Mt 8:10-13 ; Jô 11:22 - *Comp. (versículos 25-27 ; 11:40 ; At 14:9). c. FÉ Temporal (Mt 13:20,21).

A Verdadeira FÉ Salvadora.

 

A verdadeira fé salvadora tem sua sede no coração e suas raízes na vida regenerada. Muitas vezes se faz distinção entre o Habitus e o Actus da fé (entre o hábito e o ato da fé). Contudo por três destes acha-se a sêmen fidei (Semente da fé). Esta fé não é primeiramente uma atividade do homem, mas uma potencialidade produzida por Deus no coração do pecador. A semente da fé È implantada no homem quando há regeneração. Alguns teólogos falam disto como habitus da fé,mas outros mais corretamente lhe chamam semen fidei.Somente depois que Deus implantou a semente da fé no coração do

 

homem, È que ele pode exercer a fé. É isto, evidentemente, que Barth tem em mente também quando, em seu desejo de ressaltar o fato de que a salvação é exclusivamente obra de Deus, afirma que Deus, e não o homem, é o sujeito da fé. O exercício consciente da fé forma gradativamente o habitus, e este adquirem uma significação fundamental e determinante para o exercício da fé.Quando a BÍBLIA fala da fé, geralmente se refere à fé como uma atividade do homem, mas nascida da obra realizada pelo Espírito Santo. Pode-se definir a fé salvadora como uma certa convicção, produzida pelo Espírito Santo no coração, quanto à veracidade do Evangelho e uma segurança (confiança) nas promessas de Deus em Cristo. Em última análise, é certo, Cristo é o objeto da fé salvadora, mas Ele nos é oferecido unicamente no Evangelho.Justificação. Natureza e características da Justificação. A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as reinvidicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador. Ela é singular, na obra de redenção, em que é um ato judicial de Deus, e não um ato ou processo de renovação, como È o caso da regeneração, da conversão e da santificação. Conquanto diga respeito ao pecador,não muda a sua vida interior. Não afeta a sua condição,mas, sim, o seu estado ou posição, e nesse aspecto difere de todas as outras principais partes da

 

 

 

 

ordem da salvação. Ela envolve o perdão dos pecados e a restauração do pecador ao favor divino. O arminiano sustenta que ela inclui somente aquele, e não esta; mas a BÍBLIA ensina claramente que o fruto da Justificação é muito mais que o perdão. os que são justificados têm paz com Deus, segurança da salvação (Rm 5:1-10), e uma herança entre os que são santificados (At 26:18). Devemos observar os seguintes pontos de diferença entre a justificação e a santificação.

 

(1) A justificação remove a culpa do pecado e restaura o pecador a todos os direitos filiais envolvidos em seu estado de filho de Deus, incluindo uma herança eterna. A santificação remove a corrupção do pecado e renova o pecador constante e crescentemente, em conformidade com a imagem de Deus.

 

(2) A justificação dá-se fora do pecador, no tribunal de Deus, e não muda a sua vida interior, embora a sentença lhe seja dada a conhecer na vida interna do homem e gradativamente afete toda o seu ser.

(3) A justificação acontece uma vez por todas. Não se repete, e não é um processo, é imediatamente completa e para sempre não existe isso, de mais ou menos justificação; ou o homem È plenamente justificado, ou absolutamente não é justificado. Em distinção disto, a santificação é um processo contínuo, que jamais se completa nesta existência.

(4) Enquanto que a causa meritória está nos meritos de Cristo, há uma diferença na causa eficiente. Falando em termos de economia, Deus o Pai declara justo o pecador, e Deus o Espírito o santifica.

Ocasião que se dá a Justificação Alguns Teólogos separam cronologicamente a justificação ativa e passiva. Neste caso, dizem que a justificação ativa deu-se na eternidade, ou quando da ressurreição de Cristo, ao passo que a justificação passiva realiza-se pela fé, e, portanto, assim se diz, segue- se à outra, no sentido cronológico. Consideremos sucessivamente a justificação desde a eternidade, a justificação na ressurreição de Cristo e a justificação pela fé.Santificação Natureza da Santificação É uma Obra sobrenatural de Deus. Alguns têm a equivocada noção de que a santificação consiste meramente em induzir a nova vida implantada na alma pela regeneração, de maneira persuasiva,mediante a apresentação de motivos à vontade. A Escritura mostra claramente o caráter sobrenatural da santificação de diversas maneiras. Descreve-a como obra de Deus, (1 Ts 5:23 ;Hb 13:20,21), como fruto da união vital com Jesus Cristo ( Jó 15;4 ; Gl 2:20 ; 4:19), como uma obra que é realizada no homem por dentro e que, por essa mesma razão, não pode ser obra do homem ( Ef 3:16; Cl 1:11) e fala da sua manifestação nas virtudes cristãs como sendo obra

 

do Espírito (Gl 5:22).

 

Consiste de duas partes. As duas partes da santificação são expostas na escritura como :

 

a. A Mortificação do Velho Homem - o corpo do pecado. Muitas vezes é exposta na BÍBLIA como a crucificação do Velho Homem e, assim, é associada à morte de Cristo na cruz. O Velho Homem é a natureza humana na medida em que é dirigida pelo pecado (Rm 6:6 ; Gl 5:24). No contexto da passagem de Gálatas, Paulo contrasta as obras da carne com as do Espírito, e depois diz : E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

 

b A Vivificação do Novo Homem - criado em Cristo Jesus para boas obras. É o ato de Deus pelo qual a disposição santa da alma é fortalecida, os exercícios santos são incrementados e,assim, È gerado e promovido um novo curso da vida.

A velha estrutura do pecado vai sendo posta abaixo aos poucos e uma nova estrutura é erguida em seu lugar. Estas duas partes da santificação não são sucessivas, mas, sim, simultâneas. Graças a Deus, o levantamento gradual do novo edifício não precisa esperar até que o antigo esteja completamente demolido. Se precisasse, nunca poderia começar nesta existência. Com a gradativa dissolução do antigo, o novo vai aparecendo. É como arejar uma casa impregnada de odores pestilentos. Conforme o ar que ali estava é extraído,o novo ar se precipita para dentro. Este ato positivo da santificação, muitas vezes é chamada ressurreição com Cristo (Rm 6: 4,5 ; Cl 2:12 ; 3:12). A nova vida a qual ela conduz é chamada viver para Deus (Rm6:11 ; Gl 2:19).

 

Afeta o Homem todo :

 

Corpo e Alma ; Intelecto, Afetos e Vontade. Isto decorre da natureza do caso, porque a santificação ocorre na vida interior do homem, no coração, e este não pode ser mudado sem se mudar todo o organismo do homem. Transforma-se o homem interior,forçosamente há transformação da periferia da vida também.Ademais, a Escritura ensina claramente e explicitamente que a santificação afeta tanto o corpo como a alma (1 Ts 5:23; 2 Co 5:17 ; Rm 6:12 ; 1 Co 6;15,20). O corpo é focalizado aqui como Órgão ou instrumento da alma pecaminosa, pelo qual se expressam os pendores, hábitos e paixões pecaminosos. A santificação do corpo tem lugar principalmente na crise da morte e na ressurreição dos mortos. Finalmente, transparece na Escritura que a santificação afeta todos os poderes ou faculdades da alma : o entendimento (Jr 31:34 ; Jo 6:45 ;), à vontade (Ez 36:25-27 ; Fp 2:13), as paixões (Gl 5:24), e a consciência (Tt 1:15 ; Hb 9:14). Características da Santificação. Ao que parece,a santificação do crente deve completar-se no exato momento da morte, ou imediatamente após a morte, no que se refere à alma, e na ressurreição, quanto ao concernente ao corpo. Isto parece decorrer do fato de que, por um lado, a BÍBLIA ensina que, na vida presente, ninguém pode arrogar-se liberdade do pecado, (1 Rs 8:46 ; Pv 20:9 ; Rm 3: 10,12 ; Tg 3:2 ; 1 Jo 1:8), e que, por outro lado, os que já partiram estão

 

 

 

 

inteiramente santificados. Ela fala deles como espíritos dos justos aperfeiçoados,(Hb 12:23), e como sem Mácula (Ap 14:5). Ademais, é nos dito que na celestial cidade de Deus de modo nenhum penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira (Ap 21:27) ; e que Cristo, na Sua vinda, transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua gloria ì. (Fp 3:21). A santificação tem lugar, em parte,na vida subconsciente e, como, tal, È uma operação imediata do Espírito Santo ; mas também, em parte, dá-se na vida consciente,e, neste caso, depende do uso de certos meios, tais como o exercício da fé, o estudo da Palavra de Deus, a oração e a associação com outros crentes.

 

7º INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA (E a arte de interpretação bíblica) INTRODUÇÃO

Diz-se que a palavra hermenêutica BÍBLICA deve sua origem no nome de Hermes, o deus grego que servia de mensageiro dos deuses, transmitindo e interpretando suas comunicações aos seus afortunados ou, com freqüência desafortunados destinatários. Em seu significado técnico, muitas vezes se define a hermenêutica como a ciência e arte de interpretação bíblica.Considera-se a hermenêutica como ciência porque ela tem normas ou regras, e essas podem ser classificadas num sistema ordenado.… considerada como arte porque a comunicação é flexível e portanto uma aplicação mecânica e rígida das regras às vezes distorcerá o verdadeiro sentido de uma comunicação.A teoria hermenêutica divide-se, às vezes em duas subcategorias - a hermenêutica geral e a especial. Hermenêutica geral é o estudo das regras que regem a interpretação do texto bíblico inteiro. Incluem os tópicos das análises histórico-cultural, léxico-sintática, contextual, e teológica. Hermenêutica especial é o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos, como parábolas, alegorias, Tipos e profecias.

 

Hermenêutica e a Exegese

 

Somente após um estudo da canonicidade, da critica textual e da critica histórica e que o estudioso está preparado para fazer exegese. Exegese é a aplicação dos princípios da hermenêutica para chegar-se a um entendimento correto do texto. O prefixo ex (fora de) (para fora, ou de), refere-se á idéia de que o interprete está tentando derivar seu entendimento do texto, em vez de ler seu significado no (dentro) texto (exegese).Seguindo a exegese estão os campos gêmeos da Teologia bíblica e da teologia sistemática. Teologia bíblica é o estudo da revelação divina no Antigo e Novo testamento. O Contrastando com à Teologia BÍBLICA, a Teologia Sistemática, organiza os dados bíblicos de uma maneira lógica antes que histórica.Quando interpretamos as Escrituras, h· diversos bloqueios a uma compreensão espontânea do significado primitivo da mensagem. Há um abismo histórico no fato de nos encontrarmos largamente separados no tempo, tanto dos escritores quanto dos primitivos leitores. A antipatia de Jonas pelos Ninivitas, por exemplo, assume maior significado quando entendemos a extrema crueldade e pecaminosidade do povo de NÌnive. (Jn 1: 1 - 3).Em segundo lugar existe um abismo Cultural, resultante de significativas diferenças entre a cultura dos antigos hebreus e a nossa.Um terceiro bloqueio à compreensão espontânea da Mensagem bíblica é a diferença lingüística. A BÍBLIA foi escrita em hebraico,aramaico e grego - três línguas que possuem estruturas e expressáveis idiomáticas muito diferentes da nossa própria língua. A mesma coisa pode acontecer ao traduzir-se de outras línguas,se o leitor ignorar que frases como. O Senhor endureceu o coração do Faraó, podem conter expressões idiomáticas que dão ao sentido primitivo desta frase algo diferente daquele comunicado pela tradução literal.Um quarto bloqueio significativo é a Lacuna Filosófica. Opiniões acerca da vida, das circunstâncias, da natureza do Universo,diferem entre as varias culturas.Portanto, a hermenêutica é necessária por causa das Lacunas históricas culturais, lingüísticas e filosóficas que obstruem a compreensão espontânea exata da Palavra de Deus.Exemplos de versículos com definições hermenêuticas da BÍBLIA: 2

 

-  Tm 3: 16 2 - Pe 1: 21 No estudo da Bíblia, a tarefa do exegeta é determinar tão intimamente quanto possível o que Deus queria dizer em determinada passagem, e não o que ela significa para mim. Se aceitarmos o ponto de vista de que o sentido de um texto È o que ele significa para mim, então a Palavra de Deus pode ter tantos significados quantos forem seus leitores.A esta altura pode ser útil distinguir entre a interpretação e aplicação. Dizer que um texto tem uma interpretação válida (o significado pretendido pelo autor) não quer dizer que ele escreveu tem somente uma aplicação possível. Ex.: A ordem em Ef 4:27 tem um significado, mas ter· diferentes aplicações. Em Romanos 8 tem um significado, mas pode Ter múltiplas aplicações.Exemplo de versículos:1 Pe 1: 10 -12 Dn 12: 8 Dn 8: 27 João 11: 49 – 52 A BÍBLIA ensina que a rendição ao pecado torna-nos escravos dele e cega-nos à Justiça. (João 8: 34,Rm 1: 18 - 22, 6: 15

 

-  19, 1 Tm 6: 9; 2 Pedro 2: 19). Evangélicos conservadores são os que crêem que a BÍBLIA é totalmente sem erro, os evangélicos liberais crêem que a BÍBLIA é sem erro toda vez que fala sobre questões da salvação e da fé cristã, mas

pode possuir erros nos fatos históricos e noutros pormenores.

Interpretação das Escrituras

 

Os teólogos conservadores concordam em que as palavras podem ser usadas em sentido literal, figurativo ou simbólico. As três sentenças seguintes servem-nos de exemplo:

 

 

 

 

1. Literal - Foi colocada na cabeça do rei uma coroa cintilante de Jóias.

2. Figurativo - (Um pai bravo com o filho). Na próxima vez que me chamar de coroa você vai ver estrelas ao meio-dia.

 

3. Simbólico - Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. (apocalipse 12: 1).

Visão Panorâmica da História

 

Princípios evangélicos encontrados em cada um dos seguintes períodos de interpretação bíblica.1 - Exegese Judaica Antiga 2 - Uso do Antigo Testamento pelo Novo Testamento 3 - Exegese Patrística * (100 - 600 d.C)4 - Exegese Medieval * * ( 600 - 1500 d. C)5 - Exegese da Reforma 6 - Exegese da Pós-Reforma 7 - hermenêutica Moderna. Além do mais, à medida que estudamos a história da interpretação, vamos vendo que muitos dos grandes Cristãos (e. g,Orígenes, Agostinho, Lutero) entenderam e aceitaram princípios hermenêuticos melhores do que os que praticaram. *Agostinho (354 -430) Em termos de originalidade e gênio, Agostinho foi de longe o maior homem de sua Época. Em seu livro sobre a doutrina Cristã, ele estabeleceu diversas regras para exposição da Escritura, algumas das quais estão em uso até hoje. Entre suas regras encontramos as seguintes, conforme resumo de Ramm : (1 o) -(O Intérprete deve possuir fé cristã autêntica 2 o) - Deve-(se Ter em alta conta o significado literal e histórico da escritura. 3 o) - A Escritura tem mais que um significado e portanto o método alegórico e adequado. (4 o) - Há significado nos números bíblicos.(5 o) - O antigo testamento é documento Cristão porque Cristo está retratado nele do principio ao fim. (6 o) - Compete ao expositor entender o que o autor pretendia dizer e não introduzir no texto o significado que ele expositor,quer lhe dar. (7o) - O interprete deve consultar o verdadeiro credo Ortodoxo. (8 o) - Um versículo deve ser estudado em seu contexto, e não isolado dos versículos que o cercam.(9o) - Se o significado de um texto é obscuro, nada na passagem pode constituir-se matéria da fé ortodoxa.(10 o) - O Espírito Santo não toma o lugar do aprendizado necessário para se entender a Escritura. O interprete deve conhecer hebraico, grego, geografia e outros assuntos.(11o) - A passagem obscura deve dar preferência a passagem clara.12 o ) - O expositor deve levar em consideração que a revelação é

 

progressiva.Ele Justificou suas interpretações alegóricas em 2 CorÌntios 3:6.(Porque a letra mata, mas o espírito vivifica), querendo com isso dizer que uma interpretação literal da BÍBLIA mata, mas uma alegórica ou espiritual vivifica.** - A interpretação foi amarrada pela tradição, e o que se destacava era o método alegórico.O sentido quádruplo da Escritura engendrado por Agostinho era a norma para a Interpretação bíblica. Esses quatro níveis da significação, expressos na seguinte quadra que circulou durante este período, eram tidos como existentes em toda passagem bíblica.A letra mostra-nos o que Deus e nossos pais fizeram;A alegoria mostra-nos onde está oculta a nossa fé;O significado moral dá nos as regras da vida diária. A analogia mostra-nos onde terminamos nossa luta.

 

Análise Histórico

 

Cultural e Contextual. Determinar o ambiente geral histórico e cultural do escritor e de sua audiência.

 

a. Determinar as circunstâncias históricas gerais.

 

b.Estar cônscio das circunstâncias e normas culturais que acrescentam significados a determinadas ações.

c. Discernir o nível de compromisso espiritual da audiência.

Determinar o objetivo que o autor tinha em escrever um livro,mediante:

 

a. Notar as declarações explícitas ou repetição de frases.

 

b. Observar as seções parenéticas ou hortativas.

c. Observar os problemas omitidos ou os focalizados.

Entender como a passagem se enquadra em seu contexto imediato.

 

a. Apontar os principais blocos de material no livro e mostrar como se ajustam num todo coerente.

 

b. Mostrar como a passagem se encaixa na corrente de argumento do autor.

c. Determinar a perspectiva que o autor tencionava comunicar - numenológica ou fenomenológica.

 

d. Distinguir entre verdade descritiva e verdade prescritiva.e. Distinguir entre detalhes incidentais e o núcleo de ensino da passagem.f. Indicar a pessoa ou categoria de pessoas para as quais a passagem se destinava.· Análise Léxico-Sintática… o estudo do significado de palavras tomadas isoladamente (lexicologia) e o modo como essas palavras se combinam (sintaxe),a fim de determinar com maior precisão o significado que o autor pretendia lhes dar.Assim quando Jesus disse: Eu sou a porta, eu sou a Videira e Eu sou o pão da Vida., entendemos essas expressões como comparações, conforme ele tencionava.A análise Léxico- sintática fundamenta-se na premissa de que embora as palavras possam assumir uma variedade de significados em contextos diferentes, elas têm apenas um significado intencional em qualquer contexto dado.

 

Os Sete passos seguintes foram comentados para a elaboração de uma análise léxico- sintática: 1º - Apontar a forma literária geral.

 

 

 

 

2º - Investigar o desenvolvimento do tema e mostrar como a passagem sob consideração se enquadra no contexto. 3º - Apontar as divisões naturais (parágrafos e sentenças) do texto.

4º - Indicar os conectivos dos parágrafos e sentenças e mostrar como auxiliam na compreensão da progressão do pensamento.*(Obs.:)

5º - Determinar o que significam as palavras tomadas individualmente.a. Apontar os múltiplos significados que uma palavra possuía no eu tempo e cultura.b. Determinar os significados únicos, que o autor tenha em mente em dado contexto.**(Obs.:)

 

6º- Analisar a sintaxe para mostrar de que modo ela contribui para a compreensão de uma passagem.

 

7º- Colocar os resultados de sua análise em palavras não técnicas,de fácil compreensão que comuniquem com clareza o significado que o autor tinha em mente.*(Obs.:) -Examinemos Gálatas 5:1 que diz: Permanecei, pois,firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão.Tomado isoladamente, o versículo poderia ter qualquer de diversos significados: poderia referir-se á escravidão humana, á escravidão política, à escravidão ao pecado, e assim por diante. O pois indica, contudo, que este versículo é a aplicação de um ponto que Paulo apresentou no capitulo anterior. Uma leitura dos argumentos de Paulo (Gálatas 3:1 - 4 :30) e de sua conclusão (4:31) esclarece o significado do outrora ambíguo 5:1.Paulo está incentivando os gálatas a não se escravizar de novo ao jugo do legalismo (i.e. esforçar-se por ganhar a salvação pelas boas obras).*

 

(Obs.:) Significados da Palavra.

 

Em sua maioria, as palavras que sobrevivem por longo tempo numa língua adquirem muitas denotações (significados específicos) e conotações (implicações complementares). As palavras ou frases podem Ter denotações vulgares e também técnicas. As denotações literais podem,finalmente,conduzir a denotações metafóricas.As palavras também possuem conotações, significados emocionais implícitos, não declarados explicitamente.

 

Como descobrir denotações:

 

Por exemplo, duas palavras gregas que significam amor (agapaoe phileo), de fato têm significados diferentes (e.g., João 21:15 -17) ; contudo, de quando em quando parecem ter sido usadas como sinônimos (Mateus 23:6, 10:37; Lucas 11:43, 20: 46).Também se forçarmos as palavras em todas as suas denotações,cedo estaremos produzindo exegese herética. Por exemplo, a palavra grega sarx pode significar: A parte sólida do corpo excetuando-se os ossos (1Co 15:39) A substância global do corpo (Atos 2:26) A natureza sensual do homem (Cl 2:18). A natureza humana dominada por desejos pecaminosos (Rm 7:19).Embora esta seja apenas uma lista parcial de suas denotações,podemos ver que se todos esses significados fossem aplicados à palavra conforme se encontra em João 6:53, onde Cristo fala sobre sua própria carne, o intérprete estaria atribuindo pecado a Cristo.A palavra grega Moranthei,registrada em Mateus 5:13, pode significar-se tornar-se tolo ou tornar-se insípido. Neste caso o sujeito da sentença é sal, e assim, a segunda denotação (Se o sal vier a ser insípido) È escolhida como a correta.A poesia hebraica, caracteriza- se por paralelismo, o paralelismo hebraico pode classificar-se em três tipos básicos: sinonímico,antitético e sintético. No paralelismo sinonímico a Segunda linha de uma estrofe repete o conteúdo da primeira, mas com palavras diferentes ex.: Salmo (103:10). Não nos trata segundo os nossos pecados,Nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades.No paralelismo antitético a idéia da Segunda linha contrasta agudamente com a da primeira.O Salmo 37:21 proporciona- nos um exemplo:O Ímpio pede emprestado e não paga,O justo, porém, se compadece e dá. No paralelismo sintético a Segunda linha vai mais longe ou completa a idéia da primeira. O Salmo 14:2 È um exemplo: Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens,para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.·

 

(Análise Teológica 1o)

 

Determinar sua própria perspectiva da natureza do relacionamento de Deus com o homem.Apontar a implicações desta perspectiva para a passagem que você está estudando.

 

Avaliar a extensão do conhecimento teológico disponível às pessoas daquele tempo.

Determinar o significado que a passagem possuía para seus primitivos destinatários à luz do conhecimento que tinham.

Indicar o conhecimento complementar acerca deste tópico que hoje temos disponível por causa de revelação posterior.Entre as várias teorias citamos:

Teoria Dispensacional

 

O dispensacionismo, È uma dessas teorias que as pessoas parecem aceitar com plena confiança ou amaldiçoar, poucas assumem posição neutra. Ele tem sido chamado de a chave para dividir corretamente as Escrituras e alternativamente a mais perigosa heresia encontrada presentemente dentro dos círculos cristãos.

 

O padrão da história da Salvação é visto como três passos que se repetem com regularidade ;

 

 

 

 

 

(1) Deus dá ao homem um conjunto específico de responsabilidades ou padrão de obediência,

(2) O homem não consegue viver à altura desse conjunto de responsabilidades e,

 

(3) Deus reage com misericórdia concedendo um novo conjunto de responsabilidades, isto é, uma nova dispensação.

 

Os dispensacionalistas, identificam entre quatro e nove dispensações: o número costumeiro é sete ou oito, (se o período da tribulação for considerado com uma dispensação à parte). Dispensação da inocência ou Liberdade (Gênesis 1: 28 - 3:6. Dispensação da consciência (Gênesis 4:1 - 8:10) Dispensação do Governo Civil (Gênesis 8:15 - 11:9) Dispensação da Promessa (Gênesis 11:10 a Êxodo 18:27) Dispensação da Lei Mosaica (Êxodo 18:2 a Atos 1:26) Dispensação da Graça (Atos 2:1 - Apocalipse 19:21) Dispensação do milênio (a mais conhecida passagem bíblica que descreve este período é o capitulo 20 do Apocalipse.Esta crença baseia-se em parte, nalgumas das notas da BÍBLIA. Por exemplo, a nota que acompanha João 1:17 (declara).Como dispensação a graça começa com a morte e ressurreição de Cristo. (Romanos 3:24-26, 4:24,25). O ponto de prova já não é obediência legal como a condição de salvar, mas aceitar ou rejeitar a Cristo, tendo as boas obras como fruto da Salvação.A base da salvação em cada era é a morte de Cristo, a exigência para a salvação em cada era é a fé; o objeto da fé em cada era é Deus, o conteúdo da fé muda nas várias dispensações. Evidentemente se a Teoria dispensacional é correta, então ela representa um poderoso instrumento hermenêutico, e instrumento decisivo se devemos interpretar as promessas e ordens bíblicas corretamente. Por outro lado, se a teoria dispensacional é incorreta, então aquela que ensina tais distinções poderia correr sério risco de trazer sobre si próprio os juízos de Mateus 5:19.

 

Teoria Luterana.

 

Lutero acreditava que devemos distinguir com cuidado entre duas verdades bíblicas paralelas e sempre presentes: A Lei e o Evangelho. A Lei refere-se a Deus, em seu ódio ao pecado, seu juízo e sua era. O Evangelho refere-se a Deus em sua graça, seu amor, e sua salvação.Um modo de distinguir Lei e Evangelho é perguntar : isto fala de julgamento sobre mim? Nesse caso, é a Lei. Em contraste, se a passagem traz consolo, ela é o Evangelho.

 

Teoria das Alianças.

 

A aliança da Graça é o acordo entre Deus e o pecador, na qual Deus promete salvação mediante a fé, e o pecador promete uma vida de fé e obediência. Todos os crentes do Antigo Testamento bem como os crentes nossos contemporâneos, são parte da aliança da Graça.Por exemplo, Jr 31:31 - 32 diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor e firmarei nova aliança Com a casa de Israel E com a casa de Judá.Não conforme a aliança Que fiz com seus pais.No dia em que os tomei pela mão,Para os tirar da terra do Egito;Porquanto eles anularam a minha Aliança.Não obstante eu os haver desposado.Ex.: em (Hebreus 8: 6,13) O Antigo testamento fala de diversas alianças:Gênesis 6 :18 Gênesis 9 : 8 – 17 Gn 15 : 8,18 ; 17: 6 – 8 Êx 6 : 6 – 8 Sl 89 : 3,4, 26 – 37 Jr 31: 31 – 34 Gl 3: 17 – 22 Conceito de graça - Hebreus 4: 1 – 2 Atos 20:24O salmo 103 - canta a misericórdia e o imutável amor de Deus em palavras sem paralelo em toda a BÍBLIA.

 

Lei.

 

Três aspectos da Lei. O cerimonial (as observâncias rituais que apontavam para a frente, para a expiação final em Cristo), o Judicial ou civil ( as leis que Deus prescreveu para uso no governo civil de Israel) e o Moral ( o corpo de preceitos morais de aplicação universal, permanente, a toda a humanidade).O aspecto cerimonial da lei abrange os vários sacrifícios e ritos cerimoniais que serviram como figuras ou tipos que apontavam para o Redentor vindouro (Hb 7-10). Vários textos do antigo testamento confirmam a concepção do significado Espiritual Exs.: Lv 20:25,26;Salmos 26:6, 51:7,16,17;Is 1:16.Diversos textos do novo testamento diferenciam o aspecto cerimonial da lei e apontam para seu cumprimento em Cristo (e.g,Marcos 7:19 ; Ef 2:14 - 15; Hb 7: 26 - 28 ; 9: 9 - 11;10:1,9).O aspecto Moral da lei :Exemplos: Rm 8: 1 - 3; Rm 3: 31;Rm 6 ;1 Co 5;1 Co 6: 9 – 20 Objetivos da lei:Exemplos: Gl 3: 19;1 Tm 1: 8 - 11; Gl 3: 22 - 24;João 14:15;João 15:10;1 João 3:9;1 João 4:16 - 19.Ministério do Espírito Santo:Exemplos At 1: 4 - 8; Is 63: 10 - 14 ;Nm 27:18; Jz 3:10; Êx 31: 1 - 6; Jz 13: 25; Jz 14:6 ; Jz 15:14;1 Sm 10: 9-10; Sl 51:11;1 Pe 1: 10 - 12;2 Pe 1: 21;Ag 2:5; Lc 1:15;Lc 1: 67 - 69;Lc 2: 25 - 27;João 14:17;João 20:22;João 7: 39;João 14: 26.

 

Outros fatores.

 

Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a edificação na justiça.Ex.: 2 Tm 3:16 – 17.

 

 

 

 

 

7º.2 INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA – II

 

 

 

 

INTRODUÇÃO HERMENÊUTICA ESPECIAL.

É o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos, como parábolas, alegorias, tipos e profecia.

MÉTODOS Literários Especiais - Figuras de Linguagens SÍMILE.

È uma comparação expressa: È típico o emprego das palavras semelhante ou como (e. g, O reino dos CÉUS é semelhante).

Metáfora.

 

È uma comparação não expressa; ela não usa as palavras semelhantes ou como. O sujeito é a coisa com a qual ele é comparado estão entrelaçados. Jesus usou metáforas quando disse :Eu sou o pão da vida e Vós sois a Luz do Mundo.Tanto nos símiles como nas metáforas por causa de sua natureza compacta, o autor geralmente tem em mira acentuar um único ponto (e.g, que Cristo é a fonte de sustentação de nossa vida espiritual, ou que os Cristãos devem ser exemplos de vida piedosa num mundo Ímpio).Podemos entender a Parábola como um SÍMILE ampliado. A comparação vem expressa e o sujeito e a coisa comparada, explicados mais plenamente, mantêm-se separados. Por semelhante modo pode- se entender a Alegoria como uma metáfora ampliada,a comparação não vem expressa e o sujeito e a coisa comparada acham- se entrelaçados. Geralmente a Parábola tem prosseguimento mantendo a história e sua aplicação distintas: em geral, a aplicação acompanha a história. As Alegorias entre mesclam a história e sua aplicação, de sorte que a alegoria traz em seu conteúdo sua própria interpretação.Os provérbios podem ser considerados ou como parábolas condensadas ou como alegorias condensadas.O foco geral do livro de provérbios é o aspecto moral da lei – regulamentos Éticos para a vida diária redigidos em termos universalmente permanentes. Os focos específicos incluem sabedoria,moralidade, castidade, controle da língua, associações com outras pessoas, indolência e justiça.Os provérbios têm em geral, um único ponto de comparação ou principio de verdade para comunicar Ex.: (Provérbios 31:14)A finalidade das Parábolas. A primeira é revelar verdade aos crentes (Mateus 13: 10 - 12 ;Marcos 4: 11; 2 Samuel 12: 1-7).O segundo objetivo. A parábola oculta a verdade daqueles que endurecem o coração contra ela. (Mateus 13:10-15; Marcos 4:11-12, Lucas 8:9 - 10).

 

Tipos.

 

A palavra grega tupos, da qual se deriva à palavra tipo, tem uma variedade de denotações no Novo Testamento. A idéia básica expressa por tupos e seus sinônimos são os conceitos de parecença, semelhança e similaridade. A seguinte definição de tipo desenvolveu- se de um estudo indutivo do uso bíblico deste conceito: tipo é uma relação representativa reordenada que certas pessoas, eventos e instituições têm como pessoas, eventos e instituições correspondentes, que ocorrem numa Época posterior na história da salvação. Provavelmente a maioria dos teólogos evangélicos concordaria com esta definição de tipologia bíblica. Um exemplo notório de um tipo bíblico encontra-se em João 3:14 - 15, onde Jesus diz: E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.

 

Jesus ressaltou duas semelhanças:

 

(1) o levantamento da serpente e dele próprio, e

 

(2)  vida para os que responderam ao objeto do levantamento. Os tipos assemelham-se aos símbolos e podem até ser considerada uma espécie particular de símbolo. Contudo, existem duas características que os diferenciam. Primeira, os símbolos servem de sinais de algo que representam, sem necessariamente ser semelhantes em qualquer respeito, ao passo que os tipos se assemelham de uma ou mais formas às coisas que prefiguram. Por exemplo, o pão e o vinho são símbolos do corpo e sangue de Cristo; os sete candeeiros de ouro (apocalipse 2:1) são símbolos das igrejas da Ásia. Não há similaridade necessária entre o símbolo e o objeto que ele simboliza, como há entre o tipo e seu antítipo. A prefiguração é chamada tipo; o cumprimento chama-se antítipo. Segunda, os tipos apontam para o futuro, ao passo que os símbolos podem não fazê- lo. Um tipo sempre precede historicamente o seu antítipo, ao passo que um símbolo pode preceder, coexistir, ou vir depois daquilo que ele simboliza.A tipologia deve, também se distinguir do Alegorismo. A tipologia é a busca de vínculos entre os eventos históricos, pessoas, ou coisas dentro da história da salvação o Alegorismo é a busca de significados secundários e ocultos que sublinham o significado primário e Óbvio da narrativa histórica. A tipologia repousa sobre uma compreensão objetiva da narrativa histórica, ao passo que alegorização introduz na narrativa significados objetivos.

 

Classificações dos tipos:

Pessoas típicas.

 

 

 

 

São aquelas cujas vidas demonstram algum importante principio ou verdade da redenção. Adão é mencionado como tipo de Cristo (Rm 5:14): Adão foi o principal representante da humanidade caída, enquanto Cristo o é da humanidade redimida.Ao contrário da Embase ao individuo em nossa cultura, os judeus identificam-se antes de tudo como membros de um grupo. Por isso, não é raro encontrar um representante falando ou atuando pelo grupo inteiro. Figura representativa - refere-se á oscilação de pensamento entre um grupo e um indivíduo que representa esse grupo, e era uma forma hebraica de pensamento comum e aceita. Por exemplo, a figura de Mt 2: 15 (Do Egito chamei o meu Filho) refere-se a Os 11:1, na qual o filho se identifica com a nação de Israel. Em Mateus foi o próprio Cristo (como representante de Israel) que foi chamado do Egito, por isso as palavras primitivas aplicavam-se a ele. Alguns dos salmos também vêem Cristo como representante de toda a humanidade.Os eventos típicos possuem uma relação analógica com algum evento posterior. Paulo usa o juízo sobre o Israel incrédulo como advertência tipologia aos cristãos a que não se engajassem na imoralidade (1 Co 10: 1 - 11). Mt 2: 17 - 18 (Raquel chorando por seus filhos assassinados) é mencionado como analogia tipologia da situação nos tempos de Jr (Jr 3l:15). Nos dias desse profeta, o acontecimento envolveu uma tragédia nacional; no tempo de Mateus, uma tragédia local. O ponto de correspondência era a angústia demonstrada em face da perda pessoal.Instituições TÍPICAS são práticas que prefiguram eventos posteriores de salvação. Disto temos exemplo na expiação mediante o derramamento de sangue de cordeiros e mais tarde pelo de Cristo(Lv 17:11 ; cf. 1 Pedro 1:19 ). Outro exemplo È o Sábado como tipo do descanso eterno do crente.Cargos ou ofícios típicos incluem Moisés, que em seu oficio de profeta (deuteronômio 18:15), foi um tipo de Cristo ; Melquisedeque (Hb 5:6 como tipo do sacerdócio contínuo de Cristo ; e Davi como rei.Ações típicas são exemplificadas por IsaÌas andando nu e descalço durante três anos como sinal ao Egito e à Etiópia de que em breve a Assíria os levaria nus e descalços (Is 20:2 -4). Outro exemplo de ação típica foi o casamento de Oséias com uma prostituta. Mais tarde ele a redime, depois de sua infidelidade,simbolizando o amor da aliança divina ao Israel infiel.

 

Profecia

 

Em ambos os testamentos, profeta é um porta-voz de Deus que declara a vontade de Deus ao povo.

 

A profecia refere-se a três coisas.

 

(1) Predizer eventos futuros (e.g., Ap 1:3, 22: 7,10 ;João 11:51)

(2) Revelar fatos ocultos quanto ao presente. ( Lucas 1:67-79;Atos 13: 6 - 12)

 

(3)  Ministrar instrução, consolo e exortação em linguagem poderosamente arrebatada ( e. g, Amós; Atos 15:32; 1 CorÌntios14:3,4,31 ).

Literatura Apocalíptica

 

Esta palavra nos vem do grego apokalupsis (encontrada em Ap 1:1), que significa desvendar ou revelar. O foco primário da literatura apocalíptica é a revelação do que esteve oculto particularmente com relação aos tempos do fim. A tendência do gênero apocalíptico é conter mais simbolismo, essencialmente animais e de outras formas vivas.(1 o) O escritor escolhe um homem importante do passado (e.g.,Enoque ou Moisés) e faz dele o herói do livro.2o ) Este herói freqüentemente empreende uma viagem, acompanhado por uma guia celestial que lhe mostra vistas interessantes e comenta-as.3o ) Muitas vezes a informação é comunicada por meio de visões. (4 o ) As visões com freqüência, fazem uso do simbolismo estranho e até enigmático.5o ) Vez por outra as visões são pessimistas com relação à possibilidade de que a intervenção humana melhore a presente situação.6o ) De modo geral as visões terminam com a intervenção divina levando o presente estado de coisas a um final cataclísmico e estabelecendo uma situação melhor.7o ) O escritor apocalíptico muitas vezes usa seu pseudônimo, alegando escrever em nome do herói que, ele escolheu.8o ) É freqüente o escritor tomar história passada e reescrevê-la como se fosse profecia.9o ) O foco da literatura apocalíptica está no consolar e sustenta remanescente justo.As seções apocalípticas de fato ocorrem nos livros canônicos,de modo mais notável em Dn (capítulos 7 - 12) e no Ap. (Mt 24 -25 e paralelos) - contém elementos apocalípticos.

 

A Tarefa do Ministro

 

O pregador é um ministro da Palavra de Deus... Sua tarefa fundamental é ministrar a verdade de Deus. Exemplos (Lc 1:2 ;Atos 1:8 ; 1 Tm 5:17; 2 Tm 2:2; 2 Tm 4:2; 1 Pe 5:1).O Servo de Cristo do Novo testamento não era livre para pregar conforme lhe aprouvesse, mas era obrigado a pregar a verdade do Cristianismo, pregar a palavra de Deus, e ser testemunha do evangelho. Ex.: (2 Pe 1: 21 ).A pregação expositiva começa com determinada passagem e investiga-a, empregando o processo que temos rotulado de análises Histórico-Cultural, Contextual, Léxico-Sintática, Teológica e Literária. Seu enfoque primário é uma exposição do que Deus tencionava dizer nessa passagem. Levando a uma aplicação desse significado na vida dos cristãos de nossos dias.·Sermonar começa com uma idéia na mente do pregador – um problema social ou político, mas pertinente, ou uma introspecção teológica ou psicológica - e amplia esta idéia num sermão. Como parte do processo, acrescentam-se textos bíblicos aplicáveis, à medida que vêm à mente ou conforme

 

 

 

 

encontrados com o auxilio de recursos de estudo. O enfoque básico deste método é a elaboração de uma idéia humana em formas coerentes com o ensino geral da BÍBLIA nessa área. À pregação tópica começa pela seleção de um tópico relacionado com a Escritura de uma forma ou de outra (e.g., temas bíblicos,doutrinas, personagens da BÍBLIA). Se o sermão é preparado pela seleção de passagens bíblicas pertinentes e pelo desenvolvimento de um esboço baseado em exposição dessas passagens,esta pregação poderia denominar-se Tópico-expositivo. Se o esboço do sermão se desenvolve mediante idéias que vêm à mente do pregador e em seguida são corroboradas pela ligação com um versículo bíblico pertinente, poderíamos dar a esta pregação o título de tópico sermonal. A maioria dos sermões pregados hoje em dia parece ser da variedade tópico-sermonal ou Sermonar. Se a proporção da pregação expositiva para a sermonal serve de indicação, a maioria das escolas de teologia parece não estar preparando seus alunos nas técnicas necessárias á pregação expositiva como uma alternativa para o sermonar.

 

8º INTRODUÇÃO A HOMILÉTICA( A Arte de Pregar) INTRODUÇÃO

Homilética é a arte de pregar, não deve ser algo apreendido somente por pastores, existe uma grande necessidade do leigo ter conhecimento desta arte já que é possível também àqueles que não tiveram a oportunidade de estudar numa instituição teológica.Todos aqueles que pregam a Palavra de Deus tem condições de melhorar ainda mais suas mensagens.Homilética é a ciência e a TÉCNICA de comunicar ou expor a mensagem bíblica. A palavra vem do grego HOMILIA, que significa persuasão, falar, etc. Assim sendo, muitos definem a Homilética como A arte de Pregar. Pregador - As escrituras sagradas, por sua vez, afirmam que cada Cristão deve ser um pregador, pois o anúncio do Evangelho é missão de todos quantos se comprometem com Jesus Cristo( Mt 28: 18 - 20, Mc 16: 15).Por outro lado nos deparamos com os dons espirituais (Rm 12: 6 - 8, 1 Co 12: 4 -7, Ef. 4 : 11- 13), ns quais podemos destacar o de profetizar (1 Co 14: 3)ligado diretamente ao Ministério da Palavra. A palavra Profetizar no Novo Testamento significa anunciar a Palavra.

 

Aspectos da Pregação de Jesus.

 

a) Falou por parábolas (Mt 13:34),

 

b) Explicou as Escrituras (Lc 4: 16 - 21),

c) Repreendeu o sistema pecaminoso da Época ( Jo 8: 43 -47),

 

d) Transformou a palavra em ação, com poder ( Mc 2: 9 -12),

e)Profetizou sobre si mesmo ( Jo 2: 19),

 

f) Profetizou sobre o fim dos tempos( Mt 24: 4 - 13).

A Preparação Espiritual.

 

O pregador é acima de tudo uma testemunha (At 1: 8). Antes de sair para pregar a outros é necessário poder dizer como o apóstolo Paulo : Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele È poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia (2 Tm 1:12).ó

 

Os três grandes testemunhos dos Cristãos são:

a) O testemunho da palavra

 

a BÍBLIA deve ser a única regra de fé e prática daquele que tenciona pregar a Palavra de Deus. b) O testemunho da conduta.

A conduta do homem que nasceu de novo não é a mesma que era antes do seu encontro pessoal com Cristo ( 1 Co 6: 9 -11, 2 Co 5:17 ).

c) O testemunho do espírito.

 

O cristão é uma pessoa que nasce do espírito (Jo 3: 5 - 8). O Espírito Santo atua na vida do cristão capacitando-o para fazer a obra de Deus (Gl 4: 6,7 ; Ef 1: 13,14).

A BÍBLIA.

A BÍBLIA é o Manual do Pregador, o pregador deve amar a Palavra de Deus ( Sl 119:97) e saber que ela é a verdadeira

 

espada do Espírito (Ef 6: 17).Foi usando a Palavra de Jesus,que venceu o tentador (Mt 4: 1-11). É a Palavra de Deus que garante a prosperidade em todas as coisas (Sl 1: 2,3). Aos que têm dificuldade em ler ou estudar a BÍBLIA:

 

1. Leia alguma coisa todos os dias.

2. Defina um plano de leitura.

3. Marque sua BÍBLIA.

 

4. Memorize alguns versículos.

 

5. Pratique a Oração.

Preparo da Mensagem.

 

 

 

 

Uma boa mensagem é objetiva desde o começo até o fim, ou seja, um bom sermão obedece a um tema desde a introdução até a conclusão. Todo pregador que se preza não sobe no púlpito sem um pedaço de papel com suas anotações para serem lembradas no momento certo. Neste papel deve constar toda a divisão do sermão, ao qual chamamos de esboço.

Sermão.

três condições essenciais para uma boa disposição de um sermão.

 

1. A unidade - Para que haja, uma unidade no Sermão destacamos a importância do tema. Um bom sermão deve explorar apenas um só tema.

2. A organização - Organizar um sermão significa admitir as partes que são vitais para o tema e combinar as partes de tal maneira que possam ajudar a compreensão e dar expressão ao texto.

A organização clássica do sermão se faz da seguinte maneira:Texto - é um versículo, uma parábola, um mandamento ou qualquer porção da BÍBLIA que serve de base ao sermão.Tema - é a verdade central do texto ou do assunto do pregador. Introdução - é o comentário inicial do pregador antes de entrar no corpo do sermão propriamente dito. Corpo (Tópicos) - o Corpo do sermão se apresenta com divisões ou tópicos. Conclusão - é exatamente aonde o pregador quis chegar com o tema. O pregador tem que levar o público a tomar uma posição ao final da mensagem, e este apelo é feito dentro do assunto ou tema o qual transcorreu a pregação. Um sermão bem estruturado tem começo, meio e fim, obedecendo a uma lógica durante todo o tempo.3.A Ordem dos assuntos - Uma boa ordem no corpo do sermão depende de quatro coisas:

 

Uma ordem nas divisões.

 

Por exemplo, em um sermão com quatro divisões, os itens devem estar arrumados de tal maneira que correspondam às expectativas do pregador. Se for um sermão evangelístico, a divisão que fala mais profundamente à vontade dos ouvintes deve estar em último lugar. Exemplo:

 

1. O amor de Deus é universal

 

2. O amor de Deus é singular

3. O amor de Deus é sacrificial

 

4. O amor de Deus exige uma entrega.

Boas transições de um pensamento a outro.

 

De uma divisão a outra deve haver uma boa transição. Não se deve usar, por exemplo, em um sermão, três ou quatro divisões nas quais uma nada tenha a ver com a outra. Isso é possível, mas não é aconselhável.

Um exemplo errado:

1. A benção da Palavra de Deus

 

2. A benção do Espírito Santo

3. A benção da cura divina.

O uso do tempo presente.

 

Isso garante a atualidade da mensagem e faz com que os ouvintes de identifiquem melhor com o texto.

Dois exemplos, um certo e outro errado: Tema : O Amor de Deus ERRADO

1. De tal maneira

2. Ao mundo

3. Que deu seu filho CERTO

 

1. O amor de Deus é singular

 

2. O amor de Deus é universal

3. O amor de Deus é sacrificial.

A eliminação de material alheio. Á mensagem.

 

se refere habilidade de selecionar bem o assunto do sermão de forma a eliminar o que não È tão importante. Isso evita sermões cansativos e quilométricos. Não é pelo muito falar que seremos ouvidos.Tema - ou verdade central da mensagem é a coisa mais importante para o pregador. Os temas devem ser bíblicos.

Os pontos de vista mais proveitosos para a discussão de temas bíblicos são os seguintes: 1.O Ponto de vista do significado.

Por ex.: em (Mt 4: 17) Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer : Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus. Apresenta o dever do arrependimento.Tema:

O Significado do arrependimento

I. O arrependimento significa mudança de opinião a respeito do pecado (Jo 42:56).

 

 

 

 

II. O arrependimento significa mudança de sentimento a respeito do pecado (2 Co 7: 9,10). III. O arrependimento significa mudança de vontade com relação ao pecado (Mt 21: 28,29).

 

2. O Ponto de vista das razões que apóiam o tema.

 

Alguns textos tem um tema tão claro que seu significado não necessita de explicações. Por ex.: (2 Co 9:7), o apóstolo Paulo nos diz que Deus ama ao que dá com Alegria. Dessa afirmação podemos perguntar: Por que Deus ama ao que dá com alegria ? O esboço vai abordar as razões pelas quais Deus ama ao que dá com alegria.Tema: Por que Deus ama ao que dá com alegria.

I. Deus ama ao que dá com alegria porque este demonstra a sinceridade do seu amor (2 Co 8:8) II. Deus ama ao que dá com alegria porque este estimula a liberalidade de seus irmãos (2 Co 9:2).

 

III. Deus ama ao que dá com alegria porque este alivia a necessidade do seu próximo (2 Co 8: 13 - 15, 9: 12).

 

IV. Deus ama ao que dá com alegria porque este glorifica o nome do seu Senhor ( 2 Co 9: 13 -15).Cada afirmação do esboço é complementada com um versículo bíblico.

O porquê de um mandamento ou de uma atitude nos dá subsídios importantes para anunciar a Palavra de Deus.

 

3. O Ponto de vista dos meios para executar ou evitar determinada ação.

 

A palavra chave para entender esse ponto de vista é como? Por exemplo no (Sl 126; 5,6) lemos o seguinte ; Os que semeiam com lágrimas, com cânticos de júbilo segarão.Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.Texto (Sl 126: 5,6).

 

Tema : Como realizar um avivamento: I. É necessária ação - Verbos sair e semear

 

II. É necessária compaixão - Em lágrimas, chorando. III. É necessária instrução - Levando a semente.

 

4. O Ponto de Vista das Causas.

 

em (Ap 3: 14 -22) temos uma mensagem dirigida a Igreja em Laodicéia. O tema central é o seguinte:Cristo condena a indiferença espiritual. Perguntamos -quais as causas da frieza espiritual daquela igreja? Os versículos,18,20,21 e 22 respondem à pergunta.Texto : (Ap 3: 14 -22) Tema :

 

As causas da indiferença espiritual.

 

I. Desmedida preocupação com as coisas materiais. II. Menosprezo da comunhão com Cristo.

 

III. Falta de preocupação a respeito da vida eterna. IV. Confiança demasiada em si própria.

 

5. O Ponto de Vista dos efeitos.

 

Podemos também pensar nas conseqüências ou nos efeitos de um mandamento bíblico, considerando-se os positivos e negativos.Texto : Jz 13 a 16. Tema : O desastre do Domínio Carnal.Quando um filho de Deus se deixa dominar pela carne...

I. Rompe-se a sua comunhão com Deus. II. Sobrevém-lhe a cegueira espiritual. III. Submete-se à escravidão do pecado.

 

IV. Expõe- se ao engano do mundo pecador. V. Perde o desejo de viver.

6. O Ponto de vista do conteúdo do texto.

 

A partir do texto,encontramos uma infinita variedade de possibilidades para organizar nossos pensamentos de acordo com o conteúdo do texto.Texto (Mc 4: 35-41)Tema: Uma noite com Jesus

I. Desta experiência aprendemos que o discípulo deve sempre obedecer ao seu Senhor.

II. Aprendemos que a obediência a Cristo envolve o discípulo livrando-o de grandes tempestades.

 

III. Aprendemos que as tempestades proporcionam um conhecimento mais Ìntímo e profundo com nosso Salvador.

 

Classificação dos Sermões: 1.Sermão Temático.

 

È aquele cujas divisões derivam do tema,independente do texto. O sermão temático inicia com um tema e suas partes principais consistem em idéias sobre o tema. Ex.:Tema: O Jovem nos Dias de Hoje. (Ecl 12:1)

I. é influenciado pela Tecnologia Moderna. II. é influenciado pelas Filosofias Modernas.

 

III. é influenciado pela Religiosidade Moderna.

 

 

 

 

Tema: As responsabilidades do Cristão.(2 Tm 3:14)

I. A responsabilidade com a Palavra.

 

II. A responsabilidade com a Igreja.

III. A responsabilidade com o Testemunho.

 

Tema: Orai sem cessar (1 Ts 5: 17).

I. O significado da Oração:

 

a) é dependência do Homem para com Deus

b) é sintonia entre o Homem para com Deus.

 

c) é adoração do Homem a Deus.

II. Os motivos da oração:

 

a) A oração por si mesmo.

b) A oração pelas necessidades espirituais da Igreja.

 

c) A oração pelos enfermos.

d) A oração pelos incrédulos.

III. As possibilidades da Oração:.

 

a) é possível em qualquer lugar

 

b) é possível a qualquer hora

c) é possível a qualquer pessoa.

Sermão Textual

 

Enquanto o sermão temático tem as suas divisões voltadas para o tema, o sermão textual tem tanto o tema quanto as suas divisões voltadas para o texto. No sermão temático divide-se o tema, no sermão textual divide-se o texto.Ex.:

 

Tema : A carne e o Espírito (Rm 8:13)

 

I. Um alerta divino :Se viverdes segundo a carne

II. Uma conseqüência gloriosa: Certamente morrereis

 

III. Um apelo divino : Se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo IV. Um resultado glorioso : Certamente vivereis.

Tema : O que são os Cristãos Diante de Deus ? (1 Pe 2:9) I. Raça eleita

II. sacerdócio Real III. Nação Santa

 

IV. Povo de propriedade exclusiva de Deus.

Sermão Expositivo.

 

Para podermos distinguir a diferença entre o sermão textual e o expositivo tem que primeiro saber defini-los: O sermão textual é aquele em que as divisões derivam de uma breve porção bíblica, enquanto que o sermão expositivo provém de uma porção mais ou menos extensa da BÍBLIA. É uma exposição completa de um trecho bíblico. Ex.:Tema : A Oração Sacerdotal de Cristo (Jo 17 : 1 -26).

I. Os motivos da Oração por si próprio.

 

1) O Pedido de Glorificação (Vs. (1,5).

 

2) O Reconhecimento de Sua Autoridade (V.2)

3) A definição de Vida Eterna (V.3)

 

4) A missão Cumprida (V.4).

V. Os motivos da Oração pelos discípulos.

 

1) Os discípulos eram vidas que lhe pertenciam. (V.6).

2) Os discípulos eram conhecedores da Palavra.(V.8).

 

3) Os discípulos creram no Filho de Deus.(V.8).

4) A proteção amorosa divina.(V.11).

 

5) Os discípulos não eram do mundo.(V.14).

6) O Ódio do mundo contra os discípulos (V.14)

 

7) A santificação dos discípulos (Vs. 17-19).

8) Os futuros discípulos (V.20).

 

9) A união dos discípulos com Deus (Vs. 21 -23).

10)Um lugar garantido na gloria. (V.24).

 

 

 

 

11) A continuação da Obra. (V.26).

Ilustrações.

 

Podemos extrair ilustrações da História, ciência,experiências do cotidiano, etc. Entretanto, o pregador não deve transformar-se um mero contador de estórias. As ilustrações não devem de maneira nenhuma, por mais interessantes que sejam,substituir a Palavra de Deus. Não se deve, em hipótese nenhuma,ocupar o tempo todo da mensagem com ilustrações.Se o pregador vai dividir o seu sermão em três tópicos, e costuma usar uma média de meia hora para a sua pregação, possivelmente uma ilustração rápida para cada tópico.

Conselhos Práticos no Preparo da Mensagem.

 

1) Leia muitas vezes o texto.

2) Reproduza o texto com as suas próprias palavras.

 

3) Observe os contextos imediato e remoto.

4) Pesquise a circunstância histórico-cultural.

 

5) Anote particularidades.

6) Faça o esboço.

 

7) Selecione Ilustrações.

8) Determine uma conclusão especifica ao assunto proposto.

 

9) O pregador deve variar o tom de sua voz ao pregar do púlpito o seu sermão, para não se tornar desagradável ao ouvido do auditório.

9º INTRODUÇÃO A FILOSOFIA (E a Arte da Sabedoria) INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO.

 

Os gregos denominavam (sofia) a sabedoria e (sofos) os sábios.… lugar comum atribuir a Pitágoras IV a.C, o termo filosofia de(philo) amante e (sofia) sabedoria. Pitágoras dizia que os filósofos seriam uma terceira classe à mais nobre, não procura aplausos nem lucro, porém (ali está) para observar atentamente o que se faz e como as coisas se passam. Esses homens s„o chamados estudiosos (ou amigos da sabedoria).Somente na Grécia que a Filosofia adquire existência autônoma,distinguindo-se explicitamente da religião.A filosofia e a Teologia: A filosofia é a mais alta das ciências humanas,isto é das ciências que conhecem as coisas pela luz natural da razão. Há entretanto, uma ciência acima dela. A supor que exista de fato uma ciência que seja no homem uma participação da ciência própria de Deus, esta ciência, evidentemente será mais alta do que a mais alta ciência humana. Ora, È o caso da Teologia. A ciência de Deus; a ciência que podemos naturalmente adquirir só pelas forças da razão e que nos faz conhecera Deus, como autor da Ordem natural é uma ciência filosófica a partir do ponto culminante da Metafísica - chamada Teologia Natural.Todavia, os princípios da Filosofia são independentes da Teologia, pois os princípios da Filosofia são as verdades primeiras cuja evidencia se impõe por si mesma à inteligência, enquanto os princípios da Teologia são verdades reveladas por Deus. Para Platão a palavra filosofia adquire o sentido de saberes racionais, reflexivos saber adquirido mediante o método dialético. (dialética) Para Aristóteles a Filosofia consiste em todas as coisas que o homem conhece e o conhecimento dessas coisas. Desde Aristóteles emprega-se a palavra filosofia com o sentido de totalidade do, conhecimento humano. A filosofia até então englobava as coisas divinas e humanas.Na Idade Média, a Filosofia designa todo o conhecimento menos o de Deus que era objeto da Teologia.Na idade Moderna, a partir do século XVII começa a dividir-se o campo da Filosofia, constituindo-se a Matemática, a FÍSICA, a Biologia, até as mais modernas, como a cibernética.O método filosófico até Descartes se apóia depois de obtida uma intuição (afirmação, proposição ou tese ) para verificar-lhe a verdade ou a falsidade. (A dúvida metódica).Assim se diz discursivo o raciocínio que atinge a conclusão ou a procura por meio de operações intermediárias.Ex.: Os homens sensatos s„os bem sucedidos, ora, o Presidente é um homem sensato; logo, será bem sucedido. É uma dedução -por meio de duas proposições (premissas) atingimos uma conclusão. Ex.: A Terra é um planeta e não tem luz própria, Marte também o é, assim como Vênus, Saturno, Urano ; logo, os planetas não têm luz própria. É uma indução - mediante uma série de conhecimentos parciais chegamos a um conhecimento geral. Para muitos filósofos modernos o único método da filosofia é o intuitivo, qualquer outro falsearia a verdade.A mais ampla totalização filosófica é o hegelianismo. Nele o saber é aleado à sua dignidade mais eminente: ele não se limita a visar ao ser de fora, ele o incorpora a si e o dissolve em si mesmo: o espírito se objetiva, se aliena e se retoma incessantemente, se realiza através de sua própria história. O homem se exterioriza e se perde nas coisas, mas toda a alienação é superada pelo saber absoluto do filósofo. É certo que se pode puxar Hegel para o lado do existencialismo. Para Hegel o trágico de uma vida é sempre superado. É perfeitamente exato que Hegel marca profundamente a unidade e a oposição entre a vida e a consciência. Na linguagem da semiologia moderna para Hegel o Significante (a um momento qualquer da história) e

 

 

 

 

o movimento do espírito (que se constituir· como Significante-Significado e Significado -Significante, isto é, absoluto-sujeito), o Significado é o homem vivo e sua objetivação.A filosofia divide-se: em Lógica, em Metafísica, Cosmologia, Psicologia e Ética, e geralmente estudam esses assuntos, que posteriormente serão definidos.

 

ESCOLAS FILOSÓFICAS

 

A filosofia grega, segundo o testemunho de Aristóteles, só começa com Tales de Mileto um dos sábios ou gnómicos que viveram nos séculos VII e VI a.C,.Estes sábios reunidos em número de sete pela tradição, dos quais, porém temos listas variadas que os Antigos nos legaram propunham-se, em 1º lugar, melhorar os costumes dos seus concidadãos; algumas de suas sentenças que Platão nos relata no Protágoras, limitam-se a enumerar lições práticas resultantes de sua experiência de vida; eram homens de ação, legisladores ou moralistas; eram prudentes mas ainda não filósofos. Somente Tales, entre eles, abordou os estudos especulativos.

Período de Elaboração (Os filósofos pré-socrático). Escola Jônica.

 

A razão humana que se resolve a investigar, só com os seus próprios meios, os princípios e as causas das coisas.Pensam na matéria, uma causa material, considerava suficiente para explicar tudo.Desde então Tales (623 - 546) a.C, atribui às águas primordiais a origem de todas as coisas, afirmará que a água é a substância única, permanecendo sempre a mesma em todas as transformações dos corpos. Para Anaxímenes (540 -475 ?) a. C. È o fogo,para Anaximandro (610 - 547) a. C. È o infinito (no sentido de indeterminado). água, ar, fogo, e infinito são tidos, por algo de ativo, de vivo, de animado, que uma força interior torna capaz de fecundidade multiforme e sem limites.Por esta escola Jônica tão primitiva, chamada hilozoÌsta porque atribui a vida, à matéria, vemos que se deve tomar pelo que há de mais rudimentar em filosofia, doutrinas tais como os monismos materialistas, que ensina a existência de uma única substância material, o evolucionismo (Spencer e Darwin) que pretende explicar todas as coisas pelo desdobramento histórico, o desenvolvimento ou a evolução de qualquer coisa preexistente.Para Heróclito 500 a. C físico ou filósofo da natureza sensível.Esta realidade é a mutação ou a Virá a ser. Vê de tal modo mudarem-se as coisas, que proclama ser tudo mudança.Não tocamos duas vezes o mesmo ser, não nos banhamos duas vezes no mesmo rio. No momento que levamos am„o sobre a coisa, está já cessou de ser o que era. O que È,muda, pelo fato de ser. Nós entramos e não entramos no mesmo rio, somos e não somos.Se não esperais o inesperado dizia ele não chegareis, à verdade, que È difícil de discernir e que È apenas acessível.Em conseqüência todas as coisas a seu ver, são diferenciações produzidas pela discórdia ou pela guerra - de um principio único etéreo,vivo e divino. Desde o principio, vimos aparecer a manifesta necessidade que leva ao Monismo (doutrina que faz de todas as coisas um único ser) e ao Panteísmo (Doutrina que confunde o mundo e Deus) toda a filosofia do vir a ser puro.

 

Escola Atomística.

 

(Demócrito de Abdera (470 - 361 ?) a. C.Espírito muito menos profundo e que procura as idéias fáceis, no fluxo de fenômenos sensíveis, algo de fixo e estável, mas, em vez de recorrer à inteligência vai buscá-lo na imaginação. A única realidade que reconhece é desse modo, qualquer coisa que,ultrapassando a percepção dos sentidos externos, vem toda via cair sob a imaginação - isto È a pura quantidade geométrica,como tal sem qualidades (sem cor, sem odor, sem sabor, etc.) e que, nas três dimensões, do espaço, só comporta a extensão.Tudo então dever· explicar-se, a seu ver, pelo cheio que ele confunde com o ser, e o vácuo, que confunde com o não-ser : o cheio é dividido em porções de extensão indivisíveis (átomos), que são separados pelo vácuo e eternamente em movimento e que, entre si, só se diferenciam pela figura, pela ordem, e pela situação e atribui à necessidade cega do acaso à ordem do universo, assim com a estrutura de cada ser, Demócrito é o fundador do atomismo, e de modo mais geral de filosofia chamada mecanicista que erige a Geometria em metafísica, reduz, todas às coisas a extensão e ao movimento e, pretende explicar, por um acervo de circunstâncias fortuitas,a organização das coisas.

 

Escola Pitagórica e Eleática.

 

Paralelamente à corrente filosófica Jônica os séculos VI e V a. C viram, correntes filosóficas: a pitagórica e a eleática. Pitágoras de Samos (572 - 500 a. C), fundador de uma sociedade filosófica e religiosa e política, que tomou conta do poder,em algumas cidades da Grande Grécia (Itália Meridional).A ciência dos números que lhe revelou essas realidades invisíveis,cuja ordem imutável domina e governa o curso do vir a ser,e daí por diante só conhece os números.Os pitagóricos acreditavam igualmente que o ciclo dos períodos cósmicos devia trazer eternamente,com longos intervalos, a volta de todas as coisas, que se reproduziam identicamente nos seus menores detalhes.A astronomia é uma das ciências que receberam, da escola pitagórica, notável desenvolvimento. Filolaos afirmando que a terra, o sol e todos os astros rodavam a volta de um misterioso centro do mundo ocupado pelo fogo. Vivendo e movendo-se na ciência dos números,

 

 

 

 

escreve Aristóteles eles juntaram e coordenaram todas as concordâncias que puderam observar entre os números e as harmonias de um lado, e os fenômenos celestes e o conjunto do Universo, de outro.

Eleática:

 

O filósofo mais profundo e o verdadeiro fundador da Escola Eléia (Itália Meridional) È ParmÍnides de Eléia (nascido em 540 a. C).Ultrapassando o mundo das aparências sensíveis e até o próprio mundo dos números e das formas ou essências metafísicas, alcança aquilo que, nas coisas È propriamente o objeto da inteligência Parmênides torna-se cativo do ser. Só uma coisa ele vê: o que é, e não pode deixar de ser, o ser é, o não-ser não é. Por conseguinte,foi o

 

filósofo que destacou e formulou o principio de identidade ou de não contradição, principio supremo de todo pensamento.

Escola sofistica.

 

A sofistica não é uma doutrina; È antes, uma atitude viciosa do espírito.Os sofistas desviam a ciência do seu objeto e subtraem -na à sua regra; os sofistas eram,pois, tudo menos sábios. Professores ambulantes que recolhiam honras e dinheiro, enciclopedistas,conferencistas, jornalistas. É que queriam as vantagens da ciência,sem querer a verdade. Sob este ponto de vista notabilizavam-se como racionalistas e sábios universais, davam explica ações falsamente claras para todas as coisas, e pretendiam reformar tudo - até mesmo as regras de gramática e o gênero de substantivos.Por isso interessavam-se de preferência pelas coisas humanas, que de todas são as mais complexas e menos certas,mas onde o homem pode realizar melhor sua ciência em poder e glória; na História, no Direito, na Política, na retórica. E passavam por professores de virtude.Nestas condições é natural que a única doutrina a que haja chegado a sofistica tenha sido o que chamamos o relativismo e o ceticismo. Protágoras de Abdera (480 - 410 a. C) declarava por exemplo, que o homem é a medida de todas as coisas,das que são enquanto são e das que não são enquanto não são, os que significavam ao seu ver que tudo é relativo às disposições do sujeito e que o verdadeiro é o que parece tal a cada pessoa.

 

Escola Socrática:

 

foi Sócrates (469 - 399 a. C) quem salvou o pensamento grego do perigo mortal em que o colocava a sofistica.Sócrates faz profissão de ignorância e ensina aos seus ouvintes a procurar somente a verdade. Toda a sua obra foi portanto,uma obra de conversão, procurou soerguer a razão, orientando-a para a verdade, isto é para aquilo para o qual ela foi feita.Sócrates retifica o pensamento filosófico, disciplina-o e impõe-lhe a investigação das essências e das definições.Sócrates também comparava-se a um aguilhão, encarregado de picar e acordar os atenienses e de forçar sua razão a um perpétuo exame de consciência: oficio que os atenienses deviam retribuir com a cicuta, oferecendo ao velho Sócrates, já perto do fim da vida, a mais bela morte que a sabedoria puramente humana pode condicionar.Seus discursos visavam principalmente ao problema da conduta da vida humana, ao problema da moral. Devo fazer só o que me é bom, e o que me é bom é o que me é útil, - verdadeiramente útil.Pelo duplo caráter, metafísico e cientifico, de seu ensinamento moral, Sócrates opõe-se fundamentalmente aos sofistas e pode ser considerado como o fundador da ciência moral.

 

Escola Platônica:

 

Platão nasceu em Atenas (426 ou 430 a. C). Platão aperfeiçoa o método de Sócrates e o transforma na Dialética, que se funda não em opiniões distintas, mas em uma opinião e sua critica,ou ainda de passar de conceito em conceito, de proposição em proposição até atingir os conceitos mais gerais e os primeiros princípios (República).Partindo- se de uma hipótese vai-se melhorando-a com criticas, e como é no diálogo que se aprimoram as idéias mediante afirmações,e negações, denominou Dialética o seu método.Verifica-se que a Dialética de Platão e a Maiêutica de Sócrates conservam o método de iniciar de uma hipótese ou idéia e melhorá-la por meio do diálogo.

 

Escola Aristotélica:

 

Aristóteles nasceu em Estagira (Macedônia 384 -322 a. C). Discípulo de Platão.Aristóteles desenvolve a Dialética platônica e a faz mudar de aspecto.Estuda e se fixa no movimento da razão intuitiva que por meio de contra posição, de opiniões vai passando de uma afirmação a outra e busca as leis por força das quais fazemos essa operação. Não se pode asseverar que Aristóteles seja o inventor da Lógica, pois Platão, na Dialética havia concebido uma lógica implícita, porém as leis do silogismo e suas figuras representam obra sua.O método de Aristóteles é a Lógica, que não mudou em seus aspectos essenciais até hoje. A filosofia para Aristóteles baseia-sena demonstração da prova uma afirmação que não está provada não é verdadeira ou pelo menos não sei se é ou não verdadeira.

A DIVISÃO DA FILOSOFIA

 

Lógica: ciência do raciocínio, ou, ainda, arte e ciência do pensamento. O Termo raciocínio pode apresentar dois sentidos: somente a dedução ou toda a espécie de inferências e, portanto dedução e indução. A lógica em sentido restrito limita-se ao raciocínio dedutivo, ao silogismo ; em sentido amplo, abrange a indução. A definição de Stuart Mill : Ciência das operações do espírito que concernem à estimação da prova, mostra a determinação do critério de evidencia, como

 

 

 

 

objetivo da Lógica e seu papel é expor as provas do verdadeiro e do falso, a fim de atingir a verdade,o que a liga intimamente ao processo.Ex.: Todo Gato È animal. Ora, vivente é animal. Logo, gato é ente.

Metafísica.

 

A Metafísica divide-se em, Teodicéia, Ontologia e critica.

 

Metafísica Teodicéia.

 

estuda o ser enquanto ser; mas por isso mesmo deve, estudar a causa do ser: eis a razão porque a sua parte mais elevada, que tem por objeto aquele que é o próprio ser subsistente chamam a esta parte da Metafísica – Teologia Natural (ciência de Deus enquanto ele é acessível à razão natural).

Metafísica Ontologia.

 

Como se divide o ser em todo domínio das coisas criadas ( divisão do ser em potencia e ato, essência e existência) quer do ponto de vista das diversas espécies de seres criados ( divisão do ser em substância e acidente).essência - objeto do pensamento considerado como tal, em 1º lugar. Aquilo que é. Ex.: Esta flor é branca. Existência - para tais sujeitos individuais é que nosso espírito se dirige em 1 o lugar. Ato de ser. Ex.: Pedro é alto, ri e mexe-se.(sujeito de ação).Como definir substância: Pedro, por exemplo existe como um todo e não como parte de um ser ou sujeito em que ele existiria.Sua natureza pelo contrário faz parte dele e existe nele, a natureza de Pedro existe em Pedro e faz parte de Pedro. A substância é uma coisa, ou uma natureza à qual convém existir por si ou em razão de si mesma e não em outra coisa.Acidentes - não é a substância fragmentada, ou substância diminuída. Consideramos os acidentes e os fenômenos como fragmentos de matéria encaixada num suporte. Portanto, a inteligência e a vontade são em nós coisas reais distintas a de nossa substância. O acidente é uma natureza ou essência à qual convém existir em outra coisa. Fenomenistas - não há substância; os acidentes que aparecem aos sentidos, ou à consciência (fenômenos) são a única realidade.(Sensualistas ingleses - Escola Neocriticista. Filosofia do Vir a ser puro). Potencia - É o determinável, o acabável ou perfectível como tal, não é um ser, mas capacidade real de ser. Ex.: A potencia de que falamos é puramente passiva, simples capacidade real de ser ou de vir a-ser à água está em potencia para ser gelo ou vapor.Ato - é o próprio ser no sentido próprio da palavra quanto à plenitude assim significada, ou ainda o acabado o determinado ou o perfeito como tal. Ex.: Desde o momento que um ser é efetivamente isto ou aquilo, e antes de tudo, desde o momento que existe, está em ato.

 

Critica.

 

Será então preciso, antes de estudar o próprio ser enquanto ser, estudar a relação do pensamento Humano com o ser. 1o - Chama-se de critica, porque se aplica a julgar o próprio conhecimento. A critica trata cientificamente, daquilo que é assim pressuposto, mostrando em que consiste a própria verdade do conhecimento e deixando ver, de modo reflexo, que o conhecimento verdadeiro, certo, cientifico é realmente possível.

 

Cosmologia:

 

O ser das coisas corpóreas no primeiro sentido da palavra corpo(Quantidade numérica).O movimento dos corpos que são movidos ou que s„o postos em movimento ( O infinito que se verifica na Astronomia - sentido de rotação e translação as posições das Constelações, o movimento do Sol e da lua, o norte, o sul, o leste e o oeste). Alem disso certas mudanças parecem estender-se a própria substância dos corpos, assim como na Química, quando se procede a síntese da água, o hidrogênio e o oxigênio ao combinar-se dão lugar a um novo corpo. Os Mecanicistas reduzem a substância corpórea à matéria, que confundem com a quantidade ou a extensão geométrica. O mundo físico fica privado de toda qualidade e de toda força, pois nele só, a extensão e o movimento local são reais; enfim, a união da matéria e do espírito, num ser como o homem, se torna completamente ininteligível.O Dinamismo que para muitos, a substância corpórea é reduzida, quer à unidade da ordem das formas puras e dos espíritos (Monadismo, Leibniziano), quer à força ou à energia.

 

Psicologia:

 

Se é a inteligência ou a razão que faz com que o homem seja homem, os problemas que dizem respeito à operação intelectual deverão dominar toda a ciência do homem. E se de fato o problema capital da Psicologia é o da origem das idéias : como explicara presença em nós mesmos destas idéias que nos servem para raciocinar sobre as coisas e pelas quais as coisas nos não são apresentadas sob um estado de Universalidade?O objeto como objeto de sensação ou de imagem e o objeto tomado em sua individualidade. Se, por conseguinte, o que conhecemos diretamente pelas nossas idéias não é individual, não é porque nossas idéias seriam justamente tirada por nós das nossas sensações e das nossas imagens, mas de maneira que não passe nelas absolutamente nada do objeto tal qual é como objeto de imagem ou de sensação.Conclusão: Nossas idéias, são tiradas ou abstraídas do dado sensível pela atividade de uma faculdade especial ( intelecto agente) que ultrapassa toda a ordem dos sentidos e que é como que a luz de nossa inteligência.

 

Ética:

 

 

 

 

Quando a ciência prática,que visa alcançar o puro e simples bem do homem ela constitui Moral ou Ética - (filosofia do agir), como tem por objeto próprio, não a perfeição das obras preparadas e produzidas pelo homem, mas a bondade ou a perfeição do próprio homem que age ou do uso que esta faz livremente de suas faculdades, ela é propriamente a ciência do agir.A Ética é prática tanto quanto uma verdadeira ciência propriamente dita pode ser prática, pois dá a conhecer não somente as regras supremas aplicáveis de muito longe, como também as regras próximas aplicáveis ao ato particular a ser cumprido. É pura e simplesmente a Filosofia prática.Com efeito, ela dá as regras próximas aplicáveis aos casos particulares, mas é incapaz de fazer com que as apliquemos sempre,como deve ser nos casos particulares, evitando as dificuldades provenientes de nossas paixões e a complexidade das circunstâncias materiais. A ciência moral deve ser acompanhada da virtude de prudência que se dela nos servimos, nos faz julgar sempre e bem o ato a se cumprir, e querer sem desfalecimento aquilo que assim for julgado.

 

10º INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA(É a ciência que investiga) INTRODUÇÃO

A sociologia é a ciência que investiga, fazendo uso de métodos e técnicas de pesquisa empírica ( isto é baseada na observação controlada dos fatos).Entende-se por fenômeno social aquele fato que não está meramente no interior da mente humana, mas se exterioriza na comunicação entre homens resultando pois dessa comunicação como algo novo.A sociologia pode ser divida em Sociologia geral e Sociologia aplicada.A sociologia geral: é a ciência mais geral do fato social. A sociologia aplicada: investiga áreas sociais parciais ( por ex.:Direito, política, economia, família, religião etc.).Todos os problemas da sociologia nos colocam diante de um fato que é tão acessível à nossa experiência quanto os fatos naturais do nosso ambiente. Este, È o fato da sociedade, do qual somos lembrados com tanta freqüência e de maneira tão intensa que há boas razões para chamá-lo o fato coercitivo da sociedade.A sociologia preocupa-se com o homem diante do fato coercitivo da sociedade.Devemos procurar os elementos de uma ciência que tem como seu objeto o homem e o fato da sociedade se cruzam.No Ponto em que o individuo e a sociedade se cruza situa- se o homo sociologicus, o homem como portador de papéis igualmente predeterminados.Grupo de referencia - os indivíduos orientam seu comportamento segundo a aprovação ou desaprovação de grupos, dos quais eles mesmos não fazem parte. Os grupos de referencia são grupos de fora funcionando como padrões de valores,eles constituem o quadro de referencia pelo qual uma pessoa avalia seu próprio comportamento e, o de outros.Normas e posições dos membros do grupo de referencia: Numa discussão teórica, então devemos distinguir claramente entre –

 

As normas fixas dos grupos de referencia, que são atribuídas ao ocupante de uma posição como expectativas do papel;As opiniões dos membros dos grupos de referencia sobre estas normas que determinam sua legitimidade e a probabilidade de mudança;

 

O comportamento real dos atores de papéis.Para o conceito de papel social as normas só são relevantes no 1o sentido, como expectativas ; as questões sobre sua legitimidade o comportamento real das pessoas a quem se aplicam pressupõem o conceito de papel e só são significativas em termos deste conceito.

A função básica do processo Social é unir as posições e os homens.Os papéis sociais representam as exigências da sociedade aos ocupantes de posições sociais.O caráter obrigatório é a definição social das expectativas de papéis.Estrutura Social - definida pelas relações mais amplas da sociedade.Não posso definir quais são essas relações, na sociedade brasileira são umas, na sociedade francesa são outras etc.Essas relações mudam de tempo e espaço.Essas relações podem ser alteradas. No que altero essas relações, eu altero a Estrutura da Sociedade(Se eu alterar uma relação importante eu altero outras relações se acabo alterando a Estrutura da Sociedade).Eu não formo instituição de uma hora para outra; as normas vão se consolidando com a tradição,formando a norma.Dentre os grupos mais importantes na Estrutura Social, seriam os de longa duração.

 

Clã.

 

várias famílias de uma mesma descendência. (Pode Ter um grupo que persiste por várias gerações mas não tem importância para a sociedade).

Família.

 

È uma instituição, È a norma de valor que vamos concretizar. A constância de Estrutura está ligada com relações com parte de um todo.Quando analiso o todo, cada uma das partes tem que ter relacionamento com o todo, não se pode uma parte ser analisada isoladamente.Se cada uma das partes estiver satisfazendo esse todo, esse todo continuará a existir por mais tempo. Se a relação for coerente haver· uma continuidade, se não for coerente vai se desestruturar.

 

COERÇÃO:

 

Todo comportamento do homem só existe pela pressão da sociedade. O homem só age, quando ele está sendo pressionado,cada fato social é considerado isolado.Como Ex.: (Régles de 1895 - Durkheim descreveu os fatos sociais da

 

 

 

 

seguinte maneira: Se eu cumpro minhas obrigações como irmão, marido ou cidadão, se honro meus contratos, executo deveres que são definidos, fora de mim mesmo e de minhas ações, pela lei e pelo costume. Mesmo que estes deveres estejam de acordo com meus próprios sentimentos e eu sintasubjetivamente sua realidade, essa realidade não deixa de ser objetiva, pois eu não a criei ; eu simplesmente a herdei como um, resultado de minha educação. (Ensaios da Teoria da Sociedade- Ralf Dahrendor).

 

SANÇÃO SOCIAL.

 

O conceito de Sanção é aplicado, com freqüência exclusivamente a punições e reprovações no entanto, adotando o uso sociológico, nos o aplicaremos aqui num sentido mais amplos. Há sanções positivas assim como negativas : a sociedade pode conceder condecorações assim como, decretar ordens de prisão,conferir prestigio assim como, ridicularizar o comportamento inaceitável. No entanto, parece melhor neste contexto pensar). principalmente em termos de sanções negativas. Pode - se renunciara recompensas e rejeitar condecorações, mas escapar à força da lei ou mesmo da desaprovação social é difícil em todas as sociedades.Mas as leis e os tribunais não são de forma alguma, as únicas manifestações das expectativas de papéis e sanções. Em verdade pode ser declarado que o Âmbito de comportamento legalmente regulado aumenta com o desenvolvimento oficial.

 

INSTRUMENTO METODOLÓGICO DA SOCIOLOGIA.

 

A análise das estruturas de classes e das estratificações é um instrumento metodológico.

 

As estratificações sociais são universais e representam a distribuição desigual de direitos e obrigações numa sociedade.

Opiniões sobre o prestigio de determinadas posições sociais.Toda estratificação representa uma hierarquia de valores.

 

Dentro de uma hierarquia: sua importância para a sociedade,isto é, sua função e o treinamento ou o talento necessário para ocupá- las. As funções principais com respeito ·s quais se estabelecem, seriam a religião, o governo, a riqueza, propriedade e trabalho, e o conhecimento técnico.

 

Investigações empíricas se tomam como Índices para o estabelecimento de sistemas:- o nível de renda- a riqueza- a educação- o prestigio da ocupação- a área residencial- a raça ou etnia.

Dois setores regionais, o setor rural e o setor urbano.

 

O indivíduo e o grupo social - escala de STATUS ou classes sociais, três classes sociais ( Alta, média e baixa).

 

Ordem econômica, representada pela classe. A ordem social representada pelo STATUS, e a ordem política, representada pela política.Cada uma dessas dimensões tem uma estratificação própria : a econômica, representada pelos bens e serviços que dispõe o indivíduo ; a social representada pelo prestigio e a honra que desfruta e a política, representada pelo poder que ostenta.

os meios de produção e as riquezas se encontram aqueles que não as possuem; que os que não trabalham com seus meios de produção empregam o trabalho assalariado de outros.A discriminação dos negros nos E.U.A ainda que se ignore no momento suas implicações econômicas, têm sua origem na escravidão.

10º Ideologias do sistema econômico.(Classes Sociais e Estratificação Social - Rodolfo Stavenhagen).

 

CONTATOS SOCIAIS.

 

A relação entre as pessoas é a dinâmica do comportamento das pessoas. Define as relações ideais com as relações esperadas, o comportamento ideal vária de pessoa a pessoa de região a região. Esse contato se realiza através da norma de ação (forma de agir, achar) através de meios de comunicação de expressão como a linguagem, e norma de expectativa (como você deveria agir); de uma forma mais ampla (Instituição).Os contatos sociais podem ser primários e secundários. Primário: A família é a instituição primária porque encontro em qualquer sociedade. A Educação básica também é primária. Secundário: A instituição 2 a deriva da primária; o casamento é secundário, necessariamente em certas sociedades não precisa deste ritual. Os secundários só se encontram em sociedades especificas. A Escola é instituição secundária.

 

ISOLAMENTO SOCIAL.

 

Isolamento, portanto, é a relação que, centrada num individuo,existe entre ele e um certo grupo ou uma vida de grupo em geral.Pode ser também uma interrupção, ou uma diferenciação periódica numa dada relação entre duas ou mais pessoas.Na medida em que é consciente, da parte do individuo representa uma relação muito especifica em face da sociedade. E, mais sua ocorrência - seja como causa, seja como efeito – caracterizam arcadamente a natureza tanto grandes grupos como relações muito íntimas.O isolamento adquire seu sentido unívoco e positivo na medida em que é considerado como um efeito da distância social (posição social).Isolamento é interação entre dois partidos, um dos quais

 

 

 

 

abandona a cena real, após haver exercido certas influencias, sobrevivendo e agindo em forma ideal no espírito do remanescente solitário.

O indivíduo isolado.

 

Quando se é estrangeiro, sem relações entre pessoas fisicamente próximas, tal como acontece em festas, num trem ou no movimento de uma grande cidade. Quando falamos de existências anti -sociais, tais como miseráveis, criminosos, prostitutas, suicidas etc., se referem às condições sociais.O mero fato de um individuo não interagir com outros não constitui,é claro um fenômeno sociológico ; assim como não exprime,também, a idéia integral de isolamento.

 

STATUS SOCIAL.

 

A competição tem a função de estabelecer o Status, várias observações feitas no reino animal demonstram que a função da competição e do conflito é estabelecer o Status dos disputantes e que isto se dá em termos de dominação e subordinação.

 

CONFLITO SOCIAL.

 

Quando os indivíduos lutam uns com os outros não somente para conseguir luxo e honrarias, mas também para satisfazer as próprias necessidades vitais, a competição leva facilmente a tensões,e as tensões ao conflito.Fatores que acentuam o conflito: Um deles È o sistema de classes abertas, que intensifica a competição, tornando cada homem um competidor potencial de todos os outros. Quando as classes são fechadas a competição se limita largamente aos membros de uma classe particular. Onde exista uma aristocracia, o status individual È em parte fixado pelo nascimento, mas nas sociedades cujas linhas que dividem as classes não estão claramente traçadas, o status social flutua de maneira muito mais pronunciada. Finalmente, o conflito aberto nos Estados Unidos é sustentado pelas tradições democráticas. Quando os indivíduos gozam direitos de liberdades, de palavra e de reunião, as possibilidades de conflito são maiores do que quando lhes faltam tais privilégios.Nos Estados Unidos, os operários podem entrar em greve se não estão satisfeitos com os termos em que a competição se exerce.Conflito é parte do preço que pagamos pelas liberdades democráticas.

 

ORGANIZAÇÃO SOCIAL.

 

Está ligado às variações sociais, enquanto que a estrutura social está ligada às instituições básicas da sociedade.As pessoas que concretizam as Instituições estão dentro da própria organização social. A organização social é a própria concretização em si. A idéia de organização é de continuidade da estrutura. A Organização Social È a representação de um todo. A responsabilidade do representante, à medida que ele vai tomar uma resolução, essa resolução não pode representar só os seus interesses, mas também representar os interesses de seu grupo. A responsabilidade do grupo.Todas as instituições como a família, Universidades e Sindicatos etc., tem uma: Função: objetivo a ser alcançado.

 

Função Social:

 

Do fim que deve ser alcançado. Para alcançar esse objetivo, tenho que agir, através da função manifesta (preparar o profissional, Escola).

Função Latente:

 

Não é percebida por todos. Ex.: A escola Superior é para dar Status. É conhecido por um grupo (Status na nossa sociedade È fazer curso superior).

Valor:

 

È o significado que vamos atribuir a coisa.

Valor Cultural:

 

Ter uma religião é Ter um significado especial, para outros é um enfeite.

 

11º INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES MUNDIAIS INTRODUÇÃO

Todas as grandes religiões do mundo se originaram na Ásia e três delas, Judaísmo, Cristianismo e islamismo, em uma área relativamente pequena da Ásia Ocidental. Igualmente notável é a Concentração de grandes líderes espirituais em diferentes partes do mundo no século seis a.C, ou em um período próximo.Foi à Época de Confúcio e talvez de Lao-Tsé, na China; de Zoroastro, na PÉRSIA; de Gautama, o Buda, na Índia; do maior dos profetas hebreus, chamado o segundo Isaías (Isaías 40 -55); e de Pitágoras, na Grécia. É possível que o aparecimento de civilizações que se diziam universais dessem origem a religiões universais; ou então as novas religiões eram uma reação às tensões nas sociedades existentes e a necessidade de uma saída espiritual e uma fé que transcendesse um politeísmo supersticioso. De qualquer forma, o movimento em direção a única realidade espiritual coincidiu com a procura dos pensadores gregos de um principio único que explicasse o mundo material. Entre as principais religiões monoteístas (que acreditam em só Deus) do mundo estão o Judaísmo, o Cristianismo (que se dividem três ramos - Catolicismo, Protestantismo e Igreja ortodoxa) e o islamismo. Das religiões politeístas orientais (que cultuam vários deuses), destacam-se o hinduismo, o budismo, o confucionismo, o

 

 

 

 

Xintoísmo e o Taoísmo. O xamanismo está presente na Ásia, na Oceania e na América do Norte. No Brasil são importantes ainda a Umbanda e o Candomblé, cultos de origem africana e o espiritismo, em especial a corrente Kardecista.

 

DEFINIÇÃO DE RELIGIÃO.

 

Crença na existência de um ou vários seres superiores que criam e controlam o cosmo e a vida humana e que, por isso, devem ser comum o reconhecimento do sagrado e da dependência do homem para com poderes sobrenaturais. A prática religiosa tem por objetivo prestar tributos e estabelecer formas de submissão a esses poderes. A adesão a uma religião implica a freqüência a seus ritos e a observância de suas prescrições.

 

JUDAÍSMO

 

Primeira Religião monoteísta da humanidade. Cronologicamente é a primeira das três religiões originarias de Abraão (As outras são cristianismos e os Islamismos). Tem origem no pacto que teria sido firmado entre Deus e os hebreus, fazendo destes o povo escolhido. Possui forte característica Étnica, na qual nação e religião se mesclam. Existem atualmente cerca de 15 milhões em Israel. No Brasil segundo o IBGE, havia cerca de 86 mil em 1991. Os Judeus eram um povo pouco numeroso que, segundo a tradição; mudou da Mesopotâmia para a Palestina. Sua História documentada começou com a fuga à opressão no Egito, seguindo o líder Moisés. Eles atribuíram tal fuga a um ser divino chamado Jeová ou o Senhor, com quem fizeram aliança de que seriam o seu povo e ele seria o seu Deus, aliança associada ás exigências simples, mas profundamente morais do Dez Mandamentos, os fundamentos da Tora ou Lei. A principio tratava- se de um povo único, marcado por leis sobre alimentação, circuncisão e outros costumes religiosos. O fato de ser Jeová um deus que os adotara do exterior carregava as sementes do universalismo e umas séries de profetas mantiveram o desafio da probidade Ética e religiosa.Os Judeus sofreram continuamente a dominação política e militar de outros povos e a conseqüente diáspora. Levou-os a grande parte do Mediterrâneo e também para leste. Mais tarde, como resultado da perseguição aos cristãos, os judeus migraram para locais ainda mais distantes.

 

Livros Sagrados.

 

O texto da Bíblia Judaica é fixado no final do século I. Divide-se em três livros: Torá, a escritura sagrada, os Profetas (Neviim) e os Escritos ( Ketuvim). A Torá, ou Pentateuco, reúne o Gênese, o Êxodo, o Levìtico, os Números e o Deuteronômio. Ela e Os Profetas são escritas antes do exílio na Babilônia, os textos de Os Escritos, depois. No início da Era Cristã, as tradições orais são registradas no Talmude, dividindo em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e comentários.

 

Manuscritos do Mar morto.

 

Entre 1947 e 1956 são descobertos nas cavernas de Qumrãn, no Mar Morto, os mais antigos fragmentos da Bíblia Hebraica, escondido pela tribo judaica dos essênios no século I. Nos 800 pergaminhos escritos entre 250 a.C e 100 d.c., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa dos essênios, revelando aspectos até então„considerados exclusivos do cristianismo. Alguns textos são muitos Semelhantes aos Evangelhos do Novo Testamento e se referem a práticas que lembram a Santa Ceia, o Sermão da Montanha e a Cerimônia do batismo. São considerados uns dos principais achados arqueológicos da história.

 

Práticas e Festas Religiosas.

 

Os rabinos são pessoas habilitadas a comentar textos sagrados e a presidir cerimônias religiosas que acontecem nas sinagogas. O símbolo do judaísmo é o Menorá, candelabro sagrado com sete brasões. As Festas religiosas são definidas pelo calendário lunar e, por isso, tem datas moveis. As Principais são: Purim - Comemora-se a salvação de um massacre planejado pelo rei Persa Assucro. A Páscoa (Pessach) celebra a libertação da escravidão egípcia, em 1300 a.C. Shavuot - Homenageia a revelação da Torá ao povo de Israel, em aproximadamente 1300 a.C. Rosh Hashan· - È o Ano- Novo dos Judeus.O ano judaico È contado de Setembro de 1998 - È o 5758(graus) da criação do Mundo. A partir de Rosh Hashan· comentamos dias temerosos, em que se faz um balanço do ano terminado.Eles culminam no Von Kipur, dia do perdão, quando os judeus fazem Jejum de 25 horas para purificar o espírito.Sucot - Rememora a peregrinação pelo deserto, apos à saída do Egito. Chanucá de Jerusalém, no século V. ™c. O Simchat Tor· -comemora a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.

 

CRISTIANISMO.

 

ultima grande religião mundial antes, do islamismo, originou-se na Palestina. Pouco se sabe sobre seu fundador, Jesus de Nazaré,antes de, aos 30 anos, começar a pregar que ”o reino de Deus está próximo”, mensagem aguardada então por muitos judeus.Seu país, anexado formalmente por Roma em 6 d. C., estava em conflito e possuía muitas seitas, algumas basicamente espirituais (como os essênios), outras políticas (como os depois chamados zelotes), a prometida chegada do Messias, ou

 

autoridades judaicas perceberam que sua autoridade estava ameaçada pela mensagem de Jesus que,apos pregar por três anos, foi entregue ao procurador romano e crucificado como revolucionário. A nova fé mostrou-se tenaz, apesar da morte prematura de sue fundador. Os discípulos de Jesus,e mesmo o líder, Sim„o Pedro (a Pedra), havia abandonado Jesus, mas sua fé foi restituída pela ressurreição : Jesus teria aparecido perante eles apos a morte para que anunciassem as boas novas sobre o poder supremo de Deus. Esta revelação foi, a principio, apresentada em um contexto puramente judaico.Não se sabe se Jesus acreditava que Deus o havia enviado para converter os gentios. Coube a Paulo, um judeu convertido de Tarso, mostrar o poder da extensão do apelo do cristianismo ao pregar nas Ilhas do Egeu, na Ásia Menor, Grécia, Itália e talvez Espanha. As comunidades judaicas existiam todas as áreas e eram alvos dos pregadores cristãos. Os ensinamentos de Jesus despertavam o interesse dos pobres e humildes, que encontravam no reino de Deus uma mensagem de esperança. O numero de convertidos cresceu, introduzindo-se rapidamente nas classes instruídas e de forma mais significativa nas massas urbanas do que no campo, que há tempos mantinha crenças pagãs. Antioquia - o berço do cristianismo gentio - influenciou o norte e o leste do Império. Em algum momento antes de 200, e dessa tornou-se um baluarte cristão e igrejas do século 1 eram fundadas no Ocidente em Pozzuoli, Roma e talvez Espanha; no século 2, as províncias orientais do Império tinham muitas igrejas que se espalharam no vale do Reno e norte da África. Apesar da repressão e perseguição, as conversões prosseguiram. A recusa dos Cristãos em cultuar os imperadores, servir de magistrados ou carregar armas tornavam os suspeitos. Mas suas crenças não atraiam apenas os oprimidos : por volta de 230, a Igreja tinha adeptos no palácio e altos postos do Exército. A reação pagã causou mais perseguições em 151 e em 303. Aos poucos, os que acreditavam na Segunda vinda de Cristo perceberam que não se tratava de algo iminente e, no fim do século 3 e início do século 4, a dispersão das igrejas exigia estruturas que mantivessem a disciplina e protegessem a pureza doutrinária. A autoridade residia na BÍBLIA e na tradição da adoração e dos sacramentos salva guardados pelos bispos (supervisores),responsáveis pelo clero.A doutrina baseia-se no anúncio da ressurreição de Cristo, na promessa de salvação e vida eterna para todos os homens e na mensagem de fraternidade.

 

BÍBLIA CRISTÃ.

 

composta do Antigo e do Novo Testamento num total de 73 livros, para os Católicos, e 66, para os protestantes. O Antigo Testamento trata da lei judaica, também chamada de Torá. O Novo Testamento contém textos posteriores à morte de Cristo, entre eles, os quatro Evangelhos, a principal fonte sobre a vida de Jesus. Os outros textos são os Atos dos Apóstolos, as epistolas e o Apocalipse.

Festas religiosas:

 

As principais festas Cristãs são o Natal, em 25 de Dezembro, que comemora o nascimento de Cristo ; a Páscoa,no Domingo da primeira lua cheia de outono (Hemisfério sul), que celebra a ressurreição de Cristo ; e pentecostes, dias após a Páscoa, quando È recordada a descida do Espírito Santo. No Domingo seguinte ao de Pentecostes, os cristãos homenageiam a Santíssima trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).O dia dos Reis, 6 de Janeiro lembra a visita dos três reis Magos (Gaspar, Melchior e Baltasar) ao menino Jesus, em Belém.

Catolicismo:

 

Um dos ramos da religião Cristã. Reconhece o papa como autoridade máxima e venera a Virgem Maria e os Santos. O termo católico vem do grego Katholikos, universal. A adoção desse nome vem da idéia de uma igreja que pode ser aceita e levar a salvação a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. A missa È o principal ato litúrgico e por meio da aceitação dos sacramentos o católico reafirma sua fé. A história do Catolicismo está associada à expansão do Império Romano e ao surgimento de novos reinos em que este se divide. Sua difusão se vincula ao desenvolvimento da civilização ocidental e ao processo de colonização e a coloração de outros povos. Hoje o Catolicismo possui 1 bilhão de Adeptos.

 

Igreja católica:

 

A sede da Igreja católica fica no Vaticano, um pequeno Estado independente no centro de Roma, Itália.

 

Liturgia católica:

 

As missas são rezadas em latim até a década de 60 quando o Concílio Vaticano II autoriza o uso da língua. Os sacramentos rituais são batismo, eucaristia, crisma (ou confirmação da fé), penitência (ou confissão) matrimônio, ordenação e unção dos enfermos. O casamento de sacerdotes È proibido desde a Idade Média, salvo em algumas igrejas orientais unidas a Roma (por exemplo, a Maronita). As mulheres não são admitidas no sacerdócio ordenado.

 

Igreja Ortodoxa:

 

Igreja que resulta do cisma ocorrido no catolicismo em 1054, quando o Império Bizantino rejeita a supremacia de Roma, patriarcado do Ocidente. até então, duas grandes tradições convivem no interior do cristianismo ; a latina, no Império Romano do Ocidente, com sede em Roma, e a bizantina,no Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla (antiga Bizáncio e atual Istambul, Turquia).divergências teológicas e políticas causam a ruptura entre as duas Igrejas, que

 

 

 

 

se excomungam mutuamente, condenação só revogada em 1965 pelo papa Paulo VI e pelo patriarca Athenágoras I. A Igreja Ortodoxa ou Igreja Cismática Grega é menos rígidas nas formulações dogmáticas e na hierarquia e também valoriza a liturgia. O Cristianismo Ortodoxo (reta, opinião em grego) tem originalmente quatro sedes (patriarcados). Jerusalém, Alexandria, Antioquia e Constantinopla. Mais tarde são incorporados os patriarcados de Moscou, de Bucareste e da Bulgária, além das igrejas autônomas nacionais da Grécia, da Sérvia, da Geórgia, de Chipre e da América do Norte. Todas as Igrejas Ortodoxas tem diferenças políticas e religiosas. Possuem, no total, cerca de 174 milhões de fieis em todo o mundo.

 

Liturgia do Cristianismo Ortodoxo:

 

Os rituais são cantados sem instrumentos musicais.São proibidas imagens esculpidas de santos,exceto o crucifixo e os Ícones sagrados. Os sacramentos são os mesmos da Igreja católica e reconhecida reciprocamente.Os ortodoxos não admitem o purgatório nem a superioridade e a infabilidade do papa. Também rejeitam a doutrina católica da Imaculada Conceição, porque, segundo eles, esse dogma não faz parte da narrativa BÍBLICA e È contrário à doutrina tradicional do pecado original. A assunção da Virgem Maria, porém È aceita, com base na afirmação formal dos livros litúrgicos.Os graus de ordem na Igreja Ortodoxa são três : Diácono, padre e Bispo. Os padres e diáconos recebem TÍTULOS honoríficos (arquimandrita, ecônomo, arquidiácono), que não conferem primazia espiritual ou administrativa. Os padres podem casar-se (antes da ordenação), mas não os monges.

 

ISLAMINISMO.

 

Religião Monoteísta baseada nos ensinamentos de Maomé (chamado O Profeta), contidos no livro sagrado islâmico, o Alcorão.A palavra Islã significa submeter-se e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos. Muslim, em Arábe, aquele que se submete a Deus. Fundada onde hoje È a Arábia Saudita, estima-se que reúna mais de 1 bilhão de fiéis (18 % da população mundial,em especial no norte da África, no Oriente MÉDIO e na Ásia) É a Segunda maior religião do mundo, atrás apenas do cristianismo.No Brasil, segundo estimativa da Mesquita Islâmica de São Paulo há cerca de 1 milhão de muçulmanos Maomé - O nome Maomé (570 -632) È umas alterações hispânicas de Mohamed, que significa digno de louvor. O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores, começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revela a existência de um Deus único. Na Época, as religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, È obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano. Em Medina, ele È reconhecido como profeta e legislador, assume a autoridade espiritual e temporal,vence a oposição judaica e estabelece a paz entre as tribos Árabes.Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocupam Meca, sede da Caaba, centro da peregrinação dos muçulmanos. Maomé morre em 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado Árabe em via de se organizar politicamente.

 

Livros Sagrados:

 

O alcorão (do Árabe Al-qurãn, leitura) È a coletânea das diversas revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. … dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do cristianismo, Além de antigas tradições religiosas Árabes. A segunda fonte de doutrina do Islã a Suna, È um conjunto de preceitos baseados nos Ahadith (ditos e feitos do profeta).

 

Preceitos Religiosos:

 

A vida Religiosa do Muçulmano tem praticas bastante rigorosas. Ele deve cumprir os chamados pilares da religião. O primeiro È a Shadada ou Profissão de fé: Não há Deus e sim Deus. Maomé é o profeta de Deus. Ela deve ser recitada pelo menos uma vez na vida, em voz alta, com pleno entendimento de seu significado. O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias (Slãs), durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Ás sextas-feiras realiza-se um sermão a partir de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada Zakat. Único tributo permanente ditado pelo Alcorão, È pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. Deve ser empregado para auxiliar os pobres, mas também para o pagamento de resgate de muçulmanos presos em guerras. O quarto pilar consiste no jejum completo feito durante todo o mês do Ramadã do amanhecer ao por do sol. Nesse período, em que se celebra a revelação do Alcorão a Maomé, o fiel não pode, comer, beber, fumar ou manter relações sexuais. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano com condições físicas e econômicas para tal.

 

Festas Religiosas:

 

 

 

 

As principais são Eid el Fitr, Eid el Adha, ano de Hégira e a comemoração do nascimento de Maomé. Elas acontecem nessa ordem ao longo do ano e são definidas segundo o calendário lunar, por isso tem datas móveis. Na Eid el Fitr é comemorado o fim do Ramadã, com orações coletivas. Eid el Adha rememora o dia em que Abraão aceita a ordem divina de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho, Ismael. Na Época de Eid el Adha também acontece a peregrinação do mês Muharram.O ano atual (1997/1998) È o 1418 (graus) da Hégira. O marco inicial é o ano de 622, quando Maomé deixa Meca.

 

Divisões do Islamismo:

 

Os muçulmanos se dividem em dois grandes grupos, os sunitas e os xiitas. A rivalidade com os sunitas é exacerbada com a revolução iraniana por Ruhollah Khomeini.

Ruhollah Khomeini:

 

LÍDER espiritual e político iraniano (1902- 1989). Nasce em Bandar, Khomeini e começa a estudar teologia aos 16 anos. Leciona na faculdade de Qom onde recebe o título de Aiatolá (sacerdote; do Árabe sinal de Deus). Em 1941 publica A Revelação dos segredos, acusando o governo dos Xás Rez Pahlevi de desvirtuar o caráter islâmico do país É preso em 1963 por incentivar manifestações contra a Revolução Branca. Em 1964 exila- se na Turquia e mais tarde no Iraque e na França, de onde comanda o movimento xiita que derruba a Monarquia iraniana em 1979. No mesmo ano retorna ao Irã e proclama a República Islâmica, rigorosa na manutenção e na obediência dos princípios muçulmanos. Torna-se a autoridade suprema do país. Persegue intelectuais, comunidades religiosas rivais, partidos políticos e todos os que se opõe à união entre Estado e religião. De 1980 a 1988 chefia a guerra contra o Iraque, cujo saldo é de aproximadamente 700 mil mortos. Morre em Teerã um ano depois de terminado o conflito.

 

12º INTRODUÇÃO A ESCATOLOGIA (Doutrina das últimas Coisas)

 

INTRODUÇÃO

O último livro da BÍBLIA narra os acontecimentos dos fins dos tempos na descrição perfeita de um ciclo pelo qual a humanidade tem de passar.O vocábulo escatologia, significa Tratado das últimas coisas e vem do grego ìeskhatos = último + logia = tratado. O motivo de se chamar Escatologia BÍBLICA a essa matéria que estuda os acontecimentos finais a partir da compreensão da BÍBLIA e da revelação de Jesus Cristo.De um modo geral, os estudiosos da BÍBLIA têm considerado a seguinte seqüência para os acontecimentos finais:- O Arrebatamento da Igreja.- As Bodas do Cordeiro- A Grande Tribulação- A Batalha do Armagedom- O Julgamento das Nações- O milênio- O Juízo do Grande Trono Branco- O Estado Eterno.

 

O Arrebatamento da Igreja (Lc 21:34-36, Jo 14:3, Mt 25: 1-6).

 

Podemos chamar o arrebatamento da Igreja de 1a fase da Segunda Vinda de Cristo ou ainda Primeira Ressurreição. Nessa ocasião, os fiéis que constituem a Igreja de Cristo serão arrancados da Terra e levados para as mansões celestiais. Será invisível para o mundo, somente os remidos poderão contemplar essa maravilha.Embora Jesus não tenha dito o dia nem a hora, nos deixou sinais que evidenciaram a sua vinda.Um panfleto escrito por Gordon Lindsay nos apresenta 24 sinais da Vinda de Cristo. Ainda que possamos fazer algumas considerações acerca da interpretação desses sinais. achamos importante considerá-los:

1 - Incremento do Saber - (Dn 12:4)

2 - O automóvel - (Na 2:4)

 

3 - O avião ( Is 60:8)

4 - Rádio e Televisão (Ap 11:9)

 

5 - A Bomba Atômica - (Ap 13:13) 6 - A Bomba H - ( 2 Pe 3:10)

 

7 - Terremotos - ( Mt 24:7)

8 - Bramido do Mar e das ondas - ( Lc 21:25) 9 - Plenitude dos Gentios - ( Lc 21:24)

 

10 - Reconstrução de Jerusalém - ( Jr 31:38)

 

11 - Restauração da Palestina - (Ez 36:33)

12 - Confederação Russa ( Ez 39:11)

 

13 - Rosh move-se pelo sul contra a Palestina - (Ez 38: 15,16) 14 - Os reis do Oriente - (Ap 16:12)

15 - Flagelos - (Mt 24:7)

16 - Luta entre o capital e o trabalho - (Tg - 5: 1-4)

 

17 - O presente ressurgimento do sobrenatural - (Jl 2: 28,29)

 

 

 

 

18 - Igreja Morna - (Ap 3:15,16)

19 - Os escarnecedores - ( 2 Pe 3:3) 20 - Falsos Cristos - (1 Tm 4: 1-3)

 

21 - Como nos dias de Noé - ( Lc 17:26) 22 - Juventude sem lei - ( 2 Tm 3: 2)

 

23 - Suicídio Mundial - (Mt 24:22)

 

24 - Evangelização do Mundo - (Mt 24:14)

As Bodas do Cordeiro

 

È a gloriosa reunião de Cristo com os seus cantos no CÉU. As Bodas do cordeiro terão a duração de sete anos e a lua de Mel será eterna.Um dos atos dessa maravilhosa festa é a celebração da Ceia do Senhor, dando cumprimento literal às palavras de Cristo ! (Lc 22:16, 27 -30)

 

A Grande Tribulação (Mc 13:19 ; Mt 24:21, Lc 21:22)

 

A grande tribulação é um período de sete anos no qual Deus derramará a sua ira sobre a terra. É a septuagésima semana de Daniel 9:27. Grande parte do livro de Apocalipse é dedicada a ela (Ap. 6 a 18).Entre os acontecimentos da Grande Tribulação.

 

destacamos os seguintes:

 

1 - Os Judeus terão voltado à Palestina na incredulidade - (Is 17:10, 18:4, 66: 3,4). 2 - Os Judeus terão reconstruído o templo em Jerusalém - (Is 66: 1, Ap 11: 1,2).

 

3 - Os Judeus aceitarão um pacto de sete anos com o anticristo- (Dn 9:27 e Jo 5: 43)

4 - Após três anos e meio, o anticristo trairá· o pacto e revelará o seu verdadeiro caráter (Dn 9: 27 ; 2 Ts 2:3, Ap 11:7 e 13:1)

5 - As duas testemunhas serão mortas pelo Anticristo (Ap 11:7,9).

 

6 - O anticristo fará cessar os sacrifícios diários no templo - (Dn 9:27, 11:31 e12:11).

7 - O anticristo estabelecerá sua imagem no santo lugar - (Mt 24:15, 2 Ts 2:4 ; Ap 13: 14,15). 8 - O Diabo e seus anjos serão expulsos do céu para a Terra -(Ap 12:7).

9 - Metade da semana - (Dn 9:27, Ap 13:5).

 

10 - A cidade Santa será pisada aos pés de Satanás - (Dn 9:26, Lc 21:24, Ap 11:2).

11 - Começa a Grande Tribulação ou Tempo de Angústia de Jacó ou, ainda, Abominação da Desolação (principalmente para os Judeus) - (Ap 7:14, Jr 30:7, Mt 24:15).

12 - Grandes perturbações causadas pelo anticristo e pelo falso profeta (Ap - 13).

 

13 - Decretada a pena de morte para os que rejeitarem a adoração à besta ou a sua imagem - (Ap 13: 15,20:4). 14 - Um terço dos judeus será envolvido - (Zc 13:8,9).

15 - Os judeus são levados a Jerusalém e expurgados de sua escória (impureza) -(Ez 22: 17 -22, Ez 13:9). 16 - Conversão entre os Judeus - (Ez 39:22).

17 - As nações se reúnem contra Jerusalém - (Zc 14:2).18 –

 

Os reis da Terra reúnem-se na batalha contra o Senhor e Seu ungido - Batalha do Armagedom (Montanha de Megido), È o nome que se dá a um campo de batalha profético, onde os reis de toda a Terra se reunirão para a batalha no grande dia do Deus Todo Poderoso. (Ap 16:14,16 ; 17:14 ; 19:19).19 - O Senhor sairá com os Seus santos a fim de destruir os inimigos e libertar o seu povo - (Is 13: 3-6; 26:21, Zc 12: 9,10,Mt 24: 29 ss).A trindade satânica se levantará na Terra (Ap 13: 1-8, 16:13).

 

Satanás - Anti-Deus Besta - Anti – Cristo Falso Profeta - Anti -Espírito. A volta de Jesus à Terra.

Descerá sobre o Monte das Oliveiras (Zc 14: 4,5).Será um grande sinal - (Ap 16:17-27 ).Virá corporalmente - (At 1:11, Ap 1:13, 1 Tm 2:5).Todo o olho o verá - (Ap 1:7).Cumprimento do Sonho de Nabucodonozor (Dn 2: 44,45).

 

O Julgamento das Nações (Mt 25:31 - 34,41,46).

 

A base do Julgamento será o trato dispensado aos judeus (Mt 25: 41 -43, Gn 12:3). Os acontecimentos dos V.35 a 44 só podem referir-se aos judeus V.45. Nesse julgamento, que determinarão quais as nações que participarão do milênio, encontramos três classes de pessoas:Ovelhas - Aquelas que trataram os judeus com benevolência (Mt 25: 35,36).Bodes - Aquelas que maltrataram ou perseguiram os judeus (Mt 25: 4l - 45).Irmãos - Os judeus que nessa ocasião já receberam a Cristo como o seu Messias (Vd Is 4: 1-3).

 

O milênio.

 

 

O milênio é um período de mil anos, inaugurado com a 2a Vinda de Cristo a Terra, tendo Jesus como rei. É a última dispensação da História da Humanidade.(1a inocência, 2a consciência, 3ª Governo Humano, 4a Patriarcal, 5a Leia, 6a Graça, 7a milênio.

 

Alguns títulos usados na Palavra de Deus em referencia ao milênio.-O Reino dos CÉUS - (Lc 1:32,33, Mt 6:10)-

1- A Regeneração - (Mt 19:28)-

 

2- Tempos de Refrigério- (At 3: 19,20)-

3- Tempos de Restauração de tudo -(At 3:20,2)-

 

4- Dispensação da Plenitude dos Tempos - (Ef 1:10)-5- O dia de Cristo - (Fp 1:6)-

6- O Reino de Cristo - (Ap 11:15)

Como será o milênio.

 

Cristo reinará sobre a Terra como Rei: 1-De Justiça - (Is 3: 1-26)-

2-De Israel - (Jo 12:13)-

3-Da Terra - (Zc 14:9, Fp 2:10)

 

4-Haverá paz universal - (Lc 2:14, Sl 85:10, Is 9:6)

5-Era de bênçãos sem par - ( Is 11:6-9 ; 55:12,13; 35:1, Mq 4:3). 6-O Juízo do Grande Trono Branco ( Ap 20: 11-15)

 

Esse julgamento terá lugar acima da Terra ao mesmo tempo em que a Terra estiver sendo renovada pelo fogo ( 2 Pe 3:7). O juiz será o Senhor Jesus Cristo ( Jo 5: 22,27).De acordo com a Palavra de Deus, os Ímpios são aqueles que se recusaram a obedecer ao Evangelho, não confiando em Cristo nem recebendo -o como Salvador e Senhor ( 1 Pe 4: 17,18; 2 Ts 1:8,9 ; Jo d6: 28,29).Assim como haverá diferentes recompensas para o Cristão ( 1 Co 3:11-15) haverá também no inferno diferentes graus de punição( Lc 12: 46-48).

 

Estes termos demonstram tais situações: 1-Fogo Eterno - (Mt 25:41)-

 

2-Trevas exteriores - (Mt 8:12)-

3-Tormento - (Ap 14:10,11)-

 

4-Castigo Eterno - (Mt 25:46)-5-Ira de Deus - (Rm 2:5, Jo 3:36)-6-Segunda Morte - (Ap 21:8, 20:14)-

 

7-Eterna destruição,banidos da face do Senhor - (2 Ts 1:9)-8-Pecado Eterno - (Mc 3:29)-

9-Inferno - (Lc 16:23).

 

Esse julgamento é para aplicação de extensão a (Jo 3:18) onde alguns livros serão abertos (Ap 20:12):

 

1- consciência - (Rm 2: 15; 9:1)

2- Natureza - (Jó 12: 7-9, Rm 1:20, Sl 19 : 1-4) 3- Lei (Rm 2:12; 3:20)

4- Memória - ( Lc 16:25)

 

5- Atos dos homens - (Mt 12:36, Lc 12:7, Ap 20:12) 6- Da Vida - (Ap 20:12, Sl 69:28, Lc 10:20 ).

 

A presença do livro da vida no juízo final pode Ter duas finalidades: 1- a Provar aos Ímpios que seus nomes não estão nele (Mt7:22,23)

 

2- a Julgar os convertidos durante a grande tribulação e o milênio que terão seus nomes escritos aí.Quanto aos que morreram sem conhecer o Evangelho, (Vd Rm2:2, Ap 16:9, 2 Tm 4:8).

O Estado Eterno.

 

O Estado Eterno começará com a renovação dos céus e da Terra (Is 65:17, Ml 4:1, Ap 20:9, 2 Pe 3:7, 10,13). O pleno cumprimento de Jo 1:29, se dará nessa oportunidade.Tem início então o Dia da Eternidade, quando a cidade celestial baixará sobre a nova terra (2 Pe 3:18, Ap 21: 1- 3). Os santos morarão na Santa cidade e governarão a Terra sob Cristo (Dn7:18,27, Mt 19:28, Ap 5: 10, Ez 34:24).Os salvos oriundos do milênio viverão para sempre na Terra, mediante a arvore da vida (Ap 2:7) e não pela ressurreição, ou porque passaram do estado mortal para o imortal (Ap 22:1-5).